quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Apresentação Familiar

O Natal é uma desculpa para toda a gente se reunir e apanhar uma narsa valente. No meu caso é uma narsa Costa, visto que sou Rui Costa e o resto da família também (mas conheço uma família que é Valente (de nome) e que o deve fazer). Quer dizer, não se chamam todos Rui Costa, o Costa é que é o nome comum a todos, perceberam? Aliás, nem todos, os que se casam com as minhas tias ou tios não são Costa, são outra coisa qualquer. Já para não falar no lado da minha mãe, porque aí são todos Silva. Excepto os/as tais que se casam com os/as tios/tias. Porque Costa é do lado do pai e Silva do lado da mãe. Não sei se me fiz entender até aqui, é que isto é um ponto muito importante para a compreensão do texto que se segue. Por acaso não é nada.

Podes parar de ser estúpido? Podes.

Vários membros da minha família (...materna. Ou seja, Silva. Lá está, convém conhecerem a família antes de lerem, é importante) têm o estranho hábito de proferir uma frase que me deixa sempre pensativo. Ele não gosta de vinho. Pois realmente até concordo com a frase. Até hoje ainda não provei um vinho em que chegasse ao fim do copo e soltasse um ahhh (à português, mesmo) e dissesse que bom, foda-se (isto já é mais à trolha, mas tudo bem). Nem sequer um este vinho é bom, quanto mais. No que eles não acertam é que um gajo tem que fazer sacrifícios por causas maiores, e o vinho ocupa uma posição privilegiada nesse campo - um outro caso é o minete, mas isso não é para cá chamado. Mesmo não gostando... um gajo manda abaixo. E só pára quando vomita. Melhor, só pára para vomitar (pessoal, estou a falar de vinho, não de minetes). Porque quem deixa de beber depois de vomitar é um bebé. Posto isto, pensava eu que ia ser o primeiro da minha geração a ir a casamentos da família e a juntar-me áqueles tios que acabam sempre a festa podres de bêbados e a armar grande estrilho... et voilá, dá-se um fenómeno caricato. Mesmo à minha frente na mesa, em pleno jantar de consoada natalícia, uma prima minha (do alto dos seus 15 aninhos), bravamente encorajada pelo meu tio (um dos tais que acaba os casamentos a ver quatro noivas), emborca um copo de champanhe. Ora, então, que retrógado, Rui, um copito de champanhe e ficas chocado? Não amigos, não fiquei. Fiquei quando ela continuou. Fiquei quando o meu próprio pai e até o meu avô - também eles acomodados por uma boa conta de garrafas de tinto - se viram para mim e dizem: Olha para a tua prima, aquilo é que é, não é como tu. Eu sorri, como quem diz epá é a vida (a verdadeira frase da merda, que diz tudo e não diz merda nenhuma). Eu, que sempre fui considerado o Bambini d'Or da família, posso estar em vias de perder o trono por causa duma jogada espiritual (perceberam o trocadilho, hein hein?), que drama! Será que me deixo ficar e lhe entrego o título de bandeja? Ou será que me afirmo perante a família e mostro o bêbedo decadente que há em mim? Amanhã tenho almoço/lanche/jantar familiar (desta vez com o clã Costa - bem disse que aquela introdução ia ser útil) e não sei o que fazer. Aliás, sei. Comer que nem um estúpido o dia todo. Comer, comer, comer. Porque se há coisa que nunca falta em jantares de família... é comida. E bebida. Já me estou a imaginar a virar-me para os meus tios e se os tios querem ser cá da malta, têm que beber esse copo até ao fim! e eu próprio já a cair redondo no chão. Ai que só de pensar até me dá vontade. E o meu avô (paterno, não se esqueçam que agora estou a falar do lado paterno! O outro é que disse que eu era um menino!), que pesa 20 quilos e tem 80 anos, era menino para alinhar na brincadeira. Ah, de notar que o meu avô é aquele tipo de velho que só bebe daquele vinho de qualidade. Not. Garrafa verde sem rótulo, tampa de borracha, mete qualquer coisa vermelha lá para dentro, siga mandar abaixo. Ah coisa bonita, aquilo só de estar sem tampa já me dá vómitos. A ele dá-lhe orgasmos. Mal posso esperar para chegar a velho.

Siga juntar a família, vou integrar-me!


P.S.: Esta folia toda que me atravessa o espírito deve-se à qualidade das prendas que recebi, entre elas conto um gorro estonteante (nunca ando de gorro e desejo a morte a quem anda), um robe ao qual nem consigo aplicar um adjectivo (idem), um gel de banho e champô de qualidade reconhecida (...por ninguém. É que não são duas prendas - o gel e o champô -, é um frasco que diz fazer as duas coisas, agora imaginem o que sai dali), entre outras desgraças. Fizessem todos como os meus avós, que dizem sempre o mesmo, oh filhinho - é sempre giro, avós tratarem netos por filhinhos - a gente não sabe o que te há de comprar por isso é o costume. E o costume é sempre óptimo, é rectangular e dá para trocar por uns objectos todos catitas que tenho em mente. Chama-se dinheiro. Antes fizessem todos como eles em vez de insistirem nestas coisas. Com um bocado de sorte, amanhã, entre um brinde, ainda tento vender as prendas que os meus tios me deram... a eles próprios. Era um história para contar aos filhinhos!


P.S.2: Estes exemplos de prendas que dei são do meu lado materno, ou seja, comecei o parágrafo a falar deles. No entanto quem costuma tratar-me por filhinho são os avós do outro lado. É a especificar as coisas que gosto disto organizadinho. Um post em que se fala da família não pode ser feito às três pancadas, há que ter tudo direitinho. Ao menos já podem dizer que conhecem boa parte da minha família, sou mesmo uma pessoa liberal. Amanhã se quiserem passar lá em casa - dos meus avós paternos! - é só tocar.


Vou dormir, algo não está bem comigo hoje com certeza.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Festas

A Yorn teve a brilhante ideia de, de 23 a 25 de Dezembro, cobrar as SMS's mas não as chamadas de voz. Eu, como sou super tímido, não vou andar a ligar a todos meus amigos e conhecidos a desejar boas festas. Aliás, nunca fui disso e acho tal coisa completamente dispensável. Não vai ser por desejar um bom natal a um doente terminal com morte marcada para o dia 24 ás 23h30m que ele vai deixar de - como diz a minha avozinha - ir na vez dele. (Agora é aquela parte em que alguém responde: Imbecil de merda, pode não mudar a hora da morte, mas pode muito bem tornar os últimos momentos bem melhores. Hmm, fodam-se, isso é teoria da treta.)
Posto isto, tenho a dizer o seguinte... Já não basta um gajo ser contra estas paneleirices todas, ainda dificultam mais a hipótese de um gajo ceder à tentação de se contrariar. Ah, mas a mim ninguém me lixa. Querem fazer como os putos: ah e tal, não consegues saltar para dentro daquele poço. E lá vai ele partir uma perna, zau! Comigo não funciona bem assim, não vou a correr carregar o telemóvel para vos andar a desejar boas festas um a um, nada disso, que com estas brincadeiras quem sai a ganhar são as companhias de telecomunicações, e não os velhinhos terminais. Cedo aos meus princípios de uma maneira inteligente, não enviando as tais mensagens mas deixando uma por aqui. Quem leu... que se considere desejado (vá lá, desejar é um verbo bastante maleável, como é natal deixo à vossa consideração o sentido que queiram dar à palavra), quem não leu... espero que não fique a pensar que me esqueci da época festiva, bem pelo contrário, é a pensar nela que não desejo grandes natais. Já dizia (desta vez) o meu avôzinho... O tempo não está para cócegas. (De notar que ele só disse isto uma vez e guardei tal expressão religiosamente. É muito boa, mesmo.)


Assim curto e grosso, à civil:
Bom Natal.

... E boas festas. Assim já serve para o ano novo, é escusado novo post na altura.



P.S.: Tenho a certeza que vão achar este post repleto de merda, mas não me apeteceu levantar e ir defecá-la, saiu directamente para aqui. Obrigado por estarem sempre aí para me ouvirem.

Projectos Natalícios

Sempre tive uma pancada enorme por fugir. Levar alguém comigo e perder-me no mundo. Não dizer nada a ninguém e desaparecer. Tinhas algo a agarrar-te cá? Então foge comigo. Foge, para te poder olhar durante horas, e sussurrar-te, segundo a segundo, o quão perfeita te acho. E ouvir, no fim, um cala-te, parvo. Só não me importo porque anexas sempre um sorriso a essa expressão. Vamos fugir desta angústia e parar em águas anónimas, misturar-nos em multidões e desaparecer. Ainda queres? Basta um talvez e sou o primeiro a atestar o depósito. Não vou de avião, já sabes. Embora a exclusão das Américas me faça repensar a decisão. Oh, a Europa é tão grande, temos mais que espaço para nós. Vou-te buscar agora mesmo, nem quero saber do que pensas. Se me dizes que não podes ir porque o Natal está a chegar... espanco-te. Não podia haver desculpa mais esfarrapada. Até porque já ninguém passa o Natal com a família, isso está mais que ultrapassado. Dá-se uma prendita e arruma-se o assunto. A prenda que te dou sou eu, que tal? Já sei, podia ser melhor. Podia ser um Brad Pitt, mas também já era por-te num nível muito elevado, tem lá calma. A minha podias ser tu. Podias muito bem ser tu. E nem pedia uma Jolie, porque jolie já tu és.
Vou sair agora mesmo, até já.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

...Jogo

Fui desafiado. Como não sou gajo de fugir a desafios, aqui ficam as minhas contribuições.

1 - Colocar uma foto individual



Já tem uns dias, a foto, mas acho que dá para ver que sempre primei pelo vanguardismo no que à moda diz respeito.

2 - Escolher um artista/banda:
MUSE.

3 - Responder às seguintes questões somente com títulos de canções do artista/banda escolhido:

- És homem ou mulher? Muscle Museum
- Descreve-te: Bliss
- O que é que as pessoas pensam de ti? Sober :D
- Como descreves o teu último relacionamento? Apocalypse Please
- Descreve o estado actual da tua relação: Ruled by Secrecy
- Onde querias estar agora? Stockholm Syndrome
- O que pensas a respeito do amor? City of Delusion
- Como é a tua vida? Map of the Problematiqué
- O que pedirias se pudesses ter só um desejo? Falling Away With You
- Escreve uma frase sábia: Hate This and I'll Love You

4 - Escolher 4 pessoas para responder ao desafio sem esquecer de as avisar:

Como sou um merdas não vou especificar quatro, lanço o desafio a quem tenha lido este post.


See ya!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sondagem

Não vos vou esconder que fiquei desapontado com esta votação. A opção Contigo, qualquer coisa. Tu és mais que sexo, és uma religião, um modo de vida, uma utopia necessária no meu dia a dia :$ ficou em terceiro lugar, com uns singelos 20%, depois de no início prometer bastante. Pensava mesmo que ia provar ao mundo que melhor que sexo, só sexo comigo. Mas não, ok.
Ganhou o Vaginal. E com 29%! Pff, vaginal... Vaginal é o geral. É como ir a fórum e querer fazer abrir um tópico, mas como não se sabe onde espeta-se com ele no geral. É como votar em Vaginal.
Em segundo ficou Receber Oral. Tudo bem, até porque sou adepto da corte pré sexual, é como um cavalheirismo que mete classe no acto. Dar prazer é sempre bom, embora fazê-lo não seja sempre a coisa que mais nos apetece fazer. Quer dizer... para duas pessoas não é bem assim, visto que votaram em Fazer Oral. É de louvar, colocar um broche ou um cunnilingus à frente de tudo o resto, se quiserem o meu contacto é só pedir (acho que não preciso lembrar que caso sejam do sexo masculino devem ignorar esta última frase).
Uma das opções que mais me intrigava era o Anal. Um vontante! Rezo todos os dias para te conhecer - reler último parêntesis. A expressão levar no cu tornou-se tão banal e com conotação tão negativa que parece blasfémia fazer tal coisa. Quer dizer... não falo por mim. Caso o votante seja gajo... bem, é à escolha de cada um. Apanhei em qualquer lado - expressão bem aplicada, neste caso, não haja dúvida - que os rapazes mostram mais interesse no sexo anal antes do o experimentarem do que depois. Porque será...? Desculpem a labreguice, mas ir ao cu é como comer caviar, é mais fama que outra coisa. Difícil de arranjar como tudo, depois fica-se com aquela ideia do "foda-se, é isto?".
Por fim, duas pessoas votaram em Nenhum, seu pervertido de merda. (vota nisto e assumes o teu celibato, idiota). Sinto que quem votou aqui apenas o fez por lá estar um insulto à minha pessoa, daí a vontade de me ultrajar ter superado qualquer resposta racional no que toca a uma preferência sexual. A não ser que... o celibato vos tenha mesmo apanhado... idiotas!


