quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A men thing

Vim escrever este post porque me deram comichões nos tomates (é tão fixe dizer tomates). Deram-me comichões e reflecti - enquanto os coçava - que é mesmo bom ser gajo nestas alturas. É que coçar os tomates é de homem. Embora às vezes seja é de estúpido, porque há pessoal que não se contém em público e mete a mão no bolso, como quem não quer a coisa, desata para lá a esfregar como se não houvesse amanhã e é uma bandeirada descomunal. Reflecti ainda sobre a possibilidade das gajas terem o mesmo tipo de comichões. E fazer tal coisa não é, de todo, de mulher. É que se nos jogos amorosos as gajas levam sempre vantagem inicial - visto que à partida elas é que são o alvo e se o gajo a quer bem que tem que trabalhar -, nos restantes casos temos umas regalias doidas. Senão repare-se nos seguintes casos, sendo que primeiro vêm acções ou frases dum gajo (e respectiva classificação), e depois das gajas:

Coçar os tomates: é de homem / coçar o pito (adoro a palavra pito, dita assim a seco): é de puta.
Faz-me um bico: homem / faz-me um minete: puta.
Arrotar: homem / idem: porca.
Sair à rua sem tomar banho: homem / idem: porca.
Chorar: sensível / chorar: mimada de merda, vidrinho do caralho.
Misturar palavrões em todas as frases: homem / dizer uma asneira: puta.
Fui ao cu!: herói / levei no cu!: puta.
Ter o hábito de beber vinho à refeição: homem / idem: puta, bêbeda.
Fodia-te toda: homem / fodia-te todo: puta.
Fiquei com alta vareta: homem / fiquei com o pito aos saltos: puta.
Mijar no chuveiro: homem / idem: porca.
Comer 3 gajas numa noite: mentiroso / comer 3 gajos numa noite: puta.
Peidar-se: homem / idem: mentira, porque toda a gente sabe que as gajas não se cagam.

Está mais que provado, peço desculpa, mas somos uma raça superior, temos de o admitir.

Por falar em comer 3 gajas numa noite, estava eu hoje calmo e sossegado, quando começo a - involuntariamente - ouvir uma conversa vinda de um grupo de 3 rapazes - todos muito parecidos com o gajo dos Tokio Hotel (tal como todos os adolescentes de hoje em dia) - que estavam ao meu lado. E uma frase me ficou na memória, que foi algo como... Estive lá na festa, se quisesse tinha comido todas as gajas que lá estavam! Tinha comido qualquer uma, estou a falar a sério. Ora ora, já não se fazem rapazes humildes como estes à muitos e bons anos, pensei. Se calhar o segredo é mesmo o estilo. Nunca fui a nenhuma festa vestido como eles estavam e com aqueles cabelos à SonGoku, se calhar é por isso que nunca comi todas as gajas de alguma festa. Quer dizer, conheço um gajo que se gaba de já ter comido todas as gajas do ano dele da faculdade. Só que ele é de engenharia electrotécnica e o curso só tem 2 gajas, não se pode levar isso como um grande feito, bem pelo contrário.
E, por falar em estilo, reparei - também - ultimamente, que todos(!) os autores de blogs que tratam de temas como os que costumo abordar aqui (que, para quem não sabe, são as migrações dos pinguins e a transformação do bicho da seda em borboleta), devem um bocado à beleza. Ou seja, gajos que escrevem sobre o amor e relações amorosas são, regra geral, uns frustrados de primeira que despejam para o papel o que gostavam que fosse a sua vida, ou as teorias falhadas de quem vê a vida a passar sentado na primeira fila. Fiquei preocupado com a minha conclusão e desatei a correr em direcção ao espelho, para verificar se vivi uma utopia esta vida inteira e se só agora com o blog é que me apercebi do meu verdadeiro eu. Quando lá cheguei, vi a luz. Não, caros colegas blogueiros do mesmo estilo de escrita que o meu, não somos todos iguais. Ou melhor, somos! Mas não há regra sem excepção. É por isso que este blog é tão especial, até o dono é um oásis neste deserto. E, tal como os Tokio Hotel garanhões, humilde, também.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Despertar

