sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Hi there

Hmm, duas coisinhas. Primeiro... foda-se! Quatro mil visitas, vou ter de parar de fazer posts a cada mil visitas senão mal tenho textos para os intercalar. Mais uma vez o meu obrigado, nunca é de mais. Segundo, quero participações na nova votação, tenho explorado pouco o tema, com dados objectivos torna-se mais fácil. Relembro, mais uma vez, que a votação é anónima, não há forma de ninguém saber quem votou o quê. Incluindo eu, como é óbvio. Ah, última nota, não incluí a opção "Já trairam comigo" porque tiraria a importância à questão central do problema, ou seja, faria com que a necessidade que meio mundo se tem em afirmar como alpha male para cima da outra metade eclipsasse os podres interiores a serem revelados.

Beijinhos e abraços à tripulação.

Let it go

Tenho um medidor qualquer dentro de mim que quando se enche de lamechice tende a ter de exportá-la a qualquer custo. Geralmente uso o blog, outras vezes disparo para onde estiver virado. É o dar e receber em défice a dar de si. Tenho medo que por muito que dê ou/e receba nunca chegue a ser demais. Nunca estiveram um dia inteiro com quem mais vos interessa e chegarem ao fim do dia a querer mais? É estranho, esta tendência que temos a querer maximizar o bom que tiramos das relações. Parece um atalho sinuoso à destruição do que presamos. Sonho muito, constantemente até. E do sonho à ilusão é um passo tão pequeno como incerto. Tenho para mim que é no sonho que nasce metade da asneira que fazemos numa vida. Acusar quem não fez, magoar quem não merece, sei lá, o rol é enorme, todo o mundo o vive. Quando escrevo de coração cheio não articulo bem as palavras, é como se a necessidade de dar algo ao papel se sobrepusesse à necessidade de o fazer em português. É um paralelismo perfeito! Quando temos tanto para dar que mal o conseguimos segurar, mal há oportunidade nem sabemos como começar nem continuar. Se vissem o aspecto desta folha de papel... as letras são quase ilegíveis, estou a tremer e não é de frio. Hmm, suponho que o facto de ir dormir agora seja bom. Se te encontrasse agora ias ter uns momentos bem complicados, a levar com tanto...
amor. Chamo-lhe assim.

domingo, 25 de novembro de 2007

Once upon a time

Parte fundamental para engraçar com alguém? Sentido de humor. Impossível imaginar-me a estar com um cubo de gelo, sempre odiei o frio. Foi assim que me entraste pela vida dentro, com esse sorriso que faz rir a mim e a meio café e com esse espírito sempre disposto a tirar-me as amarguras que andam cá por dentro de vez em quando. Fazias-me sentir bem, especial... acho que qualquer pessoa gosta disso. E eu nao fujo, de todo, à regra! Companhia como já não tinha fazia uns tempos, chegaste na altura certa e carregaste nos botões precisos. Principalmente no do carro, quando o desligaste e ficamos no bem bom, umas belas horas, a ouvir rádio e a deixar o desejo apoderar-se de nós. Estavamos os dois a ver quem o aguentava menos. E quem menos queria saber disso. Estávamos bem, e enquanto assim estivessemos ir dormir era uma perda de tempo. A não ser... que fosse para recuperar forças. Qual bonito par, fomos o suporte um do outro por uns bons tempos, quase tão bem aproveitados como recordados. Temos um sofá com o nosso nome gravado e uma barreira temporal assinada por baixo. Quando nos apetecer podemos ir lá buscá-la, não custa nada, está ao alcance da memória. Dois dedos de conversa e estamos lá. Ainda dizem que viajar no tempo é impossível...

Just ask

Ás vezes apanho uns sorrisos que cativam a sério. Ficam tão gravados aqui dentro que para me ver livre deles é um trabalhão. Posso me apaixonar por sorrisos à vontade visto que não há perigo da relação se deteriorar, afinal uma discussão entre mim e um sorriso não terá um final lá muito imprevisível. Houve uma pergunta feita numa série que ando a ver que me parecia feita a mim. Até porque a personagem em questão nunca chegou a responder. How fucked up are you? E o silêncio abateu-se. E a verdade é que quem ficou a pensar na resposta fui eu. Geralmente, quando me sinto extremamente confiante tento agarrar-me com tudo a esse momento porque já sei que é uma questão de tempo até tudo se eclipsar, daí que a relatividade dum fucked up seja enorme. Considero-me fucked up quando a vontade para fazer o que quer que seja para me mudar for... nula. E as vezes em que tal acontece não são tão raras assim. Se calhar o que sinto não é aquele estado de espírito de merda que parece assolar grande parte de nós, talvez me falte é quem me faça perguntas como aquela. Quem veja por trás dos sorrisos cativadores e consiga ver que andam ali arestas por limar. E era no próximo parágrafo que entravas tu e perguntavas, com ar descontraído e completamente desprovida de perconceitos, How fucked up are you?. Isto, claro, se fosses de quem eu estou a falar.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Estradas perigosas