Não arranjei criatividade para elaborar nova sondagem, mas mal me surja algo decente (decente, dizes tu) venho cá. Se quiserem dar sugestões estou mais que disponível a ouvir-vos, meus anjos.

Beijinhos e abraços à comitiva.

Inverno da angústia

Meti mais um cobertor na cama. Tinha frio. Por mais que me enrolasse para dormir nunca estava bem. Faço uma playlist daquelas músicas que não gostas e ouço-as uma a uma. Ainda falta qualquer coisa. Não tenho fotos tuas nas paredes, mas o teu nome ocupa as quatro, de cima a baixo. Fecho os olhos e sorris, com aquele sorriso parvo que me apaixona. Sai. Já é tarde, deduzo que não saias tão cedo. Muito menos com esse sorriso. Também não faço grande esforço. Pinto o fundo de violeta e coloco-te no centro, nua. Detestas violeta, eu sei, mas sempre achei que te ficaria bem. Aliás, tudo te fica bem. Ouço sempre o teu raio de cama minúscula, gosto de dormir à larga. Eu não me importo, quanto menos espaço para nós, mais nos enroscamos. Há algo melhor que adormecer nos braços de alguém? Reparo: há algo melhor que adormecer nos teus braços? Há. Adormeceres tu nos meus. Nem com bebés teria tanto cuidado. Ver-te dormir ilumina-me, sentir o teu respirar leva-me a lugares que nem sei definir. Lugares pintados por ti, mesmo sem o saberes, dignos de exposições em galerias famosas. Era desses lugares que caía abruptamente quando, de manhã, saías de mansinho. Lembro-me dos braços leves, do espaço enorme, dos lençóis todos meus. E do frio. O frio que ficou da última vez que saíste e que teima em nunca mais ir embora. Agora já percebi. Por muitos cobertores que meta naquela cama, ela vai sempre parecer-me gelada, porque o frio não se manifesta no meu corpo nem passa pelos lençóis, ele está sentado no meu coração, em greve por te ter visto partir. Volta rápido, é a cama que está a pedir.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Chateias-me, vai para o caralho sff

Não era mais fácil dizermos logo? Não podemos gostar todos os dias. Por muito grande que seja o nosso amor, há dias em que simplesmente não estamos para aí virados. Ouvimos um amo-te e respondemos o mesmo, mas nem sequer o sentimos, é só um favor, entre tantos outros que fazemos numa relação minimamente estável. Qual é o problema de hoje em dia com a sinceridade? Cala-te que não me apetece ouvir-te hoje. Custa assim tanto dizê-lo? Por alguma razão se diz felizes para sempre, e não felizes todos os dias. É nestas coisas em que meditamos nas fracções de segundo que temos entre a parte em que começas com lamechices e a parte em que começo a responder-te. Nestes casos, um bocado hipocritamente. Não me mintas. Estou a dizer a verdade. Com os olhos, só com os olhos. E se estiver? Se forem realmente apenas os olhos que dizem o que mais queremos gritar e que ninguém quer ouvir? E não me venhas com a treta do "prefiro que me digas sempre a verdade", porque essas verdades, que porventura nos podem escapar da boca em momentos menos saudáveis, vão de certeza ser-nos atiradas à cara numa discussão futura. Por isso pára de ser hipócrita ao ponto de me pedires verdades. Leva contigo as filosofias cliché e trata de revolucionar esta definição gasta que estampaste na palavra relação. Diz-me o que queres e o que não queres, diz que gostas ou que odeias. Eu fazia o mesmo, mas já sei que era para dar asneira. E ai de mim fazer tal coisa, depois lá se ia o argumento do "tu é que começaste com esta história!". Toda a relação é um jogo, um ciclo. Não temos direito a intervalos? Ai queres intervalos, então é porque estás farto, porque queres é curtir a tua vida e deixar-me num canto para quando precisares! Ou seja, não fujas que eu tenho medo, em modo hardcore. Se ao menos dissessemos o que realmente nos vai na cabeça de vez em quando... evitavam-se mil chatices, não? Sim. Criáva-mos era outras mil. Ás vezes acho que gajos e gajas não foram feitos uns para os outros. Os gays não se chateiam. Ou será que se chateiam? Na, não me vou virar para a paneleirice hoje, fica para outro dia...

... Ok, só uma nota: acho sinceramente que os rabetas não se chateiam, primeiro porque... rabeta que é rabeta não se chateia, esboça um leve sinal de desagrado. Segundo, porque simplesmente não têm com o que se chatear. Deve ser uma química tão perfeita (por mais paradoxal que isto possa soar) que nem deve haver azo a discussões. Ah, mas que vida de merda, a deles, quem é que sobrevive sem umas boas discussões de vez em quando? Faz tão bem à saúde. E ao resto.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Amor(, h)a mais

Ia dizer que te amo, mas decidi guardar para mim. Tenho destas coisas, às vezes, apetece-me e pronto. Mais nunca é demais, mas tudo o que é em excesso faz mal. Fico-me pelo meio, sem saber bem o que isso quer dizer. Nunca tive bem a real noção do que é o meio termo. É, na grande maioria das vezes, por isso que acabamos por estragar tudo em que nos metemos. Não te vou estragar. Vou deixar que sejas tu a estragar-me. Sou inquebrável, já te tinha dito? Basta que me dês razões para ser forte, aí... bem, aí viro o mundo, se for preciso. Apareces por minha casa, na sexta? Não, apareço agora. Agora não me apetece aturar-te. Parvo. É mais ou menos este o esforço a que me refiro. Brincadeira. Tenho muitos planos para ti, já te contei (mais de mil vezes)? Vou expor desenhos do teu corpo numa galeria - nunca nu, senão fico com ciúmes -, publicar um ou dois livros com a tua história - história que começa quando eu entrei por essa vida dentro, claro - e talvez, quando chegar a presidente da junta lá da aldeia, dê o teu nome a uma rua, só para te perpetuar no mundo, tal como te perpetuaste na minha vida. Na verdade, estou a morrer de vontade de dizer que te amo, mas vou eufemisando (o dicionário não reconhece esta palavra, mas eu sinto que ela existe) estes desejos com metáforas perdidas em frases guardadas para ti. Talvez um dia as decifres. Talvez um dia te apercebas que o amor não é aquilo que vês nos filmes, que só acontece a quem não merece e que a época do romantismo não morreu à décadas. Talvez um dia me descubras. E aí sim, poderemos largar este mundo dos sonhos que já detestamos em uníssono faz demasiado tempo.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Teoria do frustrado

Seriously, quem é que vos está para ouvir dizer que o homem certo nunca mais chega? Vocês nunca lhe dão hipóteses. Eu sou o homem certo de meio mundo e só a outra metade é que me dá chances. É mais fácil quando é fácil, não é? Se um gajo se manda de cabeça é tarado, se não se manda é paneleiro. Se diz olá é parvalhão, se está calado é convencido. Se se mexe tem a mania, se está parado é imbecil. Vocês são uma equação de resolução impossível, é por isso que ninguém vos decifra - nem um brilhante engenheiro, como eu. Raio de bicho me saiu a gaja. Depois os moralismos: ai que sou tão boa rapariga e ninguém de jeito me pega - mas pegam uns poucos sem jeito nenhum; ai que só sofro desilusões - é o que dá comer pessoal em discotecas; ai que qualquer dia nem saio à rua - faz isso, por favor. Argh, que ódio de estimação que vos tenho a todas, gajas. Podiam ter criado três sexos, só para o caso de quando não estamos com disposição de vos aturar podermo-nos virar para outro lado. É uma prisão. Sem barras de ferro. Ao menos connosco, gajos, está sempre tudo bem, se é para matar siga la fiesta, tivessem vocês metade do pragmatismo que nós temos nestes assuntos e o mundo era um sítio bem melhor... aliviado sexualmente. É pena que vocês tenham que ser mesmo assim para manter o gozo disto tudo. Mas não nos tira o direito de vos odiarmos por serem raínhas e senhoras no que toca ao sim ou não. Mas só até aí. Depois... bem, depois o comando é meo.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Listen...

...to the music i've put in here. É Pearl Jam, ao vivo no Pavilhão Atlântico. Se não quiserem aturar a parte menos importante metam logo no minuto um, que é onde começa a Better Man. Os portugueses até que de vez em quando sabem fazer umas coisas bonitas, esta ficou linda. Era menino para dar o meu rabinho e cinco tostões para ter lá estado.

domingo, 14 de setembro de 2008

Cigarros contigo

Cheguei à conclusão que sou um bocado como o fumo do tabaco que fumas. Se reparares, quando expeles o fumo em direcção ao céu, de noite, ele dispersa-se na atmosfera, como que desaparece. Esse sou eu. Vê o teu ritual... se sentes saudades, sacas de um cigarro e tens me ali, até que me perca pelo ar. Como não estás satisfeita, dás outra passa. E assim sucessivamente, até acabar o cigarro. Por vezes mais forte, por vezes mais fraco, a verdade é que não deixas de querer sentir o fumo sair-te pela boca e espalhar-se em teu redor. Se não for suficiente, sacas outro. Repetes o ciclo. Dá-te gozo ver-me ali, ao som do vento, perdido, como que sem vontade própria, movido por algo mais forte. Fumas outro, outro e mais outro. Ao longo dos dias. Até enjoares. Páras umas semanas, porque fumar não faz parte das tuas actividades preferidas. Quando sentes a falta lá voltas a fazê-lo. Nunca te perguntaste o que acontece ao fumo, quando o atiras pela janela fora? Tenho respostas para ti. Ah, espera, e quando acaba o maço, lá me largas? Pouca sorte, vendem disto em todo o lado, estou à distância de uma tabacaria, de um café, de algum amigo que resolvas cravar. E volto a servir-te, a satisfazer-te a ressaca, como quem nasce para aquilo. Como o fumo nasce para ser sugado de um cigarro e expelido das nossas bocas. Deviam reformular os rótulos pretos e brancos estampados nos maços. Sabes, é que Fumar(es) mata(-me).

