quarta-feira, 27 de junho de 2007

Divagações II

Uma vez, quando passei por ti, relembrei o filme das nossas vidas. Era uma curta metragem com actores medíocres, mas o argumento era muito bom. Com maior publicidade e mais capacidade financeira poderia ter chegado a êxito de bilheteira. Ficou-se pelas últimas prateleiras dos vídeo clubes. Chamam-lhe filmes de culto, àqueles alternativos, sem grande projecção mas com grande qualidade camuflada. Podia ter sido muita coisa, mesmo... se não fosses tão puta. A sério, dá te tesão andares a procurar gaitas novas para buzinar? Não chegava a do meu jipe? Por mim podiamos ter durado muito mais, mas tu és assim, como te pintaram, quando souberam que andava metido contigo. Fui avisado, nem quis saber. Estava a bater o recorde, comer três na mesma altura é uma tarefa complicada. Ou melhor, complicado é manter segredo de umas para as outras. Mas imagina se só te andasse a comer a ti. Ia ficar muito fodido, concordas? Deixar-me assim a seco, sem nada no frigorífico... Daí que seja sempre bom ter qualquer coisa na dispensa. E ficas a saber que me vinguei bastante na dispensa. Nos primeiros tempos era só raiva pura, pela tua putice, houve uma das outras duas que até perguntou se eu gostava assim tanto dela, pela maneira que a estava a foder. Fiquei a indagar sobre o que teria em comum uma foda à bruta com um possível sentimento que podesse nutrir por ela. Passados dois segundos esqueci o assunto e continuei. Depois a coisa passa. Mas é muito fodido. Um gajo aceita fazer uma ou outra maldade a uma gaja, mas aceitar uma gaja a fazer o mesmo... nunca. Mesmo que já se esteja à espera, é sempre uma merda. É como ter um avô em doença terminal. Só quando morre é que dói a sério. Uma dia vou escrever mil páginas sobre estas coisas que só acontecem aos outros. É que só acontecem aos outros, mesmo. Pelo menos só alguém com vontade de se crucificar em praça pública admite que foi traído. Eu nunca fui. Tragam a cruz.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Lotaria

Há muita coisa errada na nossa vida com que perdemos muito tempo a meditar, sobre a melhor maneira de a resolver. Ou sobre as que poderiam ter sido resolvidas. Nunca fui de grande paciência, nunca gostei de gente paciente. Costumo confir gente paciente com gente homossexual. Sobretudo aquele tipo de pessoas que diz que saber esperar é uma virtude, sabem? Esperar... esperar é morrer. A não ser que não se espere parado. Podemos esperar pelo Euromilhões a vida inteira e ir ganhando uns trocos de quando em vez. Podemos esperar pela mulher da nossa vida e ir alegrando o tempo da espera com outras. Não temos necessariamente de ser porcos para o fazer. A vida é feita de escolhas. Se me oferecessem a minha deusa aos 50 anos com a condição de ter de levar uma vida regrada e eclesiástica... recusaria categoricamente (adoro esta expressão, que gira). E que nenhum de vocês que me lêm tenha a infeliz ideia de pensar o contrário. Primeiro, porque não existem deusas. Procurem no Google se quiserem. Nem lá as encontram. E depois, aos 50, metade de nós vai preferir estar a jogar sueca na tasca do que a foder no quarto. Por isso dêm graças por o presente ser a adolescência ou a fase pré-adulta. E o meu presente vai durar até aos 40. Senão, se ficarmos adultos, lá se vai aquela alegria das coisas terem corrido bem com a Ana naquela noite, da surpresa que a Raquel fez quando me tinha chateado com ela... Sei lá. É uma alegria quase tão grande como quando ganhamos confiança suficiente com a rapariga com quem andamos metidos para andarmos nus pela casa. Só superável quando ela também consegue andar nua pela casa. Aí sim, chegamos ao céu. Por nós, homens, andávamos sempre nús, a mostrar o nosso corpo esbelto de atleta grego (mesmo que sejamos obesos). Por elas, andávamos sempre de sobretudo. Merda de vergonha, qual é o problema, fodemos nus, já vimos o que não era suposto (?) ver-se, não se pode ver noutras alturas? Se metessem a vergonha num certo sítio, em vez de outras coisas... (Nota: certo sítio é a prateleira chamada coisas que os gajos querem que as gajas façam, embora elas se armem em idiotas, seus preversos). Por falar em vergonha, o truque é não ter medo de ir fazendo dinheiro enquanto se espera pela sorte grande. Não tarda e temos mais dinheiro na conta do que a própria sorte grande.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Excerto.

“Eu amo-te!”, gritei.

“O que é que isso tem de extraordinário? Diz-me!”

“Eu amo-te como nunca ninguém amou ninguém!”