Quando me tomaste de assalto nunca percebi bem o que me aconteceu. Pelo menos nessa noite. Às vezes aparecem raparigas como tu. Até gosto... mas não gosto. Ter uma rapariga a fazer o papel que um gajo vulgarmente tem de fazer (leia-se, garanhar e tudo a que isso obriga), é tanto um realizar dos pedidos feitos ao longo dos anos, como... um descomunal descréscimo do desejo. Mesmo que inconscientemente, acho que qualquer gajo perde sempre uma certa pica com uma gaja que se faça à grande. Não é que seja de declinar a oportunidade, mas ok. Vendo bem as coisas, lá terei de voltar à tal questão do equilíbrio. É que se repararmos bem, tudo, mas mesmo tudo o que interage connosco tem de estar em equilíbrio, senão cansa, desgasta ou, simplesmente, não serve. É bom ter alguém a galar-nos, quanto mais não seja para nos subir o ego, mas até que ponto é bom dar bola a alguém assim? É que a nossa privacidade pode ficar seriamente afectada caso tenhamos tido a sorte de apanhar alguém com a mania da possessão por algo que nem sequer lhe pertence. E isto é só um exemplo! O telemóvel vibra mais numa semana que no resto do mês, a caixa de entrada de e-mails entope, sei lá. O cenário pode ser hiperbolizado, como é lógico, mas o perigo está lá. Isto tudo para sintetizar que a racionalidade é um sensor a ter sempre alerta quando ficamos desprotegidos em relação a um possível... vá lá, perigo. Perigo, engraçado o termo, há por aí muita gente que vive para arranjar um bocado de perigo.

Boa noite.

Não conseguia estar longe nem mais um segundo. Juro, estava a dar em doido. Tive de vir. Não quero que continuemos esta guerra sem vencedores, vamos sair desta porta e gritar os dois vitória. Não imaginas as saudades e a falta que me fazes. O que passou já era, vamos fazer da história que passou um prefácio do nosso livro, ainda temos tanto para dar! Daqui a uns anos vais querer olhar para trás e pensar se teria valido a pena? Eu hoje disse não e estou aqui para te levar comigo nesta resposta. Não vai ser esse refúgio que te vai livrar dos males da vida, mais vale lutares contra 20 adversidades comigo que contra 5 sozinha! Dá-me a mão que os meus dedos já quase se esqueceram ao que sabe a tua pele. Para não falar nos lábios que guardaram em segredo cada movimento do último beijo. É estranho, sabes, acordar sem ti ao lado. Mesmo nos dias em que acordavas mal disposta e o nosso bom dia era uma discussão conjugal à moda antiga, era nesses momentos que olhava para o tecto e sorria. Sorria de alegria por poder discutir com alguém assim, como tu. Por isso anda comigo. Vamos passear de mão dada, rir, chorar, discutir e amuar. E no fim vamos para casa, porque o nosso quarto está de luto desde que o deixaste. E assim me pintou o coração.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Conjugar filosofar

Acho que a tal lei que diz que na Natureza tudo tende para o equilíbrio é um bocado treta. Muitas vezes sinto-me um completo desgraçado e é raro sentir-me um gajo afortunado. Se calhar há outro alguém que se sente muitas vezes um gajo afortunado e raras vezes desgraçado. Se isto estiver certo, estou perdido! Condenado a um fiasco de vida. Depois admiram-se que um gajo se agarre com unhas e dentes às poucas oportunidades que tem de ser feliz... Deve ser por isso que sou malandro, o meu interior já aceitou o facto de a natureza não me ter brindado com o lado positivo do ying-yang, daí a resignação ser o caminho mais prático. Estou a brincar - na parte de ser malandro. Estou a brincar mas já me acusaram disso várias vezes. Eu, um trabalhador incansável no que toca... ao que me interessa. Um pouco como todos. Então, veja-se, por exemplo, numa relação, não me importo de trabalhar para que as coisas corram bem. Nunca fui muito de orgulhos inquebráveis (lógico que andar com o burro às costas também não serve), sempre defendi que um bocado de cada um é mais que suficiente. Ás vezes dá-me uma nostalgia doida de certas alturas. Fico perdido em pensamentos, completamente absorto. Depois acordo e sorrio. Sorrio sempre. Com o tempo todos aprendemos que é impossível mudar o passado e que mais vale tratar de melhorar o futuro. Eu aprendi, de uma forma ou de outra. O tal equilíbrio negativo que a Natureza nos reserva deve servir para isso mesmo, para nos ensinar.