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Kiss kiss, bang bang

Porque é que as putas têm a mania de não beijar? É que não me cabe na cabeça. Quer dizer... lamber tudo o que é sítio, espancar, realizar fetiches, andar para lá a chafurdar com a pilinha... tudo bem. Mas beijos? Nada disso, ui, és parvo ou quê? E rabinho, dá? Só se for o teu, o meu é só para o meu marido. Para o teu marido e para quem te der mais 20 euros - medida válida para o beijo também.
Feita esta introdução algo harcore, venho por este meio indagar sobre a importância do beijo. Há beijos que dão mais tesão que certas fodas. Ok, poucos, mas há. Um beijo bem dado é meio caminho andado para uma boa noite. Mesmo que a foda seja uma valente merda, há sempre aquela atenuante do foste muito carinhoso. É como um backup para casos extremos. Saber beijar não é para qualquer um. Não sei se sou eu que não sou lá muito afortunado, se sou esquisito ou se - medo! - sou eu que não sei beijar, mas confesso que tenho uns problemas de química linguística na hora de trocar saliva. Uns mais agressivos (agressivo é bom, ralar um lábio nem tanto), outros mais fofos (fofo é bom, deixar morrer o beijo nem por isso), outros todos desencontrados (dentes a chocar, lábios trilhados, saliva a mais, sei lá). Isto tem muita ciência, desengane-se quem pensa que é chegar ali, espetar uns lábios contra os outros e siga. Eu só tenho que agradecer às putas - em nome de todos os homens, mesmo os que não concordem comigo - por não fazerem questão de beijar. Mesmo sabendo uma ou outra coisa - que devem saber, com tanta prática -, quantos mais gajos se safarem de estar em contacto com uma boca que... hmm, vá lá... não é livre de germes, certamente, melhor será para todos. Claro que há sempre uma percentagem que nem quer saber disso, o que vale é mergulhar o ganso e o resto Jesus que salve. Um bocado à imagem de quem vota na hipótese Sei lá, quero é o bicho lá dentro, sou mesmo assim, badalhoquice é o meu lema, ali na sondagem ao lado. Nestes casos a esperança já se foi à muito tempo.
Coitadas das putas, tenho pena delas, no fundo. Embora ganhem dinheiro a fazer o que a maioria gostava de conseguir fazer quando sai à noite, é sempre chato. Quando era puto ensinaram-me um lema que aplico neste caso, daí ser praticamente impossível ver-me num acto sexual com prostitutas: Não se goza com quem trabalha.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Parasitismos

Olho para mim e não me reconheço. Já me perguntei vezes sem conta o que quero da vida e nunca sai uma palavra bem construída. Monossílabos, no máximo. Fuma outro que isso passa, dizem vocês. Sento-me na janela e olho para o deserto que está lá fora. Meto Muse na playlist e ouço a Stockholm Syndrome, uma boa guitarrada para me acordar as ideias. É das melhores letras que conheço, é pena que esteja camuflada por tão estridente música. Eu adoro, mas uma versão acústica era capaz de chegar a top de vendas facilmente - tal como tudo que é mais comercial. Canto-a em surdina e deixo-te a letra gravada na testa, para a leres sempre que te vires ao espelho. Um dia vai sair-me um génio gordo e azul duma lamparina - qual Aladino - e o meu desejo vai ser encarnar o espelho da tua casa de banho. Só para poder ver essa cara de sono todos os dias. Ah, as manhãs... Como é bom estar uma manhã enfiado na cama com... tigo. Ou sem tigo, também gosto. O problema de me por à janela é este. Fico nostálgico. Será que aquelas velhas que passam a vida à janela também o sentem? Se calhar só as que vestem de negro até morrerem. Não quero nostalgias. Sorrio para tudo, isto não é excepção. Sinto-o geralmente quando volto para a cama. É como que um abandonar das filosofias que me atravessam a cabeça. Digo-te vai embora, estou cansado, deito-me decidido a sonhar com alguém diferente, pela primeira vez desde que me conheço. Claro, mal fecho os olhos o teu corpo nu paira à minha frente. É por isso que nunca adormeço cedo, tens uma tendência estranha de nunca me abandonar. Mesmo comigo a afastar-te a todo o segundo. Raios te partam, vai(s) ser sempre assim? É que eu não te quero, de todo, por perto. Está bem, está... tal e qual como os meus Muse cantam: I wish I could!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

domingo, 31 de agosto de 2008

No expectations, no disappointments

Sempre fui uma pessoa de planos e projectos. Optimista como tudo, mesmo que o mundo estivesse para ruir por baixo dos meus pés. Talvez seja essa a ligação entre nós e o mundo: sempre que te quero, o mundo... rui. Decidido a por fim a este fenómeno com o meu nome, cheguei à conclusão que o melhor é não te querer. Toda a gente tem medo de se magoar. Pergunto-me porquê... hmm, eu nunca tive. Regra geral: magoo-me sempre. O problema é que temos tendência a criar ilusões desmedidas, ás vezes por quase nada, até. Claro que quem sonha com o mundo e recebe um continente nunca fica inteiramente satisfeito. Será assim tão complicado querer alguém sem esperar nada em troca? Partir para uma relação sem expectativas? Dito assim parece completamente fútil, mas até pode ser uma das melhores formas de se tirar o melhor de alguém. Tudo se treina, e os desapontamentos não são excepção. Quanto melhor estivermos preparados para eles, menos nos irão custar. Alguns, até, poderão nem nos atingir. Querer um beijo e tê-lo é menos bom que o ter sem o esperar. O grande entrave desta teoria chama-se tempo. Com o tempo, as expectativas nunca se mantêm. Vão sempre aumentando, evoluindo, porque nunca queremos menos do que o que já tivemos no passado. Vamos começando a querer um continente, e mais outro, e outro. Até que pedimos o mundo. Quando o mundo não nos chega... voltamos ao meu nome, ou seja, o tal mundo... rui. Este ciclo só me prova que, independentemente da forma como abordemos uma relação, ela acabará sempre por sofrer um colapso, mais cedo ou mais tarde, à custa das nossas expectativas. Sabes que mais? Nem quero saber, acredito que somos adultos para alguma coisa. Que seja para saber a melhor forma como lidar com isto. Não há relação que não ande pela corda bamba, de vez em quando. Vamos fazer melhor, vamos já saltar os continentes e pedir o mundo um ao outro. Nunca tive medo de sonhar alto, não vais ser tu a fazer disso uma fobia.

Boa noite, amor

É quando mais só me sinto que mais companhia me fazes. Organizo as memórias por ordem qualitativa e saboreio-as, uma a uma. Beijos quentes no fim da noite fria, a tua pele arrepiada, carente e nua, a suplicar por um toque meu, hesitante mas desejoso de te ter colada a mim. Sentir o teu calor, a tua respiração ofegante, as tuas gotas de suor. Ouvir-te gemer enquanto te contorces, com esgares de prazer que não tens vergonha de mostrar. Mostrar a mim, que explodo de fervor só por saber que sou eu quem te provoca tanta coisa. Abraçar-te e dizer-te baixinho... és linda. Enquanto te beijo as orelhas, para o som te chegar com mais carinho. Vejo a tua bochecha crescer, a denunciar o sorriso que tens nos lábios. Sorrio de volta e olho-te fixamente. Vasculho-te a alma e os segredos e encontro-me em toda a parte. Beijo-te os lábios e agradeço-te por fazeres de mim quem sou, todos os dias. Repito o gesto nas pálpebras, para dormires melhor e deito-me a teu lado, de peito cheio. Fito-te até adormeceres - porque não há face mais bonita da que a que amamos, durante o sono - e recorro a todas as minhas forças para não adormecer também, só para prolongar esta dádiva ao máximo. Apenas para memorizar cada traço do teu rosto, para que te possa levar comigo para os meus sonhos. Só não considero dormir uma perda de tempo quando sonho contigo. É impossível não gostar de ti.

sábado, 30 de agosto de 2008

Sondagens e afins.

"Com que frequência (te) vens cá?", foi a pergunta que vos fiz. Com que então 16% dos votantes vem cá todos os dias, hein? Muito bem, gosto de leitores assíduos. Tenho é de vos pedir desculpa pela ausência, mas por favor não me culpem, culpem o gajo que inventou a época especial de exames em Setembro, abatam-no se for possível. Estudar no verão é pior que ter um orgasmo e não poder ejacular. De qualquer forma, uma vez ou outra sempre dou uma folga às contas e uso a caneta para escrever uns textos. Quando tiver paciência passo alguma coisa para aqui - ok, para dizer a verdade, estou é mortinho por partilhar, vou ver se amanhã trato disso. Tenho um bastante fofo para vocês. Na realidade é o único, o resto é só merda.
E as 9 pessoas que sonham um dia poderem cumprimentar? (Vem a parte em que me faço de fácil agora...) Keep dreaming! (Not!) :D Têm de fazer mais refresh's para poderem atingir um patamar que vos possa levar a um aceno de mão meu, ou, quem sabe, um beijo - na face. Nas pessoas mais giras esqueçam isto, basta dizerem olá que eu faço o resto. Estúpido.
Quanto às 3 pessoas que vão fazer queixa ao blogger para fechar isto... esqueçam, eles já conhecem o espaço e adoram. Já me mandaram mails com convites para... hmm, não percebi bem mas acho que era a elogiar, lá pelo fim dizia "last warning, dumbass"... por isso deve ser bom.
Por fim, a quem votou na opção "Uma vez por mês, com sorte", gostava de perguntar uma coisa... Se quando vens cá uma vez por mês vens com sorte... porque é que não vens mais vezes? Ok.
Continuo imbecil, como podem ver. Estudar não faz bem às pessoas. A mim então estoira-me os poucos neurónios que por aqui passeiam.
Beijinhos e abraços deste vosso fiel acompanhante.

domingo, 17 de agosto de 2008

Mundo ao contrário

Hoje disse o teu nome em voz alta. Disse-o mais vezes hoje do que em muitos dias que estive contigo. E senti. Senti que ainda tremo quando o ouço, ainda o acho bonito e, o melhor, que ainda rima com o meu. E, vê bem, chamo-me Rui, já encontraste algum nome que rime com Rui? No fundo é bom tudo isto, prova que estamos vivos, que ainda por cá andamos. Quando vou de férias muito tempo, é costume estranhar a minha casa, no regresso. É precisamente o contrário, no que toca a ti. Por muito que ande, nunca sabe tão bem voltar como quando me afasto muito tempo. E às vezes o tal muito tempo resume-se a deixar de te ver três segundos. Sim, três, porque dois ainda dá para aguentar. É melhor ainda do que depois de uma discussão. Se bem que as discussões trazem sempre algo especial que não sei definir. É uma raiva misturada com alívio, alívio de não te perder, raiva de ser obrigado a discutir por assuntos que, depois, nada valem. E despeja-se tudo aí. É uma receita divina. Deve ser por isso que passamos a vida a discutir. Só para arranjar forma de tornar as coisas melhores. Mentira, discutimos porque é fácil discutir. É mais fácil acusar do que perguntar, é mais fácil mentir do que enfrentar uma reprimenda. O ócio sempre foi um habitué nas relações, e nada irá mudar tal facto. Nós vamos fazendo o mesmo, aos xutos e pontapés, visto que, segundo eles (eles, banda, os Xutos), Se gosto de ti, se gostas de mim, se isto não chega tens o mundo ao contrário. E as letras deles têm muito sucesso. Sucesso costuma - friso o costuma - vir aliado à qualidade. Deduzo que sejamos isso, qualidade.


P.S.: Olá amiguinhos/as :)

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Nova Sondagem!

A última foi engraçada... pelo menos teve piada o facto de 6 pessoas dizerem que não se masturbam. Ah, mentirosos/as. Para quem disse que o fazia todos os dias tenho um adjectivo para vocês: porcos! Como era esperado, a opção Só de pensar em ti venho-me logo, nem preciso de mais nada... ganhou, arrecadando 29% dos votos. Tenho de me congratular com o facto de muitas de vós (sim, porque acredito que não tenham havido homens a votar nesta (o que só enaltece ainda mais esta vitória contra as outras opções - que eram votáveis pelo sexo masculino)) recorrerem a mim nas vossas horas mais carentes. Não se inibam, não me importo de ser explorado sexualmente sem pedir licença.
Posto isto, já lancei novo desafio. O tema é completamente diferente, embora com um monossílabo que pode trazer de volta o assunto masturbação. Enfim, coincidências. Boas votações e, para quem for caso disso, boas férias!


Já agora, por falar em férias, quem vai de férias sou eu, por isso não desesperem se não der notícias por cá nos próximos quinze dias. Boas férias para mim também. Beijinhos e abraços.

Adeus.