Espreito pelos cortinados e deixo que se mostre uma manhã como tantas outras, o sol a serpentear as nuvens, na tentativa de iluminar-me o mais que pode. Abro a janela, sinto a brisa a bater-me na face, obrigando-me a semicerrar os olhos, enquanto inundo os pulmões de ar fresco o mais que consigo. Viro-me, olho para ti, deitada nos lençóis brancos que deambulam pelo teu corpo. Sai daí que ainda te constipas, anda para aqui mais um bocadinho, é cedo... Abraço-te, como quem mima uma criança, e passo-te a mão pelos cabelos, lisos. Não acreditas, mas consegues ficar ainda mais bonita quando acordas. E eu conseguia passar anos assim, hipnotizado, a ver-te dormitar, enquanto te beijo as bochechas e o pescoço. No dia em que deixares de me tratar como um bebé, acho que me perco ao sair daquela porta. E apaixono-me outra vez. Sorris, com aquele ar feliz e inocente, que não precisa proferir uma palavra para me deixar entrar nos pensamentos. Um raio de luz bate-te no rosto, fazendo-te brilhar, ainda mais, no quarto escuro. Não é possível pensarmos que o Sol não se move, estes momentos são obra dele e só dele. Pegas na minha mão e pousa-la sobre o rosto, qual escudo, olhando-me de seguida. Não gosto de não conseguir olhar-te direitinho. Sorrio carinhosamente, enquanto te aproximas e me beijas devagar, fazendo todos os segundos valerem por mil. Podia passar a vida nestes lençóis, sentia-me afortunado. Achas que pedir para que nunca passemos disto, é falta de ambição? É precisamente o contrário... é quereres o melhor que esta vida tem.

