terça-feira, 19 de junho de 2007

Fases

Ja vinha toda lançada outra vez, depois de tanta merda. Foi logo, não venhas de garfo que o jantar hoje é sopa. A cara de estúpida. Depois lá cai na real. Tens razão, tenho sido uma merda. Merda é puta, em femininês. O bom da fartura é que podemos dar cortes a quem nos apetece. Em tempos de fome é que já somos mais cordeirinhos. Já em tempos fortes é quem mais nos confunde com uma semi-automática, sempre a disparar. Porca ali, fode-te acolá. Desde que haja quarto onde dormir o mundo pode ir dar uma curva que ninguém se importa. Podes-te ir foder, se fazes favor? Olha, e ires para o caralho, ja experimentaste? Ouve, um segredo, pela última vez, fode-te. É tudo na boa. E como a maré é tão boa, com sorte elas até engolem o orgulho e nem ligam nada àquilo. Há alturas assim. Depois há outras. Em que nem falar conseguimos, quanto mais mandar foder. E foder então nem entra na equação. É nestas alturas que nos arrependemos das que mandamos foder. Das que desistiram de nós por sermos esquisitos, ou complicados. Ou, na maioria das vezes, porque nos acham uns parvalhões fodidos por a termos insultado da cabeça aos pés antes de as despachar. E passamos meses a peguntar a nós próprios o porquê de sermos estúpidos, a amaldiçoar a nossa sorte. É um paralelismo simétrico, a curva ascendente de uns tempos é a descendente de outros. Com tanta oferta um gajo parece uma cona, com pouca parece uma pila esgaziada. Por isso é que convém andar com o balanço na ordem, para bem da sanidade mental. E genital.

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