Escrevo-te como se fosse a última vez. Nunca te consegui dizer adeus, e ainda não vai ser desta. Tenho medo da expressão. Os adeus são eternos, os até qualquer dia são efémeros. Não esqueço o trauma de te olhar nos olhos em silêncio, e neles ler-te ideias soltas a pairar na córnea, como quem quer explodir a qualquer momento, cujo único obstáculo é o terror que assola os meus. O terror de te ver querer sair. É nesse dia que perco a visão. A visão e tudo o que me resta. Podia aguentar com o mundo a cair-me em cima, como uma bola de futebol esmaga uma formiga, desde que em cima da tal bola não estivesse um pé teu. Um dedo bastava, vá lá. Até porque nunca tive metade da tua força. Eras bem capaz de aguentar com quatro mundos em cima de ti, com cinco iguais a mim, aos pulos, na tentativa de aumentar o peso. Sempre foi esta a diferença entre nós. Podias muito mais comigo do que eu contigo. É por isso que hoje te escrevo como se fosse a última vez, porque finalmente me diferenciei. Hoje sou eu que posso contigo. Que quero dez mundos em cima de mim, com dez iguais a ti. Aos pulos, aos berros. Pegava-lhe com um só dedo, sorria e ia buscar um lápis. Escrevia-te uma carta, como as mil que já te guardei. Como se fosse a última vez. Como sempre o faço. E como sempre o farei.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Paneleirices

Há coisas das quais eu tenho bastante medo. Veja-se, por exemplo, as relações homossexuais. Vendo as coisas de uma forma muito prática, por muito bom que possa ser uma estritamente feminina, faltará sempre um músculo forte lá pelo meio. Porque, verdade seja dita, meter plástico e meter carne não vai dar ao mesmo. Não falo por experiência própria neste assunto, diga-se. Já a homossexualidade masculina é mesmo a doer, é ferro e fogo a noite toda. Porra, para melhor se ter noção disto, ponham as coisas nestes termos: nunca se ouvem casos de homens que de vez em quando têm uma relação homossexual. Um gajo ou é paneleiro ou não é. As gajas não. Às vezes são gays, outras nem por isso. Eu acho que são gays quando não lhes faz falta a nossa força, mas tudo bem. Um gajo que seja gay, é gay para sempre. As gajas vão sendo. Até nisto temos de ser mais decididos que vocês? Um gajo acorda, lava os dentes, decide ser gay e está decidido até ao fim das nossas vidas. Vocês são capazes de acordar gays, e antes de lavar os dentes já não o ser. É esta incongruência que me mata. E que, se calhar, me fascina ao ponto de me segurar (firmemente, diga-se) no campo da heterossexualidade. Obrigado a vocês por não me aliciarem a provar o outro lado, visto que está mais que provado que, das duas uma, ou é muito bom e voltar a hetero está fora de questão, ou... a vergonha é tanta que mais vale estar calado. Rabetices à parte, obrigado por terem uma coisa fofinha entre as virilhas que dá tanto prazer à nossa pilinha. E ainda têm o sítio onde os gays passam a vida - o chamado rabinho. São o full package. Adoro-vos, gajas, fã número um, nunca mudem, sou por vocês até ao fim dos meus dias!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Ferramenta.

Ah, grande merda, com que então dormiste mal? Foi, tive a estudar até tarde. O João viu-te na discoteca, cala-te.
E ás vezes é melhor assim, falar e virar costas, entrar no carro e ir embora. Até que podia estar naquele jogo (que é tão fixe) de saber das coisas e ir dando trela, vendo-a enterrar-se cada vez mais numa espiral sem saída. É sempre bonito ver uma pessoa a esfarrapar-se toda para esconder a verdade quando estamos fartos de a saber.
E então, correu bem? Ao que estudei, era melhor se não corria... Pois, imagino, coitadinha. Mas valeu a pena. Ainda bem que valeu, ao menos isso, estudaste quanto tempo mesmo? Oh, desde que me deixaste em casa, já estás a ver. Pois, isso dá quanto mesmo? Então, deixaste-me às dez, tomei um café lá para a meia noite, foi até às sete da manhã, sempre a dar. Sempre a bombar, ganda maluca...
Depois é uma questão do tamanho do vosso saco de paciência ser maior ou menor. O meu não costuma aguentar tantas frases, basta olhar para a face e descobrir um sorriso, sou obrigado a passar logo para a fase cala-te.
Quando era mais novo - e com isto refiro-me aos meus 5, 6 anos - comecei a aprender a mentir. E isto porquê, porque alguém me pediu segredo, e quando fui confrontado pela minha mãe nem disse sim nem não, fiquei ali no meio. Ao que ela, toda contente, disse ele não sabe mentir. Bem, não é verdade, visto que é quando nos dizem "não consegues" que mais depressa o conseguimos. A partir daí fui passando de mentira em mentira até ao ponto em que hoje consigo adornar com sucesso... o meu insucesso na faculdade. Ou seja, a capacidade de mentir depende sempre a quem impingimos a mentira, por isso, é bom que escolham um alvo apetecível, tipo uma mãe ou um pai (visto que estes gostam sempre muito de nós), ou a namorada/namorado, mas isto apenas caso o amor que sintam por vocês seja evidentemente louco. Cego, até. Porque abaixo disso há sempre risco. Oh, claro que se houverem desconfianças podem sempre meter aquele ar sério e magoado ao mesmo tempo e proferir a frase que move montanhas... não confias em mim? E depois partir rapidamente para outra abordagem, caso não surta efeito imediato: é que se não confiares esta relação não tem sentido nenhum! E pronto, nesta fase alguém se dá mal, ou quem proferiu esta última frase ou quem não a engoliu. Mentir é para todos nós como as derivadas são para o meu professor de Análise: ferramenta.

Já agora, deixem-me parafraseá-lo: Isto não sai nas frequências nem nos exames, mas vai ser útil toda a vossa vida, é ferramenta, tem de estar sempre convosco!
Bah, merda de professor cego de um olho, acabei a cadeira com 14, a copiar nas frequências todas porque ele não topava nada. Lá está, a mentira no que toca ás minhas noções daquela cadeira. Ela está sempre presente. Ferramenta, diz ele.

Imbecil, eu? Na.

Há gente que perde uns bons anos de maturidade quando o assunto em questão são casos amorosos. É como voltar aos tempos de infantário, em que uma pessoa se orgulhava de dizer que tinha determinado brinquedo. Agora é com o sexo oposto. E, surpresa das surpresas, quem mais fala é, geralmente, quem menos tem - alguns até criam blogs para falar destas coisas e tudo, vá-se lá perceber esta gente. Acho que as atitudes que tomamos no que toca a este assunto tem tendência a melhorar com a idade (e experiência). Pelo menos assim o espero, visto que os meus tenros 21 aninhos pouco me podem assegurar no que toca a analisar uma vida inteira. Mas vou tendo uma outra opinião formada, tomando por exemplo os conhecimentos que vou adquirindo através de situações que me chegam, ou, simplesmente, através da pornografia. Sim, porque há muita ciência do amor na pornografia, aquilo não é tudo filme, há ali qualquer coisa que me escapa. E não é só a mim que me escapa qualquer coisa, visto que nesse tipo de documentários didáticos sobre fazer o amor acaba sempre por se escapar também ao actor algo, no fim, que costuma ir parar à face das actrizes. Ainda estou para perceber esse fenómeno, vou ter de examinar melhor essa arte para poder expor a minha ideologia de forma mais clara. De qualquer forma, o que queria transmitir nesta grande mistura entre o amor na televisão e o amor que muita gente (diz que) faz, é que até nestes dois assuntos tão distintos existem semelhanças. Tal como o título do blog, estas relações não passam de noites utópicas que são criadas para acalmar o desejo. Reparem em pessoas que se vanglorizam de fazer tudo e mais não sei o quê, provavelmente serão pessoas solitárias, que não magoam uma mosca e estão sempre à espera que lhes chegue a princesa encantada à porta. Ou, tal como o outro, se enfiam no computador a escrever sobre estas coisas! Estas pessoas são tal e qual os actores pornográficos. Embora estejam a fazer o que melhor sabem, não estão a fazer o que mais gostavam. Os que falam gostavam de estar a foder, os que estão a foder gostavam de... hmm, encontrar o amor que tanto procuram em filmes atrás de filmes, de suor desperdiçado e coitos interrompidos partilhados com espécimes de todo o globo. Sim, porque os actores pornográficos são pessoas tristes e incompletas, carentes de amor, que se refugiam no sexo (muito bem) pago para esconder a escuridão que lhes vai na alma. Ah, para não falar que todas aquelas cenas são feitas, não há emoção, não há nada. Nem o tesão é verdadeiro, aquilo é tudo feito por computadores... Onde é que já se viu, ainda no outro dia, durante um zapping, estava uma rapariga a introduzir um pénis na boca! Até fiquei estúpido, estes cineastas lembram-se de cada uma... Em vez de andarem a proibir jogos de tiros com medo que a malta imite isso e comece a matar-se a torto e a direito deviam era proibir este tipo de cinema, qualquer dia anda meio mundo a mamar pilas e ninguém faz nada. Isso sim, era preocupante. Até tenho medo do dia em que alguém se lembre de meter a boca num pipi, aí sim, são sinais do apocalipse. Este mundo é um riso.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Txpim!

Dez mil cliques neste espaço perdido, muito obrigado. Estou feliz. Vou tentar, daqui para a frente, descobrir o que vos move a visitar o blog para além da esperança de um dia aparecer uma foto minha em trajes menores exibindo o meu corpo escultural. Um dia vou conseguir, até lá continuem a clicar!

A gerência.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Cow(ard)

O pior insulto que um gajo pode ouvir é cobarde. Um gajo que seja que seja acusado de ser cobarde, passa a ser - não o contrário (já agora, será que existe o antónimo de cobarde mesmo?), mas sim - estúpido. Estúpido por querer provar ao mundo, a quem o acusou e, sobretudo, a si próprio que não é cobarde. O problema é que a maior parte das vezes ser cobarde não quer dizer não ter medo. Hmm, exemplo: um gajo que não tenha medo de ir tomar banho a uma prisão com um sabão rosa não deixa de ser cobarde, passa a ser é estúpido - e ganha um novo caminhar, também. Por outro lado, para não ser cobarde, por vezes, basta ser rabeta. É preciso engolir meia dúzia de sapos para, por exemplo, pedir desculpa e enfrentar alguma asneira que tenhamos cometido. A típica: o par de cornos. Um cobarde foge ao assunto e esconde-se em si mesmo, um sujeito sério assume as asneiras e tenta resolver as coisas. Um gajo com dois dedos de testa nem pensa nestas merdas e vai comendo as duas ao mesmo tempo. Ou três.
Uma vez chamaram-me cobarde. Apenas porque tinha medo de enfrentar o amor - de quem disse tal coisa, entenda-se. Primeiro ri-me. Depois ri-me mais um bocado. Depois pensei que a definição de cobarde e gajo que não quer fazer o amor com determinada pessoa porque "opá não dá mais" podem estar intrinsecamente ligados. E fui cobarde. Sim, porque às vezes gostamos de ser cobardes. Porque queremos, porque está ali à mão, porque é mais fácil do que não o ser. E é por estas e por outras que depois de sermos cobardes evoluímos para outros níveis que, embora não nos magoem tanto de ouvir, nos podem deixar com má fama. São os casos do inevitável imbecil, cabrão e, o melhor, filho da puta (neste último caso, porém, tenho de abrir uma excepção a título pessoal, visto que ser apelidado de filho da puta é bastante excitante, seja pelas razões que for (aliás, ja explorei este tema cá pelo blog umas vezes)). Embora haja sempre um lado em todos nós que sente uma certa atracção por pessoal que seja completamente avariado no que toca a relações - e por isto entenda-se... botas da tropa (marcha tudo) -, ficar com tal rótulo é um quase certo ponto final no que toca a possíveis relações estáveis futuras. E de vez em quando sabe bem namorar. Quanto mais não seja para deixar de andar por aí a fazer testes ás DST, para saber se nos saiu a fava ou nem por isso. E para dizer amo-te e essas coisas...