“Porque é que há-de ser assim?”, respondeste, beijando-me pela primeira vez. Eu estava tão tenso, não dei por nada, queria que se abrisse um buraco no chão e me engolisse. Mas tu estavas calma, como se estivesses habituada.

“Para ti pode ser não extraordinário, mas, para mim, é!”

“Cala-te”, disseste, “Sabes lá se eu gosto de ti também…”

Gosto! Foi o que disseste. Foi “gostar” o verbo que empregaste. E eu não tive coragem de fugir de ti naquele momento e explicar-te que como tu gostavas de mim, eu gostava de ananás, de sair à noite, de comprar azulejos nos antiquários.

É tão difícil dizer “eu amo”. Mas eu disse. Disse sem te conhecer de parte nenhuma. Sem contar com o deserto da minha alma, onde me pareceu encontrar-te nos maus momentos da minha vida, desde menino até agora, numa forma nunca muito diferente da tua.

Não te pedi nada. Não fui eu quem falou primeiro em ser feliz. No dia em que me falaste nisso estive até às cinco da manhã sem dormir.

A culpa foi tua. Fui levado a viver ao pé de ti, a preocupar-me com os teus dias, a pôr-me a nu, escondendo o pouco que restava da minha solidão dentro da tua. Da solidão que era minha. Da solidão que se apaixonou por ti. Que era, mais coisa, menos coisa – eu.

Mais de uma vez te perguntei se ias amar-me para sempre. Mais de mil vezes. Não podes dizer que não te avisei. E por muito que jurasse que sim, por muito que me fitasses no fundo dos olhos enquanto dizias que o teu amor era como o meu, que não tinha fim, eu nunca acreditei em ti. Por isso é que eu estava sempre a perguntar. “Nunca vais deixar de gostar de mim, pois não?” O teu mal foi nunca teres feito essa pergunta.

A tua morte resolveu tudo. Nunca mais vou amar ninguém.

É assim como deve ser. Desde o princípio dos princípios. Como é que pudeste apaixonar-te por mim com tanta facilidade e tão pouco sofrimento? Por mim, que nada valho. Por mim, que nada te dei. Como é que eu podia acreditar num tal amor?

Tenho saudades de ti. Mas não me custa sofrê-las, comparado ao que eu sofria quando estavas aqui comigo, deitada no meu ombro, a sonhar os teus sonhos, agarrada a mim, o meu amor, o meu amor a arder-me no coração, deitando fogo ao meu sossego, tanto era o amor que te tinha, e o terror e a certeza de perder-te.


Cardoso, Miguel Esteves – O Amor é Fodido.
A minha grande inspiração. E este excerto é ouro.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Pratal

Se pudesse voltar atrás não hesitaria em fazê-lo. Só para poder fazer tudo outra vez. Já sei que deu merda. Fizemos merda. Da grande. E ainda havemos de fazer muita, se nos cruzarmos algum dia. Eu gostava. Mudava uma ou outra coisa. Pouquinho, para saber bem na mesma. Mudar... mudar é complicado. A ti não ia mudar, isso é certo. É por isso que gosto de ti. Tu não mudas. Nunca mudas. Vais estar já no lar e ainda vais andar à procura das barbies que perdeste no quinto aniversário. Aprendi isso com o (pouco) tempo que conseguimos angariar. E tu aprendeste o mesmo. A bem ou a mal. Levávamos a nossa à força, a maioria das vezes. Mas era assim que entrava. Entendíamo-nos. Embora fossemos completamente diferentes. E nem sequer éramos daqueles dos quais dizem que se completam. Mas era bom. Pelo menos dizias que sim. Ás vezes imagino-nos juntos outra vez. Era impossível, mas gosto de cenários utópicos. Nunca duas peças tão não-encaixáveis se conseguiriam encaixar tão bem como outrora o fomos. São momentos presos no tempo. Ficam bem assim. E isso custa. Quando queremos desenterrar passados vividos. Principalmente aqueles que foram melhores. Ou o melhor dos passados. É aí que apareces. Sempre. Quando faço uma retrospectiva, vejo-te sempre nos primeiros lugares. Acho que o espaço temporal que ocupamos na cronologia pode não ter sido muito vasto, em termos de datas, mas foi rico em momentos e vivências. Basicamente, faz-se muito em pouco tempo. Fica muito em pouco tempo. E isso faz bem. Um dia vamos dar um passeio na praia. Ver pessoas, conversar como já não fazemos, ficar abraçados e olhar para as coisas. Ficar só a olhar. Porque só o estarmos ali já vai ser bom. Tão bom que não vai apetecer fazer mais nada. Pode ser que algum de nós diga que gosta muito do outro, ou qualquer coisa do género, só para ficar bem na fotografia. Vão ser palavras de circustância, nada de coisa séria. Só para as vozes se irem ouvindo, para não as esquecermos quando nos separarmos outra vez. O beijo de até amanhã vai pedir um de quero-te, mas ninguém liga a essas coisas, já. Bem diferente doutros tempos, aqueles em que o até amanhã vinha depois do quero-te. E havia tanto quero-te que por vezes nem aproveitar a nossa própria companhia conseguíamos. E até nos entretíamos mutuamente com bastante facilidade. Ou chateávamo-nos. Uma das duas. De qualquer das formas, havia sempre alguma coisa em cima da mesa. Se voltasse atrás, mudava pouca coisa. Muito pouca. Para ser sincero, era capaz de mudar apenas uma. A forma como me comportei contigo. Viste o gosto de ti em algum lado? Acho que o enjoei. Vamos só estar juntos.

