quarta-feira, 6 de junho de 2007

Banalizações

Não te cansas de levar sempre com as mesmas histórias? As mesmas bocas? A maneira de galar é sempre a mesma, não sei como é que te pode fascinar. Juro. A mim chateava-me. A ti encanta-te. É preciso estar muito necessitado. Senão que justificação teria uma relação a nascer das mais batidas linhas de engate? És assim, e és aquilo e mais não sei o quê, e não eras capaz de fazer aquilo comigo porque és assim, ai por favor, és mesmo pascácia, fogo, então tu não sabias que aquilo era assim, que coisinha estranha. E aos pouquinhos cede-se, como sempre, até chegar o dia em que a fama de puta te cole de vez. Uns tempos tentei andar no engate como te engatam a ti. Parecia um coitadinho. E sentia-me mal comigo próprio. Mas contigo resulta. É preciso ser muito estúpida. Já disse, não me atrais, nunca seria capaz de ter qualquer coisa que fosse contigo. É daquelas certezas que se tem desde que se nasce até à morte. Podias vir numa bandeja. E vinhas, já sei como és. Ou acho que sei. Ninguém conhece ninguém perfeitamente até uns bons tempos de vida partilhada. Conheço-te de vista, de conversa, de cafés, de noites... Vendo bem, mal te conheço. Mas conheço-te mal o suficiente para acertar em tudo o que digo. E se acertar em tudo o que digo, isso faz de mim um bom conhecedor teu? Faz. A ti já te topei. Posso dizer a ti e ao mundo como és em quatro palavras: Não vale(s) um caralho. Pessoas que se conhecem...

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