Bom dia

Lavo a cara e dou por mim a olhar na direcção do peito, com os olhos encharcados, a indagar em que amor andará perdido o matutar do coração. Não chorei. Quando choro fico mais bonito. E não é, de todo, o caso. Esta cara inchada é o regresso ao mundo dos vivos. Há quem lhe chame o acordar. Perco um minuto, de braços estendidos, apoiados sobre o lavatório, como que a arranjar um propósito para não voltar imediatamente para a cama. Lembro-me de ti e da vontade que me dás de me por bonito todos os dias, a toda a hora. E lembro-me ainda mais da sensação de inferioridade que me invade sempre que te alcanço. Como se toda a beleza se subjugasse perante ti e todo o teu esplendor. É como viver na sombra de algo que idolatramos. Como se não me importasse de ser o eterno secretário do melhor empresário do mundo. Não é falta de ambição, é pura veneração. É a pressa de querer que os anos não se apressem. O terror de perder segundos. A eterna dúvida se todos são aproveitados da melhor maneira. Vou lavar a cara bem lavada, hoje não é um dia de dúvidas, de perdas ou de pressas. É o teu dia. Vou fazer dele o que melhor conseguir, para to oferecer. E não porque seja uma data especial ou tenhamos algo a celebrar. É o teu dia porque assim o quis. E porque assim o vou querer, até deixar de sentir aquele terror de te perder.

domingo, 29 de junho de 2008

Goodbye note

É aquela sensação que nunca desaparece, de estar numa metrópole à anos e desejar sempre voltar à aldeia de onde saímos. Nasci em ti. Acredito que, mais cedo ou mais tarde, voltarei para ti. És a minha religião, a excepção que confirma o meu ateísmo. Todos temos um amor mais forte que os outros. Aquele que nos mostra um rosto diferente do qual beijamos numa qualquer noite perdida. O teu. É como uma viagem pelo mundo em busca de coisa nenhuma, uma epopeia que de épica nada tem. É um placebo para o coração, um escape para a mente e uma mentira que todo o meu corpo grita incessantemente. Vi em ti tudo o que queria, corri o mundo à procura de melhor, só para provar que nunca temos tudo o que queremos. É a lei da vida, nunca podemos estar satisfeitos, parar é morrer. Mesmo que estejamos presos por forças abismais, conseguimos sempre arranjar forma de estragar harmonias perfeitas. De facto, comprovei a minha teoria: nunca tenho tudo o que quero... mas apenas desde o momento em que te deixei, na tal soleira.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

ShoutBox!

Ei, arranjei uma coisinha aqui para o sítio que dá para me dizerem olá quando vos apetecer, chama-se ShoutBox. Digam qualquer coisinha que a gerência agradece! Se quiserem uma sessão romântica e calor humano deixem morada ou numero de telefone!

Ah, por falar nisso, esqueci-me de me referir à última sondagem... Caso estejam esquecidos, questionei-vos quanto ao vosso desejo de ter uma noite de sexo louco comigo. Três pessoas disseram que já tiveram, isto é bom. Apenas porque não sei quem são, e isso deixa-me feliz, visto que me posso orgulhar de ostentar aquele sentimento de dever cumprido com a nação. Ao resto dos desejosos, o que melhor vos posso dizer é para não desanimarem! Terças e quintas ando por Coimbra, a maior parte das vezes com um ou dois copinhos em cima - o que é bom para quem disse que com uns copinhos em cima era capaz de coiso e tal -, o que torna a aproximação algo mais fácil. Fora isso façam como a maioria das pessoas faz, mandem fives e comentários no hi5, uma mensagem ali, outra acolá, engraxem-me todo, combinem uma saída, um café, uma ida a um bar mais select e um ligeiro problema em vossa casa que vos possa impedir de dormir por lá. Eu como bom rapaz devo ceder o quarto e a cama.

Este ritual não poderá ser utilizado pelas pessoas que votaram na opção Sou gajo, foda-se!

A gerência, mais uma vez, agradece!


PS: Nove mil visitas? Obrigado meus anjos!

Teoria do Caos

-Foste sempre tu! Nunca houve outra! Sempre te amei, todos estes anos!
-Se assim fosse tinhas esperado!
-Esperado?! Esperado por mais um esquecimento?! Por mais uma desvalorização dos valores que mais prezo?! Esperado que ignorasses ou não atingisses mais um pedido desesperado para ficares comigo?!
-Isso nunca aconteceu, sabes tão bem como eu!
-Nunca aconteceu para ti! É a minha realidade desde que te conheci, o meu despertar e o meu embalar! Só a minha almofada sabe dos rios que por lá já depositei com o teu nome escrito!
-Falas como se fosses o único a guardar em surdina o que o coração quer gritar...
-Guardar em surdina? Olha para mim, a plenos pulmões, aqui, a gritar que te amo, que te quero, que nunca deixarei de te amar e que o meu dia a dia não passa de uma contagem infinita até ao dia em que te apercebas que não vale a pena encontrar soluções para problemas resolvidos!
-As coisas não são assim, não se juntam e separam pessoas porque sim, ou porque não!
-Porque não?! Porque é que não queres provar que essas teorias que defendes à anos não são possíveis de quebrar?! Quebrei mil ideologias por tua causa, ainda está para vir o dia em que quebres uma por mim!
-Quebrei todas por ti! Todas! Não me conheceste antes de eu te conhecer! Não chega dizer-te que mudei, nunca chegou falar para ti!
-Claro que não, e nunca chegará! A palavra é muito forte, mas sem actos a apoiá-la, é como gostar de ti sem fazer questão de te ter por perto!
-...É isso que queres?
-Eu vou sempre gostar de ti. E vou sempre querer-te por perto. Para o bem ou para mal, estamos condenados a nós próprios...


É neste tipo de posts que me dá vontade de escrever um livro. Podia alongar-me durante dias, tenho sempre tanto para dizer mas fico sempre com medo de tornar a leitura fustigante. Porra, não vou morrer sem escrever um.

domingo, 15 de junho de 2008

Gajas que fodem gajos, adoro-vos!

Mas haverá alguém que não goste de ser fodido? Eu sei que fodido é a palavra mais versátil da língua portuguesa, mas tentem levar a palavra pelo seu verdadeiro conteúdo - neste post, pelo menos. Eu adoro! Prefiro chegar à beira de alguém e dizer ontem uma gaja fodeu-me todo do que ontem fodi uma gaja toda! Quem é que não gosta de ser violado, de vez em quando? Qual de vez em quando, qual quê? Sempre! Claro que isto se pode transformar numa assumida declaração de incapacidade sexual, como quem assume que é andamento a mais, mas ei, who cares? Não podemos fazer uma pausa nas super performances? Quem me dera fazer pausas assim toda a vida. O problema de muita gente é que tem medo de violar. Um gajo quer é ser violado, toquem-nos, arranhem-nos, mordam-nos, façam tudo o que sempre desejaram fazer, quanto maior for a loucura maior prazer daí advém! Ou será que quando um gajo diz que deu uma foda do caralhão foi por ter estado vinte minutos na mesma posição? Duas opções... ou não... ou não sou gajo. Se o sexo é o expoente máximo do amor partilhado porque é que não há de ser da loucura também? E do exercício físico, do suor, do calor, dos fluídos trocados, dos esgares de prazer. É o clímax duma relação. Ou será o momento em que pedem alguém em casamento? Oh, esqueçam, esse é o pior. Se o momento é assim tão forte, há que deixar de lado as cortesias e ser puta por uns minutos. Ah, que vontade de ser puta agora mesmo!

sábado, 14 de junho de 2008

Assírio & Alvim - O nome mais ridículo de sempre para uma editora

Um aparte inicial: O título é mesmo verdade, que raio de nome. Outro aparte: aparte não leva acento no primeiro a.
Se um dia escrever um livro vais ser a personagem secundária. Leva isto como elogio, porque a principal serei eu. Eu e todos os meus eus. O eu que sou contigo, o eu que sou em casa, o eu que sai à rua. Enfim. O enredo girava todo à tua volta. Um bocado como a minha vida. Era capaz de fazer umas poucas de descrições lamechas só e apenas sobre o teu sorriso, alternar com uma teoria radical sobre relações sem futuro, meter umas piadas gastas pelo meio, adornar com divagações amorosas, sei lá. Enchia mil páginas com mil noites difíceis. Metade delas à tua custa. Fazia dum romance uma sátira ao que nos rodeia todos os dias e dava-lhe o final que bem me apetecer. Ah, o final... claro que me seria favorável. Ao bom estilo americano, acabava tudo bem, ficava com a melhor gaja da turma - err... este ponto não me seria muito favorável, a não ser que entretanto comece a ganhar gosto por miúdas com bigode - e vivia feliz para sempre. Um gajo pode inventar. Podia sempre argumentar que o livro era meu. Exageros à parte, podia não pintar o melhor quadro possível e imaginário, mas de uma coisa não fugia, tinhas de acabar ao meu lado. Depois entregava-te o primeiro exemplar e perguntava-te se não querias fazer da minha história algo baseado em factos verídicos. À macho latino, mesmo. Podias querer contribuir para o meu sucesso editorial, não? Não. Ok, queiras ou não, acabas comigo, nua, num jacuzzi! Trau!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Imbecilidades

As pessoas apaixonadas tornam-se idiotas. Mas é que imbecis em estado puro. É por isso que tenho alergia ao amor. Quem é que nunca olhou para trás e abanou a cabeça em sinal de que tristeza que eu era... ? Parte boa disso, aprendizagem. Aprendizagem o caralho! Quero lá saber se aprendi ou deixei de aprender, sei que todos temos de passar por imbecis apaixonados por uns tempos para passarmos a perceber melhor umas coisas, mas foda-se, será que é realmente preciso? Será que um gajo não consegue ter dois palmos de testa quando anda vidrado em alguém? É que é super fácil olhar para alguém e pensar que triste, como é que é possível chegar a este ponto?, e, no entanto, com um bocado de sorte, à não muito tempo quem bancou o imbecil fomos precisamente nós. Eu já fui estúpido umas quantas vezes, farto-me de aprender. Gosto de aprender, não gosto muito é de ser ensinado. Principalmente quando tais ensinamentos provêm de experiências com o sexo feminino. Podiamos todos nascer ensinados. Quero lá saber do gozo que dá saber coisas novas, da magia das relações, dos jogos de sedução. Fazer de imbecil quanto a assuntos amorosos é uma opção de cada um, e nunca uma obrigação na formação intelectual. Era melhor termos de andar sempre a cair ao poço porque da próxima já sabemos qual o melhor ângulo de queda! Venha quem vier, está para chegar quem me faça de imbecil.
Nota: Esta ideologia é válida até ao momento em que me apaixone.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Punho de ferro

