sexta-feira, 29 de maio de 2009

Hmm, adeus!

Podem gozar-me, mas vou arriscar. Vi o He's Just Not That Into You, e acho que até está muito bem conseguido. Refiro-me apenas e só ao argumento. É o tipo de livro que me vejo a escrever, caso algum dia o faça. E ver um filme destes - baseado no livro com o mesmo título - só me faz pensar que esse dia está longe de ser sequer ponderado.
Caso não gostem da história, podem sempre contentar-se em ver as mamas e o rabo da Scarlett a serem apalpados pelo Bradley Cooper. Ups, já contei, desculpem. Ou, caso sejam gajas, podem sempre contentar-se em ver... o próprio Bradley Cooper.

Mais novidades? O blog vai de férias por tempo indeterminado. Caso volte a postar alguma coisa, será uma parvoíce de nada. E não, não é para me concentrar nos exames (já agora, boa sorte a todos). Coisas da vida.

Segredo: Volto quando a sondagem fechar para fazer a análise do costume, no provável último post.

Cumprimentos e até qualquer dia.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Diário

Isto, em dias normais, claro.

06:00 Despertador.
06:15 Broche da miuda.
06:30 Cagada massiva enquanto se lê as páginas de desporto do jornal
07:00 Pequeno-almoço. Bife, ovos, torradas, café.
07:30 Chegada da limousine.
07:45 Dois gin tónicos no caminho para o aeroporto.
08:15 Jacto privado para Faro, Algarve.
09:30 Limousine para o golfe da Quinta do Lago.
09:45 Normalmente jogo os primeiros 9 buracos, acabando com 2 abaixo do par.
11:45 Almoço. Duas dúzias de ostras ao natural. Três Heinekens.
12:15 Broche da miuda.
12:30 Continuo o golf
14:15 Limousine de volta ao aeroporto. Dois Jack Daniels.
14:30 Jacto privado para o Funchal. Broche da miuda e sesta.
15:15 Pescaria de fim de tarde, num iate com tripulação feminina em top-less.
16:30 Costumo apanhar merlins de 350 Kg, sapateiras e outros petiscos
17:00 Jacto privado de volta a casa. Broche da miuda seguido de massagem pela minha empregada ucraniana ex-modelo.
19:00 Vejo as notícias na TV. Vejo o futebol. Porto, já tetra, espeta quatro ao Trofense.
19:30 Jantar. Lagosta, Dom Perignon, Bife do Lombo, Caves Velhas tinto de 67.
21:00 Relax depois do jantar com um Cognac Augler 1789 e um charuto Cohiba.
22:00 Sexo selvagem com a miuda e a colega de curso.
23:30 Massagem das duas e jacuzzi.
23:50 No final, já na cama, solto um peido de 12 segundos e 4 oitavas.
23:55 Ligo o portátil e venho postar ao blog.
00:00 Dormir

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Gajos, desculpem-me!

Desculpem, pois vou estragar uma das mais infalíveis tácticas de escape usadas por nós. E chamem-me imbecil, pois com isto vou também crucificar-me. A vida vai piorar, mas terão de ser fortes.

