quinta-feira, 14 de junho de 2007

Tudo é pouco.

Sabes quando dizemos que fazíamos tudo por uma pessoa? É nessa altura que mentimos. Mas também é nessa altura que estamos mais próximos de acreditar que o que dizemos é mesmo verdade. Embora não o seja, reafirmo. Se mentisse desta forma, era por ti. Sem grandes dúvidas. Fazia tudo por ti. E digo-o com consciência que é a mentira mais pequena que alguma vez disse. Depois era preciso acreditares. Essa é a segunda fase. Acreditar em mentiras nunca foi algo fácil de se fazer, embora seja normal tal fenómeno. Uma mentira por dia, nem sabe o bem que lhe fazia. Devia ser a dose diária recomendada pelos neurologistas. Eu não acredito quando me dizem que fariam tudo por mim. Para começar, por ser mentira (óptimo raciocínio). Depois, na hora da verdade, todo o mundo falha. Um bocado à semelhança daquelas cenas, nos filmes, em que tal pessoa vai levar um tiro e o(a) companheiro(a) se põe à frente. Eu admito ser egocêntrico o suficiente para saber que nunca faria tal coisa por ninguém. E admito também que saber que nunca o faria e dizer que o faria, a pessoas como tu, me custa. Mas é a forma que arranjo para te dizer que o que te dou não chega. Nem chega o que me dás. Só o tudo chegava. E é a mentir que te digo, repetindo-me até que acredites, por ti... faria tudo.

3 comentários:

Clara Mafalda disse...

antes achava que fazer tudo por uma pessoa era apanhar o comboio ate ao fim do mundo e voltar no da manhã seguinte. hoje não sei se há mais esse itenerário
*

Anónimo disse...

Parabens pelo texto! E pelo blog, claro. Gostei de te conhecer esta veia =)

Beijo*

Unknown disse...

Oh, obrigado Daniela.. volta qd apetecer :) *