Sabem qual é a parte do corpo mais activa durante a masturbação? São os ouvidos... à cata de barulhos que denunciem estranhos na nossa direcção. Erm... Ok.
A masturbação é um dos maiores tabus que por aí anda. A maioria das raparigas nega a pés juntos que se masturba, os rapazes... bem, esses nem têm como negar que o fazem. Não sei qual é o problema, sinceramente. Primeiro, porque toda a gente se masturba, logo quando alguém diz que não o faz, mente. Segundo, porque é bom. Depois porque está provado que faz bem. Claro que não convém depenar o Zé Cabeças e o Vale do Prazer com esfregão de aço a toda a hora, mas de vez em quando só faz bem. Aliás, em tempos de crise é o nosso braço direito... literalmente. E mesmo em tempos menos críticos, verdade seja dita, há punhetas que sabem melhor que certas fodas. Ao menos um gajo sabe do que gosta, e faz o que bem lhe apetece. Não é chegar ali e desatar a desbravar, como quem está a aquecer um foguete da festa popular de Arcozelo. As mentes mais liberais não têm problema nenhum em tocar no assunto, mas os valores impostos pela sociedade são tão fortes que, por exemplo, em dada discussão se é perguntado "então e tu, quantas vezes te masturbas por semana?", há sempre aquele compasso de espera, meio envergonhado, meio "digo/não digo". A masturbação está, por vezes até inconscientemente, tão em má conta que o seu nível até se confunde com a tristeza que é... ir às putas. Isso sim, é decadente. Esfregar o manjerico e afagar o ganso(!) são das melhores coisas que se podem fazer para nos conhecermos cada vez melhor. Ah, e podemos sempre imaginar não sei quantos cenários e tirar real prazer dele. Eu já tive grandes sessões eróticas com a Jennifer Lopez e ela nem sonha. Por favor, ninguém que lhe conte, acho que ela era capaz de me tomar como certo por causa disto, e isso é impensável. *cof cof*

domingo, 8 de junho de 2008

Noites fáceis

Vamos aprendendo coisas sobre os outros todos os dias. Tu, por exemplo, já devias ter aprendido que eu só começo a falar de coisas realmente importantes depois de estar sentado. É só um pormenor, mas muitos pormenores são suficientes para contar uma história, por vezes. E histórias sem pormenores não têm piada nenhuma. Olha a nossa. Tanto pormenor, tanta história. Tão pouca ponta por onde se lhe pegue. Nunca percebi bem se ver uma pessoa que desejamos com outra nos faz realmente mal. Aquela dor que nos bate quando olhamos de rajada, só mesmo para ter a certeza que estamos a ver a última coisa que gostávamos de estar a ver, aquela dor… ah, tantos sentimentos. A perfeição roubada, o entrelaçar de dedos que devia ser o nosso, ali, no passeio em que tinha escrito a giz o teu nome junto ao meu, o toque nas costas que te ensinei que era bom de sentir, o morder aqui, o sorrir ali. Achamos sempre que somos a pessoa que mais e melhor sabe amar. E os momentos em que vemos pessoas que (achamos que) amam menos e pior, com quem julgamos merecer o nosso tão bajulado amor, são gravados com tal rancor e angústia que tirá-los da cabeça acaba por ser uma luta desigual e desgastante - conclusão que apenas é atingida passadas décadas de cabeçadas na parede. No entanto é também uma das melhores formas de nos livrarmos de paixões crónicas que nos assolam a alma. A estalada é de tal forma grande que é impossível ficar indiferente. Grandes desilusões requerem grandes doses de força de vontade. Remoem-se erros, recordam-se noites perdidas, tudo em busca do tal ponto crucial onde haja uma explicação plausível para dois caminhos se perderem de forma tão triste. E não há. Fomos perfeitos, como sempre me impingi. Não errei, não erraste. Fomos falhando, aqui e ali, como quem patina e escorrega, como quem canta e desafina, como quem dança e tropeça, tudo de vez em quando. Dói mais no coração ter uma réstia de ilusão do que ver um braço alheio acabar na tua mão. Há coisas que não têm conserto. Foram mesmo feitas para serem usadas estragadas. Se calhar fomos feitos para ir errando. Se calhar as coisas que foram feitas para serem perfeitas estão condenadas à nascença. Tudo para me provar – a mim, o maior defensor da teoria da perfeição - que tal coisa não existe. Queres melhor prova que nós os dois?

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Gostava de foder contigo como se fosse a última vez

Acreditas que aquela última vez me vai ficar na memória por uns tempos? Porque raio me havias de tatuar umas quantas sensações diferentes do que já tinha provado? Agora não tenho como fugir à verdade, vou sempre querer-te outra vez, como se aquela fosse a entrada do prato principal. Nem que te tenha uma vida inteira, há sedes que não se apagam. E a tua é como se andasse perdido pelo deserto, parece que vou desfalecer a qualquer segundo. Foste coisa boa uns belos tempos, que culpa tenho eu de gostar de ti? Combinamos melhor deitados do que em pé, e isso é meio caminho para ficarmos eternizados. Porco. Mas é a verdade. Quando duas pessoas combinam bem, sobretudo, no quarto, é garantido que tal coisa não cai tão depressa no esquecimento como aquele namorisco com aquele gajo que me levava a ver paisagens lindíssimas e preparava jantares divinais. Lembrem-se, não há gajos perfeitos – eu sou a excepção à regra, como é público – por isso, se tudo estiver a ser perfeito… é porque a imperfeição está para ser revelada. E se a última coisa que forem fazer começar por quarto e rimar com suor… bem, é dedutível. Resumindo, muito à bruta e muito elucidativamente, um jantar divino não faz esquecer uma foda desastrosa, mas uma foda divina faz esquecer um dia desastroso. E pode até relembrá-lo para sempre.

Vícios

E assim me deixas, preso a padrões pelos quais nunca me pensei reger. Do teu molde fiz gostos, das tuas palavras religião, do teu sabor dieta. Fora isso tudo me enjoa e angustia. É como se fosses o meu filtro. O meu bom gosto és tu, e tudo o que fazes. Gostar é isto, deduzo eu. Viver de alguém com gosto nisso, sem esperar nada em troca. Como se um simples beijo teu fosse suficiente para pagar uma vida inteira de cartas sem resposta. Inventar mil e uma formas de felicidade extrema em conjunto e no fim a realidade trazer um chocolate amargo… e mesmo assim conseguir tirar o melhor lado disso. Chocolate é sempre chocolate. Quem é que gosta de viver assim? Quem se contenta com um grão de terra, quando pode ter o mundo? Haja alguém que te queira como eu, para saber as respostas que por cá não porei.

Stockholm Syndrome

Esta é a última vez que te abandono. É a última que te esqueço. Não vou ficar no teu caminho, aprende a voar com as asas que teimam em não querer sair das costas, explora fronteiras e corre o mundo. Não vou estar lá por ti, não vou estar a puxar-te para mim. É tempo do teu coração gritar, ganhar nome e identidade. Vamos cair, magoar-nos e nenhum de nós vai querer algo de volta. Rouba estrelas, dá-lhes nomes e enche-as de carinho. Não quero que penses mais em mim quando te sentares na ponta da soleira, distrai-te com os gatos que quando passam costumam parar a olhar para ti. É a última vez que te abandono, mas esquecer… é como dizem os Muse, I wish I could.

(Doenças) Crónicas

Vou explicar-te o que aprendi nesta viagem. Nunca mais me apanham sem caneta e papel por perto. Mas nunca. És a única por quem alguma vez faria algo digno de um admiro-te. Todo meu fanatismo pela felicidade conjugal e paz espiritual a dois se baseia na existência de pessoas como tu, que fazem do meu dia mais cinzento uma pequena nódoa num céu azul vivo. Nunca vai ser demais encher-te a cabeça com cartas perdidas em baús selados com a tua primeira letra. Ficar acordado uma noite inteira só para magicar uma maneira nova de te ver sorrir. Ah, objectivos de vida, cada um com os seus. Chama-me limitado, de vistas curtas, mas que culpa tenho eu de ver em ti um mundo que eclipsa todo o planeta? Curvo-me e entrego-me a ti, qual pobre esmola, munido de um coração doente. Doente por não te ter todos os segundos. Sedento de momentos, com um armazém de memórias infindável, insaciavelmente apressado com tentativas de o encher. Loucura desmedida, pega-me pelo pulso e leva-me para longe enquanto sentes o meu batimento cardíaco. Leva-me para longe daquele momento em que me diagnosticaram dez minutos de vida e eu não tinha onde escrever isto. Desconfio que foi a minha necessidade de te escrever que me salvou. Foi-me dada uma vida para to mostrar.

Sorry for the mess

Admito que não perdi mais de uma semana a tentar achar uma forma de dizer desculpa. E que em cada dia dessa semana não perdi vinte e quatro horas. Dez, pelo menos, são para dormir. E duas só para me olhar ao espelho. Meio dia meu perdido com alguém também seria exagero. Pronto, sejamos práticos, pensei um bocado nos últimos tempos – últimos tempos é uma expressão relativíssima, serve sempre para os dois lados (muito ou pouco tempo), é uma boa ferramenta – e a única forma é mesmo esta. Desculpa! Está dito. Ás vezes dá-me para remoer no passado. Há assuntos que enterro de tal forma que lhes vou perdendo as memórias, até que sejam reactivadas, por algum acontecimento que não lhes seja alheio. E depois fico a pensar. E a pensar. Merda, ás vezes não me reconheço. Parece incrível o processo evolutivo a que estamos sujeitos durante o nosso crescimento, e olhar para certas coisas que fizemos faz-nos perceber que se calhar o que achamos hoje ideal pode ser ridículo daqui a uns anos. Fui ridículo. Parabéns a ti. Aturar-me não foi, nem nunca será, fácil. Há quem consiga. Pelo menos a minha mãe já leva vinte e um anos e meio a aturar-me e ainda vai dizendo que tem muito orgulho nisso. Não conheço mais ninguém assim. Tu podias ter sido a segunda a chegar a essa marca. Sabes quando achamos que nos devemos apaixonar por alguém? Eu escolhi-te para isso. O meu coração não achou boa ideia. Geralmente as nossas divergências acabam sempre mal, se protesto ele cega-me, faz-me rastejar por quem não devo e acabo sempre por lhe cobrar tudo muito caro. O capitalista paga tudo até ao último tostão e ainda se ri na minha cara. Diz-me que no dia em que estivermos de acordo vai valer a pena. Cabeça de engenheiro, coração político.

Pedais e órgãos genitais

Temos de ser realistas, só não falha quem não fode. Eu admito, com duas garrafas de litro e meio de whisky não fazia grande coisa em cima da Isabel Figueira, além de peso. O problema é que a luta pelo tesão é desigual entre os sexos. Grande problema, o da mulher, ter de aguentar com… duas pernas abertas durante X tempo. Não percebo o conceito de “ter pedalada para mim”, quando a tal pedalada não é sequer comparável. Se eu fosse machista – ok, sou – diria que até no sexo temos de ser nós a fazer tudo. Aguentar ali o Zé Suricata a mergulhar sem curvar a coluna durante não sei quanto tempo não é como andar a saltar em cima de um selim sem acento. Quando há vontade de ambos, o acto só se dá caso haja bandeira ao alto. Ou seja, a festa depende sempre dum gajo – nesta fase, apenas, infelizmente. Depois somos nós que temos de acompanhar a pedalada? Não são vocês que ficam de tomatinhos mirradinhos e pilinha mais velha – tenho para mim que cada foda tira um ano de vida à pila de um gajo -, embora também fiquem com o vosso material algo danificado. Digamos que depois de umas poucas sessões há momentos em que mais parece a parte de trás de um acidente do que propriamente a dita cuja. Tirando isso, a verdade é que somos uns Cristos, até no sexo. Somos uns pobres coitados, explorados até ao tutano. A guerra dos sexos anda a ficar muito nivelada para meu gosto. Já é uma mulher a liderar o PSD, imagine-se, pouco faltará para tomarem de assalto o resto do mundo. Medo, tenham muito medo.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

A humildade é isto!

A minha produção de textos é proporcional à minha liberdade relacional. Quanto mais preso me sinto, menos inspirado fico. Por isso já sabem a razão de ás vezes vos poder parecer algo gordito, é por andar... inspirado. (Vou fazer um parágrafo porque isto foi catastrófico)
Tenho uma paixão platónica por uma pessoa que vejo todos os dias, tenho uma relação possessiva com ela. Vejo-a no meu quarto, no carro, na casa de banho da faculdade, e... bem, basicamente, vejo-a em todos os lugares onde houverem espelhos. A sério, ás vezes tento por-me no lugar das pessoas que não são bonitas. Deve ser complicado arranjar motivação quando o despertador toca. Porra, lá vou eu ter de me ver ao espelho outra vez... Por isso é que acordo sempre bem disposto. Mal chega a horinha, salto da cama num segundo e lá vou eu para a casa de banho. Porque olhar para nós faz bem. Chegar atrasado a um compromisso por ter estado tempo a mais em frente a um espelho, para mim, não tem mal nenhum. Desde que sejamos bonitos. Atenção que utilizei o verbo ser, não o sentir. O sentir-se bonito não obriga ao ser-se bonito. Aliás, detesto aquele tipo de pessoas que se acha mais bonita do que o que realmente é! - Ironia chamada à recepção. Sempre com aquela teoria do Ai (há sempre um "ai" antes de qualquer frase imbecil), eu acho-me bonita por isso o resto não me interessa!, belos nervos que isso provoca. Podes achar-te bonita à vontade, o que eu acho é que as tuas lentes não estão suficientemente graduadas. O ideal é sentir e ser, mas há pouca gente que o consegue fazer. Relaxem, o mercado de trabalho tem a solução: um horário chorudo para poderem poupar para o grande objectivo de vida de metade da população mundial... a cirurgia estética. Fazem-se milagres por lá. Pena que há gente em que com milagres lá vão. Eu tenho noção das coisas, e enquanto o espelho continuar a mostrar um rapaz esbelto do outro lado vou sempre sair de casa a sorrir, é sinal de que ainda... não morri. A minha beleza lembrou-se de dar a mão ao meu ego e escreveram um texto. Eu cliquei no "Postar". Depois olhei para o lado, onde tenho um espelho, e sorri. Há gente mesmo bonita.

