domingo, 10 de junho de 2007

Ramificações.

Isto não dá para mim. Já provei e já nadei que chegue por estes lados para dizer que preferia a outra margem. Nem é por ser mau. Porque não é. De todo. Mas falta qualquer coisa. E o estar à espera de nada nunca foi o meu forte. Ás vezes ponho-me a pensar porque faço isto. Qual é o objectivo que me leva a andar aqui, assim, meio perdido, meio encontrado. Caso não tenham reparado, estou a ser vago, para que não saibam o que realmente me vai na alma. Provavelmente porque não vai nada. Ou então vai e vou andar a escrever até me cansar e vocês vão acabar de ler este post sem fazer a mínima ideia do que se passa. Vejo-me longe de ter algo que goste. Daquelas coisas que uma pessoa tem e chega ao fim do dia a pensar que não pedia mais nada. É isto. Isto é o que eu sempre quis. Mas há dias em que pensamos mesmo assim. Nos dias em que temos a melhor nota da faculdade, em que todas as gajas que passam nos levantam o ego, em que damos a melhor foda até ao momento ou até nos dias em que simplesmente nos sentimos bem sem motivo nenhum. Sei lá, talvez sejam dias tão bons por serem tão raros. Mas que raio de regra é essa que inventaram que só podemos dar um valor inestimável ao que é raro? É raro dizer amo-te e não dou valor nenhum a isso. Prefiro um és um gajo do caralho ou algo mais original. Anti-clichês. Aliás, dizer amo-te é ridículo. Principalmente quando é sentido. Já o disse umas vezes e nunca teve grandes resultados, acho que vou parar de fingir que amo. Já amei e não disse e também não teve. Abdicar do amo-te é subir um degrau na escada da maturidade, já me apercebi disso. Sobretudo quando meio mundo diz amar a outra metade. Imagine-se eu amar tanto quem amo como a Joana ali do fundo da rua ama a Catarina do 3º direito. E elas nem se dão bem por aí além. Ás vezes saem e metem frases giras no nick do MSN a dizer que são irmãs. Por acaso já vi a mãe da Catarina na noite umas vezes. Para além de podre de boa, já deve ter rodado o pai da Joana, que é rico e tem pinta de engatatão. Era uma ironia do destino do tamanho da Ásia que elas fossem mesmo irmãs. Eu ria-me. Elas choravam. E passavam de melhores amigas (que não eram) a putas (que também não eram). Conseguem escrever algo que fuja tanto do assunto principal como eu? Nota: não escrevam de madrugada.

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