Ponto central: Trair. Gajo que é gajo tem de trair. E se não trai é paneleiro. Melhor - como quem quer adornar a coisa -, se não trai nunca irá saber qual o real valor da sua mais que tudo. É por isso que traímos, para podermos chegar a casa e soltar um isto é que é qualidade, nunca mais traio, já vi que não vale a pena - mental. Ou então dão uma foda de outro mundo e a partir daí não querem mais nada. Isto já depende da vossa acompanhante e da qualidade do que fazem com ela.
Dois pensamentos a partilhar:
Primeiro: Trair é uma segurança. Trair é ter a certeza que, no fim - quando ouvirmos um o problema não és tu, sou eu, ou um há outra pessoa que se tem estado a aproximar, ou, por fim, o verdadeiro estive com outra pessoa, desculpa -, com toda aquela raiva acumulada pelo facto da relação já não estar na vossa mão, possam gritar Ai queres acabar com isto e comigo a sair por baixo? Tenho a dizer-te então que levaste com os cornos. Mesmo que seja mentalmente, mesmo que ela não fique a saber, vocês saberão que, no fundo, quem sai por cima são vocês, que quem levou baile foi ela, muito antes do baile dela ter começado. E mesmo de coração partido, ao menos saem com a satisfação de que, no mínimo, a chatearam e tiveram a vossa parte de vingança. Imaginem o que é saberem que foram encornados, depois de anos fiéis a uma relação. Não têm como responder, ficam de mãos atadas e a amaldiçoar o número de dias em que se mascararam de ursos. Ahh, se soubesse o que sei agora, tinha feito tanta merda...! Pois é, agora. Agora fode-te, fodesses! Paneleiro.
Segundo: Trair e não ser caço. Trair qualquer saloio consegue, trair sem ser caço não é para todos. Não me vou por aqui a divagar em esquemas para trair, para isso resolvam-se vocês que já são crescidinhos para isso e eu não sou vosso pai. O que interessa, aqui, é o que fazer quando somos caços. Primeiro passo: até que ponto fomos caços? Ela viu? Se sim, está complicado - mas não impossível. Se não viu a reacção é natural: negar. E mesmo que tenha visto, neguem na mesma. Ah, mas a minha melhor amiga viu-te! É mentira, essa gorda quer-me comer desde que a conheci. O teu melhor amigo contou-me que o fizeste... Truque mais velho da história, se é o nosso melhor amigo jamais nos faria uma coisa dessas. Acção: negar. Vi o teu telemóvel... Tansos são vocês por não apagarem mensagens incriminatórias. Até podem ter sido caços, mas não deixem de dar luta: armar estrilho do grande por o telemóvel ter sido revistado, acusar invalidade de provas - estilo tribunal - visto que foram obtidas de forma ilegal, e, por fim: negar.
Feita toda a negação possível e imaginária, o devido adorno das situações possivelmente perigosas, está na hora de passar ao ataque:
Ouve lá, mas tenho que me estar aqui a justificar porquê? Não acreditas em mim? É que se não acreditas não há razão para continuarmos juntos!
Isto com ar irado, perturbado e algo desiludido. O vosso sucesso depende sempre da bandeira que deram quando trairam. Não esperem que ela caia nos vossos braços com uma carta de amor na mão caso vos tenha apanhado na cama, a foder uma desgraçada qualquer à canzana - o pormenor da canzana dá sempre um ar mais trágico à cena.
Resumindo: no fim de contas, traem e ainda se chateiam com a encornada. Com alguma sorte, ela ainda vos pede desculpa.
Com menos sorte... acontece estarem a namorar com alguém mais esperto que vocês, e ainda levam é com um Oh meu filho da puta, mas tu pensas que estás a dar tanga a quem? Apesar do gosto que é ouvir um filho da puta bem dito dirigido a nós, aqui nem o meu blog vos pode ajudar. Aliás pode, com um conselho: corram! E depressa. Mesmo que ela acabe na hora, mesmo que vos dê um enxerto de porrada, e a partir desse dia faça da vossa reputação a pior da zona, lembrem-se: ao menos levou com os cornos.



Pessoal, perdoem-me por expôr o esquema publicamente - afinal de contas somos todos da mesma equipa -, mas uma conversa ao jantar, entre copos, motivou-me a escrever a teoria. Espero que arranjem novas formas de se safarem. E vocês, gajas, não comecem a remoer aquela vez em que confrontaram o vosso mais que tudo e aconteceu algo deste género, provavelmente ele não fez nada. E quem viu mentiu. Claramente. Aliás, estão agora a pô-lo em causa porquê? Ele era incapaz. Ele e todos.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Prison Break

Vi o último episódio, hoje. A série acabou.


O SCOFIELD MORRE.




:D




Desculpem, foi sem querer.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Coisas que se sabem

Fim da noite, corpos exaustos. O sol ameaça rasgar o céu escuro. Só mais um beijo enquanto estamos abrigados da luz. Prolonga-o. Sente-o. Morde, sorri e olha-me. Vem, vamos fugir daqui e parar quando nos faltar o ar. E corremos, corremos, corremos. Páras primeiro, páro a seguir. Sentamo-nos na beira do passeio a ver os carros que passam. Abraça-me, está frio. Quero ficar contigo muito tempo. Muito tempo é pouco tempo, não queres um para sempre? Para sempre é muito tempo. Acordo selado com um beijo na bochecha. Tenho muito sono, mas não quero ir para longe de ti. Não tens de ir. Ficavas comigo a noite toda? Ficava contigo a vida inteira. E ficava. Imagino-te velhinha, de xaile e robe, junto à lareira, com o cobertor pelas pernas, a folhear um álbum de fotografias dos filhos e netos. Com um velho charmoso, ao lado, a olhar-te com admiração. E, ainda e sempre, com desejo. Quando for velho, vais desculpar-me por ver muito futebol e ser um rezingão de primeira? Tu já vês muito futebol e já és um rezingão de primeira. Ri-se, desalmadamente, enquanto corre, descalça, pelo passeio paralelo à estrada, ziguezagueando entre as pessoas que se preparam para trabalhar e as que a fitam, espantadas com aquela energia. Imito-a, menos ágil, até a alcançar, uns bons metros à frente. Beijamo-nos, outra vez, e olhamo-nos, com cumplicidade. Sabes bem que nunca me vais escapar. Sabes bem que nunca vou querer. Nunca é muito tempo. É, mas contigo passa a correr.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Dois anos de Noites Difíceis