Teorias de um tarado sexual

Às vezes fazemos das relações carnais mais do que elas são. No fundo não passam disso mesmo - que o nome indica -, mas tendemos a montar uma teia gigante à sua volta. Imaginemos então um dia como todos os outros, em que saímos à rua, vemos pessoas, olhamos, somos olhados. Quantos destes olhares não poderiam ser hipotéticos sim a uma relação carnal ali mesmo? Tanto nossos como dos outros. Desenvolvi uma teoria que poderá ser aplicada no futuro, caso a tecnologia avance o suficiente. Gostava de estar vivo nessa altura. É bastante simples, assenta num código binário e numa pequena série de restrições, nada mais. Então, imagine-se que passamos por alguém e comentamos connosco próprios not bad, not bad - qual galifão saído dum filme porno -, e accionáva-mos uma espécie de interruptor incorporado não sei onde. Meaning? Means que estamos dispostos a iniciar um movimento oblíquo superior na direcção da pessoa que identificamos - ou seja, saltar-lhe para cima. Esta informação ficaria armazenada numa base de dados qualquer. Por outro lado, a outra pessoa poderia fazer o mesmo. Imaginando que o faz, é enviado um sinal a ambas as pessoas, informando que ambas estão dispostas a partilharem fluídos. Isto, claro, em completo secretismo. Ah, e convém que a tal informação demore um pouco a chegar, depois da segunda confirmação, para que a última pessoa a dar o sim não fique a perceber que o outro já estava, digamos, feito. E este delay teria de ser aleatório, senão era uma questão de contar os segundos e confirmar que tinhamos sido, realmente, a segunda pessoa. Posto isto, ou seja, havendo consentimento mútuo e respectiva notificação, o que se sucede? Aqui já não tenho um caminho óptimo, mas duas hipóteses que poderão ser discutidas posteriormente pelos senhores da ciência. Uma está bem mais ao alcance tecnológico actual, e em termos económicos é incomparavelmente mais rentável: a tal notificação traria consigo dados da pessoa pretendida, sejam eles foto, telemóvel ou algo do género, para que as coisas fossem planeadas. A outra... implica avanços no campo da física que se adivinham ainda longe da nossa era. Dizia Einstein que caso consigamos atingir uma velocidade superior à da luz, conseguiremos viajar no tempo. Ora, fica bastante fácil, no instante em que ambas as pessoas são notificadas, são também teleportadas - o teletransporte está relacionado com o tempo - para determinado lugar, onde poderão dar azo às suas fantasias. A questão aqui é... mas então as pessoas desapareciam, e depois? O resto da malta via logo que os malucos iam pinar. Pois, lá está, as pessoas teriam de ser dirigidas para um sítio onde o tempo estivesse, digamos, congelado. E quando acabassem o serviço voltariam aos seus lugares e... press play, please.
Prós: caso apenas uma das pessoas manifestasse desejo, ninguém saberia de tal acto, e o mundo continuaria feliz como sempre.
Contras: com tamanha tecnologia e lei que autorizasse este tipo de coisas, o estado - caso ainda por lá continue o Sócrates, ou pior, tenha cedido o lugar à Manuela Ferreira Leite - trataria de cobrar taxas por utilização. Estilo parcómetro. Conselho aqui do idealista disto tudo: não colocar preços acima de 30 euros, senão o pessoal prefere ir às putas. Ou então aplicar o princípio dos preços da fruta, vende-se ao quilo, quem quiser leva mais... ou menos. Ou seja, imaginando que o preço tabelado seria de 30 euros, os precoces fodiam por pouco, os mais valentes iam à falência em pouco tempo.
Ah, convém também estabelecer que não há garantia de reembolso nestas coisas, uma vez accionado o mecanismo, o acto tem mesmo de ser consumado. Não é ser teleportado lá para a casota do tempo, chegar lá... foda-se, perdi a pica, caga. Caga nada, é a partir lenha. Isto leva-me a imaginar um cenário engraçado, um gajo a premir o botão, ser teleportado com a respectiva, chegar ao tal lugar... e quando as roupas vão ao ar, deparar-se com um tronco humano apoiado em duas belas próteses, a sorrir para ele. Pá, disseste sim, agora enfia-te lá para dentro. Cuidado é para não trilhares o piriquito nos ferrinhos. Ao menos podia contentar-se ao pensar que não devia ser a primeira vez que um gajo era enganado daquela forma. Foda-se, agora que estou a pensar nisto direito, isto não podia acontecer. Os deficientes tinham de ser catalogados. Este tipo de surpresas não é viável. Deficientes e pessoas com verrugas enormes cheias de pêlo. Ai que estou a ver que o raio da teoria tem algumas carências, ainda. Tenho de aperfeicoá-la para entregar um dossier perfeito ao comité científicio. Em breve prometo notícias do PFRC, Partido a Favor das Relações Carnais.

Entretanto, vou parar de... parar de estudar. A sério, pode dar-me para tudo enquanto estudo, deixei aqui uma pequena prova. Desculpem-me este momento menos são, mas pode ser que mais tarde o mundo me agradeça.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Notas rápidas

Coisas graves que se têm passado:
- Ando a estudar cumó caralho.
- Ando a gostar do que ando a estudar.
- A minha cadeira favorita é, imagine-se, o cadeirão do meu ano.
- O tempo passa a correr enquanto estudo.
- Jesus achou que estudar estava a ser fácil demais para mim e injectou-me uma forte gripe.
- Tenho o meu rabo tatuado em todas as cadeiras das cantinas.
- O meu estômago digere mais cafés que refeições.

