Vêmo-nos por aí. Que é como quem diz... adeus. Desculpa, mas tão cedo não vou conseguir tirar a tua imagem da minha cabeça. Quem é que apaga um rabo virado para o ar, condimentado com um balançar que mais faz lembrar o embalar de um bebé? Desculpa mais uma vez, mas não vais a lado nenhum. Fosse o nosso ritmo um poema e encostavas Pessoa numa estante num canto de uma biblioteca. Gostava de ser porco contigo, mas o máximo que consigo fazer é arrotar. Já é ser porco, não? Gostava de pegar no telemóvel e ligar-te, dizer-te que o que temos não passa de coisa nenhuma e que relações assim estão condenadas a duas ou três noites por semana, fazer-te ver que valemos pelo suor que desgastamos e que o facto de gostarmos que assim seja só faz de nós piores do que a própria química que nos une. Gostas de química? Reprovei. Duas vezes. Não percebo como é que a aplicamos tão bem.
Olho para nós e vejo o fim iminente. É inevitável. Raras vezes a pessoa que mais gosta consegue manter a relação estável, ou por tanto mostrar que gosta ou por, pura e simplesmente, ser uma criança e perder as noções que a levaram até lá. Imagine-se quando o sentimento é recíproco.
Estamos condenados por gostarmos de estar juntos. Maior paradoxo não nos podia calhar.
Merda para ti, por seres exactamente o que um gajo quer. É por isso que sei que não temos muito tempo de vida, estas coisas perfeitas não existem nos dias de hoje.
Portanto digo adeus ao vemo-nos por aí e enfeito-o com um beijo e um até amanhã. De histórias utópicas está o mundo cheio, não custa nada sermos mais uma.
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Há 3 anos
1 comentário:
de histórias utópicas ando eu cheia!
gostei gostei!
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