É verdade, o tempo passa a correr. Parecia ainda ontem, o dia em que decidi criar um blog onde, supostamente, depositaria textos anónimos, disponíveis a quem se perdesse neste canto da net. Os tempos mudaram, o feedback foi aparecendo. Um conhecido ali, outro acolá. O número de visitantes cada vez maior - nunca imaginei, por exemplo, que alguma vez excedesse os 21000 hits! -, as mensagens de incentivo também. Abordagens na rua, convites de editoras, mensagens pessoais e, claro, os sempre preciosos comentários aos textos. Hoje, passados dois anos desde o primeiro post, posso agradecer a vocês - que me lêm - o prazer que me dá escrever neste blog. E se enquanto for postando, vocês forem gostando... bem podem esperar, no mínimo, mais dois anos de Noites Difíceis, cheias de insónias e sonhos bem divagados.
Que tenham gostado tanto destes dois anos como eu, é o que desejo.
Parabéns a este espaço, e parabéns a mim, que tenho o meu mérito em cuidar dele.

Beijos e abraços
Rui

domingo, 10 de maio de 2009

Sondagem - Análise

Queima acabada, volta a rotina. A última sondagem pedia que extravasassem o pior que há em vocês de forma a apontarem o dedo a uma espécie como sendo a pior de uma lista.

Os resultados:

Ciganos
22 (44%)
Pretos
7 (14%)
Qué frôs
8 (16%)
Velhos
1 (2%)
Bebés
3 (6%)
Cegos
0 (0%)
Atrasados Mentais
0 (0%)
Sem abrigo
1 (2%)
Deficientes Motores
0 (0%)
Taxistas
5 (10%)
Anões
0 (0%)
Cães
2 (4%)


Os ciganos são mesmo uns traquinas, quem diria que ninguém gosta deles...? A maior surpresa, para mim, foi o facto de os pretos não terem arrecadado o segundo lugar (para não falar do primeiro). Isto e o facto de três pessoas detestarem bebés. É que são bebés. Que raio se pode detestar num bebé mais do que num cigano, num preto ou num taxista? Também não percebi os Qué Frôs. O Sonny, famoso qué frô de Coimbra, é cinco estrelas. Trata todos por taliban e anda sempre carregado de droga e bêbado. Ah, e também vende flores. Não é um gajo excelente?
Felizmente vejo que pelo menos duas pessoas no mundo partilham a minha fobia por cães. Os cães são o animal mais deplorável do planeta. É que pensem nisto: encontram algum animal, em qualquer ecossistema, que não fizesse a mínima falta à cadeia alimentar caso fosse erradicado? Encontram! O cão. Só comem ração dada pelos donos, ou lixo dos contentores (produzido pelo Homem). Animais nojentos. De qualquer forma, no cortejo da Queima apareceu-me um Pastor Alemão enorme, ao lado, e eu abracei-me a ele, a dar-lhe carinhos.

Eu não votei, porque nunca voto nas minhas sondagens para não influenciar resultados, mas, caso votasse, votava nos deficientes motores. Porquê? Porque à custa deles uma vez estive parado um dia inteiro numa auto-estrada. Então não é que ia em viagem, todo acelarado, e só se ouve aquele PFFF, e o carro a perder velocidade gradualmente... Veio lá o mecânico e disse que a culpa era do motor. Que era deficiente. E eu fiquei com um pó a motores que nem vos conto.

E também gostei do facto de ninguém odiar os cegos, senão de certeza que não teriam gostado da Queima, andava lá o pessoal sempre todo cego.

Acho melhor ficar por aqui. Ainda tenho muito a recuperar.

Queima 2009

Tenho para mim que se há uma verdade universal, é a de que, na Natureza, tudo tende para o equilíbrio. E se por um lado fiquei triste quando, no ano passado, classifiquei a minha Queima como a menos agressiva de sempre - embora fortíssima -, por outro comecei desde logo a preparar-me psicologicamente para a deste ano. E em boa altura o fiz, senão desconfio que não teria passado do primeiro dia.

Por falar em primeiro dia, coisas a reter: A serenata com a maior afluência de sempre. E quando me refiro a serenata, não falo daquele choramingar de bebés na Sé Velha, nada disso. Isso é para meninos. Só lá fui uma vez desde que me mudei para Coimbra, e foi só mesmo para gozar quem estava a chorar (e para confirmar que mais valia ter ficado mais tempo no restaurante). O bom da serenata são os convívios do after-choro. Aí já ninguém distingue se os olhos vermelhos são de ter estado a chorar, a beber ou a fumar.
De qualquer forma, caminhar três passos seguidos era uma tarefa hercúlea. Chegar aos finos um objectivo apenas reservado aos mais fortes. Conseguir manter um grupo de - vá lá - 6 ou 7 pessoas juntas por mais de 5 minutos... impossível.