Notas aleatórias:
- Não curto gajas com cabelos a esvoaçar. Quer dizer, não curto aqueles cabelitos que se perdem em frente à face, dão um certo aspecto seboso e mal lavado.
- Não curto gajas que vão estudar juntas e riem-se mais do que o que estudam. Putas, vão para casa coçarem-se umas ás outras. (Ok, isto foi muito bruto, mas é o que me apetece dizer quando acontece tal coisa).
- Não curto gajas feias fora de casa. O mundo é um lugar belo - alguém escreveu - porque raio andam vocês a estragá-lo...?
- Curto - finalmente um curto - libertar o meu lado pedófilo e ir estudar para o shopping, percorrendo com o olhar os agrupamentos de pitas que se espalham pela zona da restauração. Sinto-me sempre muito bem vestido visto que só vejo gajos armados em Tokio Hotel à volta delas. Basicamente é uma forma de me achar uma pessoa com bom gosto estético, nada mais.
- Perco horas a indagar-me sobre se o canto direito da sala de estudo da AAC estará destinada às pessoas de etnia africana - leia-se, pretos -, visto que eles ocupam sempre aquele espaço. Sempre... até ao dia em que eu, bravo pioneiro na arte de desmistificar estas coisas, me atrevi a sentar-me em tal zona. Recebi olhares intimidatórios toda a noite, mas enfim, resisti heroicamente, sempre pensando que o que vem de baixo não me afecta. Lembro-me que nessa noite cheguei a casa e fui direito à sanita, olhei para o serviço que lá deixei a reparei nas semelhanças com os seres que me tinham fitado a noite toda. Incrível, hão de tentar.
- Andar com ar de batata inchada e com a merda do pingo no nariz não é, de todo, sexy. Já estive mais longe de amputar a cabeça.


Continuação de bom estudo a todos, o meu vai a meio - e como podem ver, está a deixar-me várias lacunas mentais, imagine-se no fim.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Uma história de 20 segundos

E eu pergunto-te, como quem quer roubar um rebuçado mas não tem coragem de ser rebelde, queres ser minha namorada? Tapo a cara com as mãos mas faço batota com os dedos, deixando umas frinchas aproveitadas pelo olhar, que te mira na esperança de um sorriso. Cambaleio para os lados, qual criança moribunda, sem saber o que fazer, enquanto aquele silêncio se assemelha a horas numa sala de espera. À nossa volta, todo o mundo gira, alheios a nós. Eu nem os sinto, tenho o coração a mil e um calor crescente que não ameaça parar. E tu, serena, com um olhar indecifrável, como que a parar o tempo. Fala, peço-te eu com aquele tom de voz de quem pedincha um chocolate no Natal. E olho para os lados, só porque não aguento encarar-te mais de dois segundos, visto que a vergonha se apodera de todos os poros. Escondo o sorriso parvo por trás das palmas das mãos o melhor que consigo, mas ele tende a escapar-se, não tenho como evitá-lo, é demasiado grande. Quem visse confundir-me-ia com algum anúncio televisivo com bebés a olharem para montras de brinquedos gigantes. Rompe-se a imagem e todos os pensamentos em que estava perdido, quando um som se atravessa desenfreadamente: Sim. Um sim dado como se lhe tivesse sido perguntado se gostava da cor azul. É justamente isso que é suposto ouvir-se. Os batimentos cardíacos - já por si altos - evoluem para hiper acelarados, o calor transforma-se em gotículas de suor e experimento também uns certos tremeliques nas pernas e comichões na barriga. É agora que damos um beijinho? - Perguntas-me, enquanto te desenho uma auréola mental no cimo da cabeça. Dou por mim a tentar recompor o meu ar embevecido e agir normalmente, quando consigo raciocinar a frase que proferiste. Ai, aqui, com tanta gente a ver...? Vergonha. E medo de nem saber fazer tal coisa. Sim. O meu sim é como quem afirma algo sem fazer ideia do que está a falar, ou se deixa levar pelo ritmo da conversa, já que se disse sim uma vez, agora é sim até ao fim. E logo após se ouvir tal coisa, outro momento estático se abate. Quem se mexe primeiro? Quem dá beijinho a quem? Ai, não vou eu primeiro, não, não. Tenho de me mexer, senão vou parecer totó, anda! Arrasto-me um bocadito para o teu lado, de modo a que os nossos braços fiquem encostados... Olho para ti, que fitas o chão, a brincar com os remendos da manta onde nos sentamos. Indago-me sobre o porquê de não seres tu a dar o primeiro passo. Encho o peito de ar e preparo-me para a explosão. Espreito por baixo dos teus cabelos e *plim*, tão depressa damos um beijinho como desatas a correr sala fora, aos guinchinhos e saltinhos, para ires ter com as tuas amigas, que já cochichavam fazia tempo. Eu, no mesmo lugar, paralisado, assisto a tudo, novamente a vestir a pele de bebé abismado com presentes gigantes, e três centésimos de segundo depois o meu cérebro volta a processar novamente informações, que me fazem ter a mais acertada das decisões... fazer o mesmo, mas na direcção contrária, ou seja, onde estão os rapazes. E assim subimos um degrau, no que à afirmação pessoal diz respeito.