Queima

A minha ausência do blog resume-se, sobretudo, a esse fenómeno denominado Queima das Fitas. Dediquei-me ao estudo deste acontecimento durante a sua duração, o que se traduz numa proveitosa recolha de provas de que somos, sem sombra de dúvida, ainda mais estúpidos nesta altura do que no resto do ano. E perguntam vocês, com cara de desconfiança... Então Rui, ser de magníficos atributos físicos e possuidor de tal virilidade capaz de ser suspeito de ter provocado o último devastador sismo na China (isto é boato, não fui eu), mas porquê? Hmm, eu respondo-vos porquê. A Queima é como uma discoteca, mas em vez de durar uma noite, dura uma semana - e tem muito pessoal trajado. Ou seja, anda tudo à procura do mesmo e tudo com uns copos a mais. Todos os dias. É por estas alturas em que cumprimentamos o maior número de pessoas na vida. Conhecemos toda a gente. E quando digo toda é mesmo toda. Andei abraçado a pessoal na Queima pelo qual já passei à uns dias e nem um acenar se deu. Tudo normal. Paga-se tudo a toda a gente, bebe-se tudo de toda a gente, recebemos o dobro das bebidas que compramos, estoiramos a voz, o fígado, o estômago... e com sorte (ou azar) alguém que se atravesse pelo caminho. Os dias são passados à espera dos jantares, os jantares à espera da embriaguez, a embriaguez à espera de quem nos dê trela. E no fim tudo vai dar ao mesmo sítio, à cama. Seja para aterrar, seja para outras coisas. Por falar em outras coisas, porque raio é que de tanta pessoa que deseja ardentemente uma noite de amor comigo - baseio-me apenas e só na sondagem que por aqui paira - apenas... hmm... nenhuma (!) o veio confessar na devida altura? Leia-se, Queima, como é óbvio! Não desesperem, a época de exames ainda vai longe, até lá há tempo para acertarmos horários. Se não quiserem dar muita bandeira podemos combinar um gesto secreto. Sei lá, se passarem por mim... desviem o olhar, pode ser? Combinado. Ah, tenho de partilhar convosco algo que presenciei no recinto. Atrás da última tenda, estava um casal a... fazer o amor. O amor! Em pleno recinto da Queima. Achei lindo. Quis ir lá dar os parabéns pelo quadro que estavam a pintar, mas alguém me agarrou. Já não há sensibilidade.

Cartas 100 destino

Este texto é para ti. Só para ti. Podia deixar uma folha em branco e dizer que era isso que te queria dedicar. Depois enchia-a de beijos e perfume e entregava-ta, na esperança que conseguisses interpretar o que os olhos te esconderiam numa primeira apreciação. Não era um adeus que te queria dar, era um fica comigo para sempre, que eu tenho medo do amanhã. E tenho! Se o meu amanhã não rimar contigo ao meu lado prefiro não sair do escuro o resto da vida. És tu quem dá cor aos meus objectos. Uma eternidade de preto e branco nunca me irá seduzir. Vem comigo e trás o arco-íris, esse que pintámos um dia nas plantações de café. Aquele cheiro ainda está na minha t-shirt azul, mesmo depois de lavada vezes sem conta. Quando me perguntam por ti digo-lhes que desapareceste. Desapareceste da mediocridade mal te vi. E desde aí que não abdico do facto de não abdicares desse dom, de te impores em mim como ninguém o fará. Curvo-me para ti onde o mundo se curvaria perante mim. Ofereço-to. É pouco, eu sei, mas tentar rivalizar com o que me dás, todos os dias, é, no mínimo, uma tarefa hercúlea. Deito-me sempre a olhar para o lado direito, mas só consigo adormecer quando me viro para o esquerdo. Só aí te consigo ver, ao meu lado, de olhos fechados, qual anjo adormecido. São momentos em que se nos fosse pedido uma imagem com a qual tivéssemos de viver para sempre, enclausurada na mente... a resposta seria imediata. Não deixes nunca que esse teu brilho se apague. A minha mão ainda dorme por baixo da tua, não te esqueças que prometi nunca a deixar cair. E eu ainda sou daqueles que cumpre promessas. Por ti.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Sondagem

A última sondagem foi mais do que elucidativa do povo feminino que por aqui passa, com um rácio de quase 4 meninas por cada rapaz... acho que estou mais que bem entregue. Como tal, criei uma nova sondagem, direccionada para vocês, jovens do sexo... feminino. Escolham bem, pois as opções são várias. Fui amigo. Ah, deixei também um campo para os rapazes, só para não dizerem que me esqueço de vocês. De notar que não meti a opção "Não" porque sei que não iria recolher nenhum voto. Acho que é justo. Beijinhos e abraços.

Lovin' it

As relações nascem com um único propósito: acabarem. É inevitável. No entanto, quando entro numa relação mais séria tenho a triste tendência a iludir-me. Acredito que é assim que nos vamos enganando, e enrolando, durante determinado tempo, até cairmos finalmente na realidade fria. Gajos e gajas não foram feitos para estarem juntos. Foram feitos para irem estando juntos. Sempre que o tentamos contornar dá asneira. São ciúmes, possessividades, carinhos excessivos... ou falta de algum deles. Ou tantas outras coisas. As relações são coisas muito complicadas. É preciso paciência para estarmos numa. Fazendo uma análise sucinta ás vantagens das relações... ora vejamos... carinhos (amigos e papás podem dar), falatório até não poder mais (idem), sexo (amigos tratam do assunto, alguns deles de muito bom grado), hmm... está a falhar-me alguma? Ah, sentir-se amado. Hmm, qual é o ponto de nos sentirmos amados? Faz bem ao ego? Faz-nos sentir bonitos e desejados? Digo-vos, se forem a uma aula do meu curso também se vão sentir bonitos e desejados. Sejam vocês gajos ou gajas. Se forem gajas nem precisam de ser grande coisa, se forem gajos... bem, serão provavelmente dos mais bonitos que lá debandam, logo, as rapariguinhas haverão sempre de reparar em vocês. Eu não sou grande pistola e sou, de longe, o gajo mais bonito de lá. E o mais humilde também. Continuando, acho que os maiores objectivos que procuramos numa relação podem facilmente ser circundados por ruas secundárias... o que me espanta é como é que, mesmo sabendo esta história toda, todo o mundo acaba por ir sempre parar ao mesmo. Toda a gente morre por encontrar a pessoa da sua vida, toda a gente quer um par certo. Somos todos um grande paradoxo. E eu não sou excepção.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Luas

Dizem que as coisas feitas com amor saem melhor. Tal cliché não vai tão cedo ser desfeito, mas certas almas têm o seu direito a constatar que talvez não seja bem assim. Pode ficar, isso sim, mais bonito, mais romântico... mas melhor, acho que é uma componente completamente independente. Não me interpretem mal, eu sou um apoiante fervoroso do amor. Sou um apaixonado pelo amor. Tudo que tenha amor é bonito. Mas há coisas que até funcionam melhor sem ele. Há dias em que se o Amor se virasse para mim, de malas feitas, e dissesse que ia passar um fim de semana à Noruega, eu me limitava a acenar e a mandar um beijinho. O amor não é indispensável uma vida inteira. Mas isso também não o torna dispensável no mesmo período temporal (isto porque - convém lembrar - uma vida inteira é muito tempo). Há fases para tudo, há amor para tudo e há, isso sim, pessoas para tudo. Porque quem faz do amor algo complexo somos nós, as pessoas. Pela lógica, somos ainda mais complicados que o amor. Ele, por si só, é fácil de entender. Daí o meu fascínio pelas pessoas. Uns amam que nem loucos, outros pouco ou nada, outros bem tentam... mas não há quem corresponda. É uma roda viva de vontades e sentimentos, alterados a cada dia que passa, sem grande definição a longo prazo. Hoje estamos calmos, no sofá, a ver um filme. Amanhã estaremos na queima, de olhar cerrado e movimentos lentos. É como no Amor, há dias para tudo.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Crise

Perdi a minha inspiração. Desde que criei o blog atravesso a maior crise de sempre. Estou a falar muito a sério. Já pensei em ir ao médico. Isto é grave. Não consigo pensar em nada que goste. Já escrevi uns vinte textos desde o último postado, e no fim, depois de o ler, apago-o. Tenho pena, meus amigos, mas acho que os meus neurónios estão mesmo a dar as últimas. Ando desesperado. Foi só para partilhar. Para matar o bichinho de clicar no "Publicar Mensagem".

domingo, 27 de abril de 2008

Três citações

Toda a gente devia ler isto, pelo menos uma vez na vida. Para não variar, Miguel Esteves Cardoso é chamado ao palco.


Trocaria a memória de todos os beijos que me deste por um único beijo teu. E trocaria até esse beijo pela suspeita de uma saudade tua, de um único beijo que te dei.


Quando se é feliz muito novo, a única obsessão que se tem é aguentar a coisa. Vive-se ansiosamente com a desconfiança, quase certeza da coisa piorar. O pior é que as pessoas que se habituaram a serem felizes não sabem sofrer. Sofrem o triplo de quem já sofreu.
É injusto mas é assim.

No amor é igual. Vive-se à espera dele e, quando finalmente se alcança, vive-se com medo de perdê-lo. E depois de perdê-lo, já não há mais nada para esperar. Continuar é como morrer. As pessoas haviam de encontrar o grande amor das suas vidas só quando fossem velhas. É sempre melhor viver antes da felicidade do que depois dela.


Passa de vez em quando uma rapariga numa vida, uma rapariga alta e morena, com cabelo até à cintura, que olha para trás e para nós como se nos pedisse para dizer "eu vou matar-me". E essa rapariga só precisa de um segundo, de um pequeno segredo, que nos esconde na alma, sem se importar com isso. E fica-nos para o resto da vida, presente em todos os instantes da vida, atravessada nas nossas poucas alegrias.
Arruina-nos os amores, passando pelos quartos onde estamos deitados com raparigas muito piores e olhando por cima dos ombros como se tivesse pena de nós.

Às vezes passa uma rapariga na vida que nunca mais deixa de passar, que nos interrompe e condena e encanta, sem saber o mal e o bem que nos faz e que nos fica na alma como aquelas pessoas que passam no momento em que se tira uma fotografia e passam a ser a pessoa que se fotografou.


Miguel Esteves Cardoso

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Shitalk II

I'd like to dedicate this letter to you, for making my dreams come true. Ando à anos para dizer isto a alguém, só que nunca conheci ninguém que gostasse tanto de a ouvir como eu gostasse de a dizer, por isso... nunca o disse. Há coisas que são boas de dizer. Em inglês, então, esse número triplica. A rima é fácil, a conjugação verbal ainda mais, a sequência rítmica das frases parece que bate sempre bem... não sei, há ali qualquer coisa. Quem inventou o inglês era bem menos perfeccionista do que quem inventou o português. Tantas regras, tantos tempos, tantas pessoas, pff, que prisão. Acho que é por isso que não gosto de pessoas que falem muito alto. Enervo-me. Há uma diferença demasiado ténue entre falar e chatear. Quando a conversa é muita... ou é, necessariamente, boa, ou há um grande sacrifício do meu lado para não romper com as minhas normas de boa educação. Ou então, melhor ainda, acontece o accionamento do modo come palha. A pessoa fala, fala, fala... e nós estamos ali a abanar a cabeça, a pensar no jogo de futebol de ontem, ou da gaja que nos piscou o olho à três dias... quando de repente, out of nowhere - adoro esta expressão - ouve-se um e tu, o que achas? E aí, meus amigos, fazemos todas as caras de encaralhados possíveis. E das duas uma, ou admitimos que estávamos completamente abstraídos - que é como quem diz, completamente... a cagar - ou inventamos uma resposta qualquer, cheia de coisa nenhuma. Que geralmente resulta numa cara ainda mais esquisita de quem nos ouve. Diz quem me conhece que sou um bom ouvinte. A minha avó diz o mesmo, mas eu quando falo com ela só abano a cabeça. Um conselho: não sejam como a minha avó.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Praiaiai...