Fases

Ja vinha toda lançada outra vez, depois de tanta merda. Foi logo, não venhas de garfo que o jantar hoje é sopa. A cara de estúpida. Depois lá cai na real. Tens razão, tenho sido uma merda. Merda é puta, em femininês. O bom da fartura é que podemos dar cortes a quem nos apetece. Em tempos de fome é que já somos mais cordeirinhos. Já em tempos fortes é quem mais nos confunde com uma semi-automática, sempre a disparar. Porca ali, fode-te acolá. Desde que haja quarto onde dormir o mundo pode ir dar uma curva que ninguém se importa. Podes-te ir foder, se fazes favor? Olha, e ires para o caralho, ja experimentaste? Ouve, um segredo, pela última vez, fode-te. É tudo na boa. E como a maré é tão boa, com sorte elas até engolem o orgulho e nem ligam nada àquilo. Há alturas assim. Depois há outras. Em que nem falar conseguimos, quanto mais mandar foder. E foder então nem entra na equação. É nestas alturas que nos arrependemos das que mandamos foder. Das que desistiram de nós por sermos esquisitos, ou complicados. Ou, na maioria das vezes, porque nos acham uns parvalhões fodidos por a termos insultado da cabeça aos pés antes de as despachar. E passamos meses a peguntar a nós próprios o porquê de sermos estúpidos, a amaldiçoar a nossa sorte. É um paralelismo simétrico, a curva ascendente de uns tempos é a descendente de outros. Com tanta oferta um gajo parece uma cona, com pouca parece uma pila esgaziada. Por isso é que convém andar com o balanço na ordem, para bem da sanidade mental. E genital.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Tudo é pouco.

Sabes quando dizemos que fazíamos tudo por uma pessoa? É nessa altura que mentimos. Mas também é nessa altura que estamos mais próximos de acreditar que o que dizemos é mesmo verdade. Embora não o seja, reafirmo. Se mentisse desta forma, era por ti. Sem grandes dúvidas. Fazia tudo por ti. E digo-o com consciência que é a mentira mais pequena que alguma vez disse. Depois era preciso acreditares. Essa é a segunda fase. Acreditar em mentiras nunca foi algo fácil de se fazer, embora seja normal tal fenómeno. Uma mentira por dia, nem sabe o bem que lhe fazia. Devia ser a dose diária recomendada pelos neurologistas. Eu não acredito quando me dizem que fariam tudo por mim. Para começar, por ser mentira (óptimo raciocínio). Depois, na hora da verdade, todo o mundo falha. Um bocado à semelhança daquelas cenas, nos filmes, em que tal pessoa vai levar um tiro e o(a) companheiro(a) se põe à frente. Eu admito ser egocêntrico o suficiente para saber que nunca faria tal coisa por ninguém. E admito também que saber que nunca o faria e dizer que o faria, a pessoas como tu, me custa. Mas é a forma que arranjo para te dizer que o que te dou não chega. Nem chega o que me dás. Só o tudo chegava. E é a mentir que te digo, repetindo-me até que acredites, por ti... faria tudo.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Love, not love.