Naquela altura era assim, tínhamos quatro anos, numa sala cheia de miúdos como nós, e éramos mais doidos que espertos. Nunca sei se crescer é perder estes comportamentos ou se, pelo contrário, é mantê-los. A seu tempo... saberemos.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Puta... de frio.

Isto de querer dizer puta todos os dias, será doença? Umas vezes sai normalmente, outras é mesmo com vontade. A verdade é que ela está lá sempre presente, e quando menos espero lá se ouve. Puta. É tão bom. Melhor que um orgasmo. Pelo menos melhor que o meu último. Está para chegar o dia em que tenha, num só dia, mais orgasmos do que putas. Hei de experimentar ter um orgasmo ao dizer puta. Já lá estive perto, nem sei porque não o atingi. Puta. Puta. Puta. Ainda não foi desta, se calhar tenho de tirar as mãos do teclado e metê-las noutro sítio. Hmm, não, nem assim. Qualquer dia ganho tomates e digo-te isso na cara, talvez aí o atinja. Se há coisa que gosto é de andar pela rua depois de ter um orgasmo. Não é que seja uma coisa normal, mas há situações para tudo, não? É como passear pelas nuvens. Se bem que ter orgasmos com este frio seja uma tarefa hercúlea, só os mais fortes o alcançam - assim num estilo heróico. E ainda que seja perigoso isto de misturar putas e orgasmos, com as devidas interpretações acho que sai uma receita óptima para alívio das tensões que tendem a acumular-se nestas fases complicadas de Janeiro - leia-se, exames e afins. O afins está ali só para encher, porque Janeiro é exames, ponto final. Merda de calendário, exames de Janeiro com um gelo digno da Antártida, exames de Junho com um calor digno do Sahara. E querem que estudemos? Depois claro que uma pessoa se perde com qualquer coisa. Quanto mais não seja a chamar puta a quem bem apeteça ou a ter orgasmos por tudo e por nada. Ou, melhor, a fazer qualquer coisa que não seja o que devemos: estudar. O primeiro é amanhã, aposto o meu dinheiro como o meu próximo puta vai ser dirigido à minha professora de Planeamento Regional e Urbano, em pleno exame. Mentalmente, claro, é que gostava de fazer a cadeira. A ver vamos. Só não aposto no orgasmo, o exame é matinal, mal tempo tenho para me colar ao espelho, quanto mais para brincar com a pilinha. Suit up, vamos à guerra.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Sondagem - Análise

Visito este espaço porque...

17% - .Gosto de votar nestas sondagens estúpidas.
8% - .Acho que tudo o que escreves aqui é realidade e por isso quero cuscar a tua vida.
29% - .Pelo que escreves, gosto de te ler. Já agora, parabéns por seres o melhor escritor de todos os tempos.
11% - .Por seres um dos gajos mais bonitos à face da Terra. Ai, ainda bem que isto é anónimo e posso exteriorizar toda a minha paranóia por ti :$
32% - .Só cá venho quando não tenho mais nada que fazer.
0% - .Me enerva. Detesto o que escreves, mas apareço cá só para ver as barbaridades que dizes. És ridículo.