Detesto praia. Não percebo como quase toda a gente gosta. A praia é como as relações, quando um gajo é novo as coisas até têm piada, dá para andar sempre a brincar e a chafurdar - verbo de ouro - no mar ... mas depois cansa como tudo. É que expliquem-me qual é a parte gira em ficar a estorricar uma tarde inteira num sítio cheio de areia e água. Ainda por cima para um futuro engenheiro civil, areia e água é coisa que nunca há de faltar, tanto no verão como no inverno. A parte boa disto tudo é, como é óbvio, a grande razão da população mundial rumar às praias no verão: mamas e rabos destapados. A praia é uma hipocrisia. Quer dizer, um gajo está num café e vê uma mini saia... fica logo ali a torcer-se todo para conseguir ver um bocadito de cueca... Vai à praia e vê-se grego é para ver alguém que não esteja apenas de cueca! O mais grave, nisto tudo, é que faz-se um tabu enorme nas relações mais precoces no que toca aos trajes menores mas se estivermos na praia é tudo normal! (Pff, esta ultima frase fez-me viajar aos tempos de ensino secundário) E os pés? Que são invadidos por esses cancro chamado chinelo! Detesto chinelos, detesto havaianas, detesto sandálias, detesto tudo que deixe os pés à mostra. Pés são para andar escondidos, são a parte mais feia do corpo humano, mas de longe! Porque raio se destapam os pés e se escondem as maminhas? É muito mais agradável à vista ver-se um peito que um pé! Ah, e ir para a praia com a namorada/amiga/whatever? É pior que tê-la num jantar de gajos, sozinha, a emborrachar-se com eles. Uma pessoa pensa sempre que está tudo a olhar para ela. Seja ela boa ou merda, todo o mundo está a olhar, há sempre que manter a postura de machão na toalha, o alpha male la do sítio a proteger a sua companheira. A sério, a praia é tão merda, mas tão merda, que tenho pena que chegue o verão só por ser obrigado a ir para a praia. Sim, porque se uma pessoa não vai para a praia fica sem amigos, porque eles estão todos lá. É que ficar moreno já não depende só da praia, podemos sempre ir a um solariozinho... ou optar pelo solário do pobre, estar deitado na varanda a apanhar raios UV até desidratar, então para quê insistir no mesmo processo retrógado? Enfim, o tema dá para encher um caderno com problemas e três linhas com benefícios - que se resumem, claro, a ver corpinhos jeitosos e ficar moreno. Ah, lembrei-me de outra... se é tempo de ir para a praia, não chove, se não chove é muito melhor sair à noite, visto que não chegamos a casa molhados que nem pintos. E toda a gente sabe que sair à noite no verão é bem melhor que no inverno. Há mais... calor. Em todo o lado - se é que me entendem. Pensando bem, este ponto é tão forte que é capaz de eclipsar todo o meu ódio à praia. Farto deste tempo chuvoso, que venha o verão, se faz favor.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Tear drop

Usas os pés descalços na tijoleira para me arrepiar, quando um simples toque teu era mais que suficiente. Deixo o arrepio percorrer-me o corpo, de qualquer forma. Sorris, perante a minha inércia. Estou mais gelado que os teus pezinhos de lã. Aninhas-te junto a mim, cabeça nas minhas coxas, e olhas-me com olhos de ternura. Por vezes não é preciso falar para fazer alguém sentir-se especial. A chuva martela as janelas, lá fora. Vamos. As gotas são, afinal, suaves. Pousam em ti devagar, para não magoar. Ficas sempre mais encharcada que eu, começo a desconfiar que elas gostam mais de ti do que de mim. Eu, se fosse gota de água, faria o mesmo. Especados, uns bons cinco minutos, a ver a chuva a cair sobre nós, à medida que o nosso cabelo vai ficando mais pesado e as roupas coladas ao corpo. Tiro-te o cabelo da frente da testa e beijo-te. Primeiro a testa, depois o nariz e o queixo. A boca vem depois de um compasso de espera, com sorrisos escondidos e ameaças de avanços. Parece a primeira vez, de tão bonito. A chuva já não faz frio, os teus pés já não estão descalços e o meu arrepio foi-se de vez. Isto pode durar a tempestade inteira. Vamos para ali, parece estar a chover mais, quero fazer isto outra vez.

Pombo Correio

Não queres que lhe diga nada? Manda-lhe um beijo meu, só. Mas ao dar-lhe o beijo fá-lo lentamente, e deixa que seja demorado, na parte de baixo da bochecha... assim ela vai saber que é meu, mesmo que não digas nada. E sorri, no fim, para ela saber que está tudo bem comigo. Hmm, pergunta-lhe também se está tudo bem. Já sei que vai dizer que está, toda a gente diz que está sempre tudo bem, mas fá-lo. Será que a escolinha está a correr bem? E rapazes...? Pff, os rapazes. Isso não perguntes, não quero saber. Oh, pergunta! Mas depois diz-me que nunca esteve com ninguém, mesmo que seja mentira. Conta-lhe que ainda sou o encalhado acanhado de antes, que só se abre com quem não existe. Pede-lhe desculpa, diz-lhe um obrigado e um sim. Para tudo o que ela tenha a dizer-me. Toma, leva estas moedas e compra-lhe uma rosa bonita. Ela sempre disse que não gostava de flores, mas toda a gente gosta de uma flor de vez em quando. Chama-a para a tua beira e pergunta-lhe porque é que fugiu. Não a deixes responder, por favor. Ah, diz-lhe que está linda. Faz-lhe bem à pele. Vais ver o sorriso dela, aí. Vais gostar tanto. Faz uma pausa, daquelas não incómodas, que servem apenas para pensar um bocadinho no que estão a falar. No fim diz-lhe que gosto dela. Assim de repente, para entrar directo no coração. Pega-lhe na mão, devagarinho, encosta-a ao peito e pergunta-lhe se ainda bate. Pergunta-lhe se ainda bate tanto como o meu.

domingo, 13 de abril de 2008

Estrela

Descobri uma coisa bonita. Tomem, para não dizerem que sou invejoso. Ás vezes acertam. Em cheio.





P.S.: Por favor, ignorem o gajo, mudem de janela enquanto ouvem ou quê.
P.S.2: Primeiro vídeo que posto no blog, sai uma grade para vocês, pago eu.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Verde esperança

Nunca saberei se uma vida contigo seria trágica. Acredito que sim. Mas acredito também que teria uma vida cheia. Apenas por lá estares. E quando digo contigo não quero dizer juntos. Basta-me estares por perto, um dia ou outro. Ir ter contigo para me gozares quando levar uma tampa das grandes, contar-te o meu grande dia no trabalho ou apenas para levar-te mais um texto secreto, daqueles que escrevo só para ti. Sempre com um olhar irrequieto, como se após tantos anos ainda esperasse que reconsiderasses a tua vida. Por mim. E às vezes até o poderias fazer, e porventura trocar beijos ou mais, em dias perdidos no tempo. A nossa vida seria assim, triste e incompleta, mas de certa forma bonita. Bonita por nos termos, apesar de não estarmos juntos. O chamar-te para fora de casa, com urgência, só para dizer que as últimas semanas foram quase tão boas como aquele fim de semana naquela pensão a cair de podre, com camas barulhentas e empregadas resmungonas. E o teu sorriso a aparecer. Ah, como sinto falta dele... Costumava pensar que não me importava de sair de casa à mesma hora que tu, mesmo que só entrasse duas horas depois, só para poder apanhar o teu sorriso matinal. Era mais eficaz que um café - E eu não prescindo do meu. E ver os teus relacionamentos à distância, sempre na esperança que acabem rápido, para não te fazer sentir que estar comigo é uma traição. E contar-te os meus, mesmo que não queiras saber. Que queres. E despejar pormenores, para te ver soltar essas pontinhas de ciúme disfarçadas em sorrisos e gestos incriminatórios. Tudo rematado com filosofias sobre o porquê de não termos dado certo, apesar de tão bem feitos que somos um para o outro. O porquê de termos tido tempos tão felizes e não sermos capazes de passar disto. Se calhar a magia é mesmo esta, o saber de tudo e não tentar consertar nada. Deixar tudo no lugar, e ir aproveitando a vida como ela nos chega. Mesmo que ela nos obrigue a viver com a esperança de que um dia poderemos ficar juntos outra vez.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

aMUSEd

Fear
And panic in the air
I want to be free
From desolation and despair
And I feel
Like everything I sow
Is being swept away
Well I refuse to let you go

I can't get it right
Get it right
Since I met you

Loneliness be over
When will this loneliness be over?

Life
Will flash before my eyes
So scattered and lost
I want to touch the other side
And no one
Thinks they are to blame
Why can't we see
When we bleed we bleed the same?

I can't get it right
Get it right
Since I met you

Loneliness be over
When will this Loneliness be over?

Loneliness be over
When will this Loneliness be over?



Muse - Map of the Problematique

Sweet dreams

Ser surpreendido é das melhor coisas que nos pode acontecer. Não sei como o fenómeno da surpresa possa ser descrito, mas há qualquer coisa que me fascina. Eu quando olho para alguém de roupa larga deduzo logo que o espaço que se encontra entre as calças e a perna é quase, quase... nulo. Porque quem usa roupa larga quer disfarçar os excessos. Ou então é adepto do estilo Zé Dread. Ou então veste mesmo mal, o que dá direito a perder logo 20 pontos à partida, e para ir até ao fim do ritual de acasalamento é preciso uma resistência de maratonista. Paleio aqui, paleio ali, interesse à descarada, calma que isto não é tudo estrada, aguenta um bocado que ainda não houve oportunidade e... pronto, chegou o dia. Há pessoas ás quais não consigo achar piada. Mesmo que a maioria ache bom, ou até muito bom, uma pessoa tem direito às suas birras. Está para chegar o dia em que ache a Rita Andrade bonita, mas meio Portugal acha. Gostos. O problema é que quando o filme é bem feito os nossos gostos traem-nos e deixam-nos um bocado abandonados. Ela não é grande coisa, deixa-te disso, vai para casa, trata-te. Mas não. Um gajo é gajo, tem de ir até ao fim, quanto mais não seja para confirmar que é esterco. Beijo aceitável. Incrível como os beijos são cada vez mais mal dados. Há alguns que mais parecem endoscopias, tal é o engodo que ali vai. Camisola sai fora e... não está mau, podia ser bem pior. Sai a calça também, ou vou ter de me conseguir fazer chegar aí dentro através desse fecho degolador de prepúcios? Pois bem me pareceu. Tirar a roupa é dos actos mais frios, eu acho. Dá cabo do clima todo. Excepto quando um gajo está à espera de ver uma nota de 5 euros e nos sai quase um euro milhões. E sem calças, pelos vistos, há euro milhões. Merda, esqueci-me onde meti a minha esquisitice. Idiota, é por estas e por outras que ás vezes grandes amores se esfumam. Deita-te. Claro que sim. Beijinhos, beijinhos e... não me aguento em pé, estou completamente esgotada da noite, amanhã não posso faltar ás aulas, entro cedo, vamos dormir, sim? Sim? Sinto muito mas com a vontade que estou tenho energia pelos dois, nem que adormeças para aí eu faço o trabalho sozinho! Mas não, saiu um sim, à manso. E uma carrada de insultos imaginários. Não dormi um caralho, com aquele rabo apontado para mim, como que a gozar comigo por ter andado de nariz torto tanto tempo. Vou deprimir de costas para essa imagem, sou capaz de me suicidar durante a noite se ela se mantiver muito tempo em órbita.