É tão certo como o ar que respiramos ir parar aos pulmões. Quando nos sentem mais interessados que elas... estamos logo fodidos. O interesse deve ser comer um gajo difícil. Ou que se passe por difícil. A partir daí a piada esvai-se. O objectivo é comer, não é ir comendo. Ás vezes choco com a mentalidade de certas gajas. Não consigo interiorizar bem certas partes da filosofia delas. O desafio é só fazer-nos ceder? Não podia ser tentar prolongar o que é bom até ao máximo? Eu até que achava piada. Sou um continente por explorar. Ok, meio explorado. O que não inviabiliza que seja explorado por pessoas diferentes. Para cada uma delas vai ser sempre uma experiência nova, logo, só sou explorado para quem já me explorou. A piada de sair à noite é que podemos acabá-la a brincar aos descobrimentos com alguém que nunca pensamos saber navegar. Fazendo uma análise sucinta, o problema das relações, ou pseudo-relações (leia-se fuck friends) é cansarem. Não há relação que não canse. Se não cansasse não acabava. Há sempre qualquer coisa que nos cansa na outra pessoa. A possessão, o ciúme, a falta destes, a má performance sexual, sei lá, os mil e um casos que levam ao fim de algo pelo qual já não vale a pena lutar. Pelo menos para um dos dois. Os gajos ficam muito rabetas quando querem uma gaja. Transformam-se. São capazes de dizer coisas que até ao próprio alvo deve fazer confusão. É aquela tendência que todos temos. A tendência a dar. Queremos sempre dar qualquer coisa a quem gostamos. Um beijo, uma prenda, um amor eterno. Tudo o que estiver ao nosso alcance. E, geralmente, quanto mais damos mais perto estamos de ser fodidos. Porque neste mundo tudo tende a ser fodido, mais cedo ou mais tarde. E quanto mais nos expomos ao mundo mais vulneráveis estamos para que alguém nos foda. E isso, invariavelmente, vai acontecer. O truque é prolongar as coisas. Até ao improlongável. Ou, como quem gosta de sair por cima nas relações faz, foder antes que nos fodam. Essa táctica nunca resulta comigo, sou muito crente quando gosto de estar com alguém, penso sempre que se pode esticar a corda mais um bocadinho. Nunca me lembro é que não depende só de mim.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Não sei.

Quando estou contigo fumo menos. Que bom. Estúpido. Agarrada. A quê? A tabaco e a mim. Querias que fosse. No tabaco nem por isso. Em ti é só um bocado. É mais no tabaco. Se gostasses mais de mim que do tabaco acho que te enjoava, por isso... deixa-te estar assim. Não sei se isso é elogio ou reprovação. Tem de ser alguma coisa? Não. Então deixa apenas ser. Deixo mas intriga-me. Que intrigue, os mistérios da vida não têm de ser todos descobertos, não sei onde estava a magia de viver depois disso. Estava em pessoas como tu. Ui, que lamechas, também dizes coisas dessas? ... Uma pessoa já não pode ser querida é logo envergonhada. Fica mais bonito quando é dito por alguém envergonhado. Ficou mais bonito, foi? Não. Que nervos. Ficou agora, que não sabes o que fazer para me agradar. Mas alguém disse que te queria agradar, grande idiota? Agora já não queres, para provares que estou errado. Ai, cala-te, por favor. E perde o controlo... tenta contra-argumentar ao menos, não? Não, prefiro um beijo a esta conversa da treta. O que te vale é que sou submisso...

Learn(ing)

Viu-se bem o que fizeste. O quê? Queres que te explique alguma coisa melhor do que a tua memória o consegue fazer? Já te avisei para não entrares por aí. Deves querer mandar nesta relação. O teu problema é pensares que isto é uma relação. O teu é pensares que isto não o é. Fica mais fácil. Fica é mais fútil. Estou numa fase fútil. Pútil. Que seja. Que seja o caralho, não gosto desta merda assim. Love hurts, dizem os Incubus. Por mim bem que se podem foder os Incubus e o teu Amor. Heh, esta tocou-te, que giro. Deves pensar que sabes mais que eu. Sei o suficiente. Sobre mim não sabes. Mas se calhar sei coisas que não queres admitir. Se o mundo fosse feito de se's ja tinha acabado. Isso foi um sim! Nunca confirmo nada do que dizes, tu é que deduzes que são confirmações, se calhar quando deres por ti tudo o que tomaste por confirmação era negação. O mundo dava uma grande volta, nesse caso. Basta eu trocar duas palavras na minha vida para o teu mundo dar duas voltas, afinal quem é que domina aqui? Olha para ele armado em esperto. Olha para ela encurralada nas próprias ideias. Deves achar-te muito inteligente... Não, mas é bom andar a picar contigo. Para ver quem ganha? Não, para evoluir(es).