O cortejo foi a morte. Eu e os cortejos sempre tivemos uma relação amor/ódio, mas este ano foi algo de transcendente. Antes de mais tenho a dizer que o meu carro estava lindo. Depois de tanto trabalho, foi bom olhar e dizer, em uníssono com os restantes 17 futuros (*cof*) engenheiros civis, que orgulho, está mesmo lindo! Se arranjar fotos entretanto posto aqui para verem a obra de arte, mas basicamente era uma verdadeira rectro escavadora, com a pá à frente e a rectro atrás (pleonasmo?), a preto, e o restante corpo da máquina a azul claro e branco. O interior era forrado a cerveja, malibu, whisky, beirão, e tudo o que se pudesse imaginar. Estão a imaginar a beleza? Estão? Os júris não, visto que o consideraram o pior (leram bem) do cortejo. O pior! Que orgulho!
Orgulho porque a nomeação não se cingia à beleza estética, mas também - em grande parte - ao comportamento. Ora, o único carro que atrasa o cortejo, com tácticas inovadoras e inteligentes, só merece uma distinção.
Eu defendo a nossa causa ao júri: meus gays, então somos o carro número três, e vocês metem o condutor a dar gás pela Sá da Bandeira abaixo? Inadmissível. Procedimentos: Sair do carro, ultrapassá-lo, sentarmo-nos à frente dele e não arredar pé. Ou rabo. Ou corpo. Já ia de cada um.
Entre cervejas cheias atiradas para onde calhava, chatices com o público, zonas púdicas a nú e outras coisas afins, aquele carro mais parecia um zoo. E eu, qual criança inocente, lá no meio. Ao menos lá para o fim - em pleno largo da portagem - ainda arranjei tempo para tirar uma bela soneca em cima do tejadilho, estava mesmo cansadinho, soube bem. Ah, acabei o dia a dormir nas escadas (e quando digo escadas não digo vãos, nem intervalos de escadas, foi mesmo nas escadas, a pisar costelas) do meu prédio. Coisas que acontecem.

Conheci a filha do professor com o nome mais fixe de Civil: Professor Picado. Era mais alta do que eu, mas até era bonitinha, o que me pareceu uma boa hipótese de me vingar dele. Que idade tens? Quase 19. Ah bom, não tens 18, tens quase 19, isso já é outra coisa! Esta juventude está perdida.
Esqueci-me três vezes do bilhete geral no carro, mas só reparei nisso quando estava a entrar no recinto. Uma delas, aliás, entreguei o bilhete, ao que o segurança me diz:
Oh amigo, isto não é o geral.
Olhe que é, olhe aqui: Bilhete Geral.
Sim, realmente um geral é... so que é o da Latada.
E ri-me, porque chorar não adiantava de nada. Lá foi o desgraçado sozinho para trás.

Recebi uma mensagem - num day-after - que, de tão simples, me fez rebolar: Babe, tavas tão lindo de amarelo!
Nunca subestimem o amarelo.

Tenho também a referir que o palco secundário foi muito underrated mas lá mais para o fim se afirmou como uma zona histórica.

Por fim, foi mais uma Queima em que o meu blog entrou em várias conversas nocturnas, muita gente se apresentou como leitor assíduo e ainda houve tempo para passarem por mim a berrar "eu é que sou a fã do teu blog!", enquanto alguém a puxava pelo pescoço. Tenho pena de não me lembrar de grande parte das pessoas que me falam nestas alturas, mas fica a intenção. O que sei é que sempre que elogiavam aqui o cantinho me dava vontade de encarnar os rabetinhas trajados na serenata.

Awww, já acabou. Tenho pena, foi uma semana alucinante - e desgastante -, mas foi, provavelmente, a melhor Queima desde que estou em Coimbra. E já conto quatro. Obrigado a quem fez dela inesquecível.

sábado, 9 de maio de 2009

Rápida Actualização

Nota: ESTOU VIVO!


E ao acordar, sexta feira, peguei numa caneta imaginária e escrevi neste exame que é a Queima: Declaro que desisto. E vim embora!
Pensava eu que vinha para aqui recuperar forças quando me vejo desde as 3 da manhã até, hmm, agora (!) a tentar adormecer - sem efeito. Hábitos.

A reportagem sobre a queima está para breve, talvez para amanhã, talvez para depois, quem sabe. O que eu sei é que gostava de dormir, e o meu relógio biológico não deixa.