Votantes: 34


Ponto mais importante da sondagem: Ninguém me insultou pela primeira vez em tantas sondagens. Que grande progresso, eu sempre soube que chegaria o dia em que iria conquistar o consenso mundial e seria aclamado como a melhor pessoa que já existiu à face deste planeta.
Aos 8%, não gosto que cá venham cuscar a minha vida, assim passam a saber tudo o que eu faço e para isso já existe o hi5. Senão qualquer dia ainda chegam à minha beira a dizer que ando a foder uma porcalhona qualquer baseados no último post. Ou que estou apaixonado loucamente baseados no Projectos Natalícios. Ou que me fizeram um bico baseados no Prenda de Natal. E pronto, para além de não vos ficar muito bem também vou ficar um bocado encaralhado.
Aos 17%, não insultem as minhas sondagens, se não fosse por elas nem punham cá os pés.
Eu sempre soube que as pessoas têm blogs para escrever, mas nunca pensei que fosse realmente a razão para se ler estes espaços, estou maravilhado, obrigado aos 29%. Ah, acho que exageraram na parte do melhor escritor de todos os tempos, mas eu consigo encaixar o elogio sem tirar os pés do chão, vou continuar a ser o mesmo, prometo.
Aos 89%, com que então não sou o gajo mais bonito de sempre? E essa paranóia, não existe? Enfim, já vos disse que a sondagem é anónima, podem dizer a verdade. A quem assumiu, o meu obrigado, é por vocês que perco sempre uma hora em frente ao espelho antes de sair de casa.
Por fim, aos 32%, a vencedora (embora eu ache que tenha sido roubado, a hipótese mais lógica era a quarta, mas tudo bem), fiz uma pequena reflexão e o caso é preocupante. Senão reparem, o blog tem actualmente 14500 visitas, ou seja, 4500 pessoas não teve nada que fazer durante ano e meio (aproximadamente o tempo de vida do Utopic Nights). Agora dizem vocês, ah e tal mas isso conta é o número de hits, não o número de pessoas. Calem-se, nem que cada um de vocês tenha dado 100 cliques cada, faz um total de 45 pessoas sem nada para fazer. É preocupante. Mas eu gosto de vocês assim, desocupados e a ler coisas instrutivas, como é o caso deste espaço acolhedor. Que muito pouco se passe na vossa vida neste 2009, é o que vos desejo!

Beijinhos e abraços, até à próxima sondáije.

Paradoxo Para( a)normal

Vêmo-nos por aí. Que é como quem diz... adeus. Desculpa, mas tão cedo não vou conseguir tirar a tua imagem da minha cabeça. Quem é que apaga um rabo virado para o ar, condimentado com um balançar que mais faz lembrar o embalar de um bebé? Desculpa mais uma vez, mas não vais a lado nenhum. Fosse o nosso ritmo um poema e encostavas Pessoa numa estante num canto de uma biblioteca. Gostava de ser porco contigo, mas o máximo que consigo fazer é arrotar. Já é ser porco, não? Gostava de pegar no telemóvel e ligar-te, dizer-te que o que temos não passa de coisa nenhuma e que relações assim estão condenadas a duas ou três noites por semana, fazer-te ver que valemos pelo suor que desgastamos e que o facto de gostarmos que assim seja só faz de nós piores do que a própria química que nos une. Gostas de química? Reprovei. Duas vezes. Não percebo como é que a aplicamos tão bem.
Olho para nós e vejo o fim iminente. É inevitável. Raras vezes a pessoa que mais gosta consegue manter a relação estável, ou por tanto mostrar que gosta ou por, pura e simplesmente, ser uma criança e perder as noções que a levaram até lá. Imagine-se quando o sentimento é recíproco.
Estamos condenados por gostarmos de estar juntos. Maior paradoxo não nos podia calhar.
Merda para ti, por seres exactamente o que um gajo quer. É por isso que sei que não temos muito tempo de vida, estas coisas perfeitas não existem nos dias de hoje.
Portanto digo adeus ao vemo-nos por aí e enfeito-o com um beijo e um até amanhã. De histórias utópicas está o mundo cheio, não custa nada sermos mais uma.