domingo, 10 de junho de 2007

Ciclos

Nunca nos vamos chatear, pois não? Não, porque enquanto estamos chateados não podemos foder. E vamos ser amigos para sempre, não vamos? Vamos, porque enquanto formos amigos podemos ir fodendo. E vais gostar sempre muito de mim? Alto. Parou tudo. Gostar de ti? Desde quando? Sim, vou gostar sempre muito de ti senão não podemos foder. Gosto tanto de ti... Detesto quando gostam de mim. Prefiro quando me acham piada. Ou quando só querem foder. Lembraste daquela noite em que fomos ás docas tomar café e perdemo-nos a conversar...? Foi tão fixe... Foi caralho, foi mesmo fixe! Duas horas a olhar para o rio à espera de ganhar coragem para te meter no carro e levar-te para o quarto. Foi mesmo das melhores alturas da minha vida, como é que eu me ia esquecer? Sim, lembro-me... também gostei muito. Foda-se, tenho de me controlar para não enfiar com a cabeça na mesa nestas alturas. Vamos lá outra vez? ... Puta. Mas é que nem penses. Nem penses nessa merda, percebes? Oh, vamos antes para casa, preparamos qualquer coisa e fazemos um serão bonito. Que é como quem diz, vamos antes para casa procriar como coelhos. Acho os coelhos amorosos. Como é que procriar como coelhos não podia ser amoroso? Pelo menos é intenso. Oh, não me apetecia ir já... Ai mas vai apetecer. Vai apetecer, nem que eu me foda aqui todo. Não vou para aquele bar merdoso (e com bebidas caras, ainda por cima!), vou para casa e vens comigo. E é bom que não demores a ceder senão vamos ter de nos chatear. E depois o sexo vai saber melhor. Com esse teu sentimento de culpa todo a vir ao de cima. Pobre de merda. Mas a mim não me apetece andar por aqui, vamos para casa, anda daí. O anda daí é dito com aquele tom meio sugestivo, meio ordenativo. Para dar a entender que a paciência está a esgotar-se, que é melhor acatar a sugestão. Pronto, então, se preferes... Que fácil, foda-se, das duas uma: ou também queres foder ou tens medo que eu me chateie. Ou as duas! Sendo assim estás perdida. Pelo menos esta noite. Vais ser tipo brinquedo, já estou a prever. Já amanhã sou capaz de te encontrar a comer o primeiro gajo com dinheiro que vires. Logo a seguir hás de me ver a comer a primeira que me dê trela. E vamo-nos chatear durante semanas. Vai ser tão bom quando voltares a ceder. Vou ter-te outra vez na mão e vamos fazer um sexo incrível. Mas por agora, vamos para casa, que amanhã temos de nos encornar.

Ramificações.

Isto não dá para mim. Já provei e já nadei que chegue por estes lados para dizer que preferia a outra margem. Nem é por ser mau. Porque não é. De todo. Mas falta qualquer coisa. E o estar à espera de nada nunca foi o meu forte. Ás vezes ponho-me a pensar porque faço isto. Qual é o objectivo que me leva a andar aqui, assim, meio perdido, meio encontrado. Caso não tenham reparado, estou a ser vago, para que não saibam o que realmente me vai na alma. Provavelmente porque não vai nada. Ou então vai e vou andar a escrever até me cansar e vocês vão acabar de ler este post sem fazer a mínima ideia do que se passa. Vejo-me longe de ter algo que goste. Daquelas coisas que uma pessoa tem e chega ao fim do dia a pensar que não pedia mais nada. É isto. Isto é o que eu sempre quis. Mas há dias em que pensamos mesmo assim. Nos dias em que temos a melhor nota da faculdade, em que todas as gajas que passam nos levantam o ego, em que damos a melhor foda até ao momento ou até nos dias em que simplesmente nos sentimos bem sem motivo nenhum. Sei lá, talvez sejam dias tão bons por serem tão raros. Mas que raio de regra é essa que inventaram que só podemos dar um valor inestimável ao que é raro? É raro dizer amo-te e não dou valor nenhum a isso. Prefiro um és um gajo do caralho ou algo mais original. Anti-clichês. Aliás, dizer amo-te é ridículo. Principalmente quando é sentido. Já o disse umas vezes e nunca teve grandes resultados, acho que vou parar de fingir que amo. Já amei e não disse e também não teve. Abdicar do amo-te é subir um degrau na escada da maturidade, já me apercebi disso. Sobretudo quando meio mundo diz amar a outra metade. Imagine-se eu amar tanto quem amo como a Joana ali do fundo da rua ama a Catarina do 3º direito. E elas nem se dão bem por aí além. Ás vezes saem e metem frases giras no nick do MSN a dizer que são irmãs. Por acaso já vi a mãe da Catarina na noite umas vezes. Para além de podre de boa, já deve ter rodado o pai da Joana, que é rico e tem pinta de engatatão. Era uma ironia do destino do tamanho da Ásia que elas fossem mesmo irmãs. Eu ria-me. Elas choravam. E passavam de melhores amigas (que não eram) a putas (que também não eram). Conseguem escrever algo que fuja tanto do assunto principal como eu? Nota: não escrevam de madrugada.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Dream it

Partindo do princípio que tudo é efémero... tenho pena que não sejamos a excepção que confirma a regra. A sério que tenho. Apesar de tudo, continuo a acreditar que poderia dar certo. Se fossemos dois pincéis nem precisavamos de pintor para estampar numa tela um obra de arte digna de um Van Gogh. Sabes quando deixamos o lado boémio num canto e projectamos uma vida conjunta com alguém? Inspiro-me em pessoas como tu. Ou contigo. Dava uma história bonita. A sério que dava. Um dia gostava que me provasses que estou certo. Embora eu já saiba que estou certo. É sempre bom ver o lado recíproco a mostrar-se. Já projectei muitas casas, muitas vidas, muitos filhos e muitas mulheres. Muitas vidas. Muitos futuros. Até acredito que qualquer dia me dê na cabeça e vá viver o American Dream. Até lá limito-me a vaguear, por mundos como este, perdidos na leviandade que acompanha a vida nestas idades. Se não acreditasse que percorro um caminho que me levará a algo que superará todas as minhas expectativas... não me dignava a caminhá-lo. E era bom que a surpresa fosse alguém como tu. Ou tu. Viste como te olhei da última vez que nos vimos? Não era um Olá nem um Até logo, era um Fica aqui que o frio corta. E estava um calor de rachar lá fora... Estar contigo é como comer chocolate. É bom, mas faz tão mal...

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Connecting People

Brinca à vontade. Eu faço de conta que não me importo. Se gostasse de pessoas como tu estava bem fodido. O que me salva é que gosto é do que pessoas como tu fazem. Do que fazem bem. E há coisas que fazes muito bem. Mesmo. O facto de querermos estar juntos não obriga a que tenhamos de estar necessariamente... juntos. Porque queremos estar juntos com mais gente. E gostamos tanto um do outro que não somos capazes de nos enganar. Embora nunca falemos nisso e ambos saibamos que somos uns fúteis de merda. Aliás, como toda a gente. Não são precisas palavras para dizer essas coisas. Uns olhares e umas maneiras de agir contam perfeitamente mil histórias. Só temos vontade de estar mesmo juntos quando estamos juntos. Isso é óptimo. Fica fácil. De gerir. Tudo. Ou quase tudo.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Banalizações

Não te cansas de levar sempre com as mesmas histórias? As mesmas bocas? A maneira de galar é sempre a mesma, não sei como é que te pode fascinar. Juro. A mim chateava-me. A ti encanta-te. É preciso estar muito necessitado. Senão que justificação teria uma relação a nascer das mais batidas linhas de engate? És assim, e és aquilo e mais não sei o quê, e não eras capaz de fazer aquilo comigo porque és assim, ai por favor, és mesmo pascácia, fogo, então tu não sabias que aquilo era assim, que coisinha estranha. E aos pouquinhos cede-se, como sempre, até chegar o dia em que a fama de puta te cole de vez. Uns tempos tentei andar no engate como te engatam a ti. Parecia um coitadinho. E sentia-me mal comigo próprio. Mas contigo resulta. É preciso ser muito estúpida. Já disse, não me atrais, nunca seria capaz de ter qualquer coisa que fosse contigo. É daquelas certezas que se tem desde que se nasce até à morte. Podias vir numa bandeja. E vinhas, já sei como és. Ou acho que sei. Ninguém conhece ninguém perfeitamente até uns bons tempos de vida partilhada. Conheço-te de vista, de conversa, de cafés, de noites... Vendo bem, mal te conheço. Mas conheço-te mal o suficiente para acertar em tudo o que digo. E se acertar em tudo o que digo, isso faz de mim um bom conhecedor teu? Faz. A ti já te topei. Posso dizer a ti e ao mundo como és em quatro palavras: Não vale(s) um caralho. Pessoas que se conhecem...

Replay

Temos todo o tempo do mundo. Que frase mais cínica. Para começar, nem eu nem tu devemos passar dos 70 anos. Vamos morrer com cancro nos pulmões ou insuficiência renal. Qualquer uma dessas causas de morte é de classe. Depois, daqui a meio ano já nem devemos falar porque um de nós já encornou o outro. Deves fazer um sucesso por cá... deves, deves... Eu? Coitado de mim. Pois, imagino. Imagina à vontade. Vê lá se imagino mesmo. Podia ter dito sim, fode-me, sempre era mais directa. E fodia. Vai com calma. Temos todo o tempo do mundo, não temos? ... Que frase mais cínica. Para começar, nem eu nem tu devemos passar dos 70 anos. Vamos morrer com cancro nos pulmões ou insuficiência renal. Qualquer uma dessas causas de morte é de classe. Depois, daqui a meio ano já nem devemos falar porque um de nós já encornou o outro. Já estás a pensar no futuro! Já sei é onde isto vai parar. Maior risco que este é impossível, acabo de meter uma placa na testa a dizer convencido de merda, cabrão, etc, mesmo assim pode ser que corra bem, ela já tem uns copos também, pode ser que tenha sido acertado. Ai sabes...? E sorri. E aproxima-se. Deves pensar que nos vamos beijar já. Beijar é compromisso, depois tenho de andar contigo o resto da noite. Na, tem lá calma, temos todo o tempo do mundo. Que frase mais cínica. Para começar, nem eu nem tu devemos passar dos 70 anos. Vamos morrer com cancro nos pulmões ou insuficiência renal. Qualquer uma dessas causas de morte é de classe. Depois, daqui a meio ano já nem devemos falar porque um de nós já encornou o outro. Ambos já sabemos como vai acabar a noite, não sei qual é a pressa. Nem alegre estou. Vamos beber uma vodka? Só se pagares. Ui, por acaso até ia pagar mas agora bem que te fodes. Deves ter ouvido em qualquer lado que eu tinha uma herdade no alentejo. Tenho mais depressa uma barraca no Casal Ventoso, mas tudo bem. Pagar? Por mim andavas sóbria a noite toda. Que forreta. Ainda não viste nada. É bom que não se habitue, assim quando me apetecer gastar meio cêntimo com ela... é capaz de dar valor, em vez de só dar valor de 150 euros para cima. Vá, anda daí então... Caga na vodka, vamos mas é para casa, para beber temos todo o tempo do mundo. Que frase mais cínica. Para começar, nem eu nem tu devemos passar dos 70 anos. Vamos morrer com cancro nos pulmões ou insuficiência renal. Qualquer uma dessas causas de morte é de classe. Depois, daqui a meio ano já nem devemos falar porque um de nós já encornou o outro.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Work it out

Se há coisa que dá gozo, é ter uma gaja geralmente concorrida a tentar galar um gajo como eu. Imagino logo os 200 gajos da fila de espera a desejar-me a morte. Ah e tal, ando aqui eu a foder-me todo para a galar e ela a babar-se toda por aquele caralho. Exactamente o que eu penso quando me fazem o mesmo. É fodido. Basicamente, nestas alturas, vingo-me de quem me fode. Embora me vingue em inocentes. Nunca me preocupei com os inocente de qualquer maneira. Sou tipo bulldozer. Mensagenzinha a apalpar terreno, MSN ali e acolá, encontramo-nos na noite por acaso... E é giro ver o trabalho alheio. Ainda dizem que os homens é que têm de trabalhar. É tão lindo ve-las esforçadas. A parte mais engraçada é quando pensam que um gajo já está meio fisgado e deixam-se para trás, para um gajo tomar o comando e passar a predador. Uma sorte fodida, quem não alinha nisso sou eu. Quer dizer... contigo não. Se fosses como as gajas a quem eu faço o que tu me estás a fazer, aí dava o braço a torcer e lá ia eu afundar-me. Mas assim... trabalha tu se quiseres. És daquelas gajas que se metem na prateleira do "come-se". Mas não te rebaixes muito senão vais já parar ao "putas de merda". De qualquer maneira, até te acho uma certa piada. Desde que te mandei foder a primeira vez que me ficaste meio atravessada. Detesto quando isso acontece. Há alturas em que não estamos virados para isso, noutras alturas só estamos virados para isso. Tiveste um mau timming, foi pena. Podíamos ter sido muito felizes. Numa noite. Só numa.

Coisas.

Invariavelmente, quanto melhor for a gaja, fisicamente falando, mais cães temos de ser. Porque obrigatoriamente vamos ser fodidos, mais cedo ou mais tarde. As melhores gajas limitam-se a escolher quando querem e o que querem. E se nos pomos a armar em espertos... arranjam mais gente que as ature. E melhor, até, se for preciso. Infelizes de merda, as únicas gajas que se rebaixam nunca nos enchem as medidas. Provavelmente por se rebaixarem. Merda de ciclo estúpido. É que os peões somos nós. Por muitas tácticas que elaboremos, por muitas tentativas criativas, dá sempre merda. Por muitas gajas que pensamos que arranjamos ou temos, elas, as boas, têm sempre o triplo dos gajos. E mandam-nos tão depressa foder como nos fazem vir. Putas de merda, quando querem são mesmo cabras. Nós aguentamos. Que remédio. Ter boas não é para todos. E mesmo que sejam putas, andar com gajas boas é sempre bom para a reputação... se ninguém souber que são putas. Ou então ficamos com fama de putanheiros ou levianos. É como eu digo, estamos desgraçados de qualquer maneira. Ás vezes perco-me a pensar se como me pensam é como me sou. E não é. Nunca é. E penso sempre, depois, como vou ser daqui a uns anos. Vou ganhar juízo, constituir família e ser podre de rico. No fim de todos estes pensamentos, lembro-me que não imagino como vou ser, imagino sim como gostava que fosse. Tirando a parte do rico, isso tenho mesmo de ser senão dou um tiro na testa, foda-se. É tudo uma questão de relatividade. No fundo, no fundo, estamos todos condenados a sonhar alto. Só para ver quem consegue cair do sítio com maior altitude.

sábado, 2 de junho de 2007

Porcamente parca.

Estás parca em palavras hoje. Parca? Pronto, detesto ter de explicar vocabulário. Parca, porca, não sabes o que é? Vou ver se arranjo um exemplo com um bocado de piada... Hoje estamos parcos em actividade sexual. Dois em um, ensino-te e armo a teia, que tal? Ai que engraçadinho... Pronto, já percebi... Mas será que percebeu o quê? O que quer dizer parca ou que quero festa? É que se só percebeu a parte do parca... está parca em percepção. E vou ter de continuar a lançar a rede até que ela perceba. Ou se deixe de merdas e baixe a guarda. Geralmente costuma ser a segunda, mas esta tem cara de sonsa. Daquelas que enerva. Que dá vontade de enfiar um estalo. São como os bebés quando nascem... têm de levar uma lapada no rabo para arrebitarem. Com as sonsas isso não resulta, mas dá vontade de experimentar. Então no rabo, ui. Imagino-me a dar-lhe um estalo. Ai o que me ia rir com a reacção dela. Primeiro de espanto, depois de revolta. Depois, com sorte, fodia-me à porrada. Era uma alegria. Ao menos deixava de ser sonsa. E já dava vontade de lutar por ela.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Intensity

Puxo-te os cabelos e grito-te bem alto o quanto te amo, obrigo-te a implorar por mais e cravo-te as unhas nas costas, com força, até fazer ferida e sair sangue. Deito-te na cama e mordo-te o pescoço, qual vampiro sedento, domino-te os membros e deixo-te fragilizada. Arranco-te a roupa com violência, meia rasgada, meia sangrada. Olho para o teu corpo nu e rio-me na tua cara, empresto-te mais umas lapadas na cara e nas costas, maltrato-te como bem me apraz e deixo-te ali, despida, sem força. Olho para ti e volto à carga, abro-te as pernas e penetro-te com a maior intensidade que já sentiste. Mal te consegues mexer de tão fracos que estão os musculos. Só te obrigo a gritar, cada vez mais, cada vez mais alto, e cada vez com mais sentimento. Amas-me, dizes tu. E em troca deixo-te mais umas marcas no corpo. Faço de ti o que me apetecer e nem a protestar tens direito, não estivesse a tua boca já cheia de feridas de alguns golpes ali disferidos. Pego-te pelos cabelos encaracolados, faço-te arrastar nesse estado lastimoso, prendo-te os braços e penetro o mais fundo que consigo! Contrais-te completamente, o que te dá direito a mais açoites e outras regalias. A sensação de prazer é tão fugaz como um arrepio numa tarde de verão, já que é apagada prontamente pela dor (ou será até aumentada?). Ponho-te nas posições que mais prazer me dão e ainda me dou ao luxo de me aproveitar de algumas que sei que detestas, só pelo prazer de saber que não gostas. Tudo sem nunca te dar descanso, afinal de contas estás ali é para me dar prazer, nada mais! O fim está próximo, mando-te então de encontro a uma parede áspera, ficando de costas para mim, zorrando-te no granito como lixa, e dando-me cada vez mais prazer. Vais morrer ali, e eu vou apenas ficar a rir, ao ver-te indefesa. Recolhes-me dentro de ti, vais perdendo a força nas pernas, deixas-te cair, devagar e ficas ali, deitada, de olhos semi-cerrados, a olhar para mim com olhos de piedade. Piso-te, indiferente, enquanto me dirijo às minhas vestes. Olho para ti uma última vez, com o maior desprezo que consigo, insulto-te e dirijo-me à saída. "Amo-te", disse-lhe eu. E nunca mais a vi.

Trair?

Vou dar uma sugestão a todos que visitam este singelo espaço cibernáutico. Quando quiserem trair, ou quando já tiverem traído e vos der a infeliz ideia de contar à vossa cara metade o sucedido... para além de se cobrirem de merda e usarem um nariz de palhaço, façam esta introdução teórica: (Momento histórico neste blog, vou fazer um (na verdade, dois) parágrafo(s). Sim, a verdade é que eu sei o que é um parágrafo, só não gosto de os usar)

Sexo é parte natural da vida e foder com outras pessoas não é trair o compromisso que tens com outra e devia parecer assim, natural, aos olhos de todos. Um compromisso não está assente na cona e no caralho. Para entenderes isto deves fazer um paralelismo com a amizade e perceber que, tal como não tens que ter um só amigo, não tens que foder com uma só gaja. Claro que devido à típica educação (cristã) que levas, o conceito monogâmico é-te ensinado com uma lei humana. O que não é verdade, até porque este conceito apenas ganha força com o aparecimento do próprio cristianismo. O próprio título deste post é indicador da lavagem cerebral que é feita a todos: "Trair?". A pergunta já implica que traição (neste caso, foder com outro que não a pessoa com quem se tem a relação) é algo do demónio e anti-natura, que apenas alguns praticam. Traição é assumido como um pecado, quando deveria ser uma escolha como religião ou um par de chinelos. A pergunta correcta a fazer é: Acreditas na poligamia? Eu acredito.