Descrições

Não aguentando mais a espera que parecia infinita o cruzamento de olhares impulsionou a aproximação; as respirações confundiram-se e os lábios tocaram-se selando a união num beijo sentido e desejado. Luís deixa que as suas mãos se precipitem para o fundo das costas de Joana, contorcendo-a involuntariamente, e encontra a sua pele de seda por baixo da camisola de lã. Viaja com os dedos, distâncias de prazer por entre poros esculpidos aleatoriamente, crava as unhas na pele e alia a dor ao prazer, enquanto que a outra mão envolve a nuca e percorre o rosto com amor. Joana deixa-se encostar ao sofá observador, deleitada com aquele mundo novo, enquanto que novos caminhos lhe são mostrados, um a um. Sente já as contracções que o seu corpo sofre com o toque na barriga, que é percorrida sem piedade, saboreando cada milímetro de pele como se fosse único, variando entre a carícia leve, o arranhão carinhoso ou o toque com a língua, sempre desconcertante, que faz com que Joana se veja na necessidade de retribuir, caminhando pelo peito de Luís, sentindo a caixa pulmonar a variar de tamanho cada vez mais depressa, directamente proporcional ao desejo e intensidade do momento. O confidente sofá ajeita-se, fazendo com que Joana se sente no colo de Luís, de frente para ele, beijando-o incessantemente, como se do último minuto de vida se tratasse. Um movimento de corpo começa a desenvolver-se, é um constante balançar que os leva para outros campos - "Apetece tanto!" pensam ambos -, mas aguentam-se, enquanto se exploram mutuamente. Luís percorre a barriga desnudada, continuando o ritual de prazer até chegar ao peito, apenas protegido pelo usual soutien, que é desembaraçado, fazendo com que a explosão de prazer se consume. Subindo a camisola, Luís aprecia como é belo o amor, recíproco, que se respira naquela sala! Os seios, agora nus, vão de encontro aos lábios desejosos, enquanto são beijados e acariciados, entre língua e dedos, vale de tudo um pouco, na busca de dar e receber maior prazer! Os olhares cruzam-se, um sorriso aparece no rosto de ambos, um "És tão linda..." solta-se para a atmosfera iluminando o momento.
"Ensina-me uma coisa gira", sussurra-lhe Joana. Estão já lado a lado, abraçados ao momento, quando a mão de Joana desliza pela barriga de Luís, ao passo que os lábios segredam "É tão fofinha... apetece comer...". Continuando o trilho, a mão desliza ainda mais, sendo agora a vez de Luís se desorientar completamente. "Vais ter de me ensinar...", e as mãos fundem-se, na busca do aperfeiçoamento do prazer mútuo, Joana a aprender a dar e Luís a aprender a receber. Estão já eufóricos, Joana acaricia o sexo de Luís enquanto o beija, de forma louca e intemporal, conhecendo-lhe toda a boca e língua, para nunca mais a esquecer, enquanto este se deixa levar pelo prazer e viaja por mundos mágicos, sempre muito bem idealizados, nas histórias que imaginava de momentos como aquele. Luís sente a necessidade de retribuição e estabelece uma simetria corporal perfeita entre eles, avançando para o sexo dela também, com um "Também me tens de ensinar..." impulsiona Joana a fundir mais uma vez a sua mão com a dele e indica-lhe o caminho certo para o prazer máximo. O cenário é agora louco, enquanto se acariciam mutuamente, beijam-se como se de um amor impossível se tratasse. O momento perpetua-se, enquanto vai perdendo intensidade... até à exaustão, quando os beijos loucos se transformaram de novo em beijos amorosos. A serenidade.
Levantam-se passado um pouco, mas, mal o olhar se cruza novamente, a vontade de beijar volta a ganhar força e perdem-se mais um pouco, deixando-se levar mais um vez. "Anda aqui", sorri-lhe Luís, pegando nela e enconstando-a à parede, prendendo-lhe os braços, abertos, e percorrendo-a com os lábios, de uma forma carinhosamente brusca, sabendo que o sentimento de impotência de Joana confere ainda mais prazer a ambos. Solta-lhe os braços e ficam bem juntos, tão juntos que nem um simples átomo seria capaz de atravessar a distância que os separava. Num impulso, Luís vira Joana de costas para ele, pegando esta nas mãos dele, colocando-as na sua anca, "Vês... era assim, o sonho...". Segue-se um abraço sentido. Joana sente-se protegida naquela posição, Luís parece embalá-la no interior do seu abraço, fazendo com que nada nem ninguém a possa magoar naquele momento. Joana vira um pouco o rosto e beijam-se pela enésima vez naquela noite. Luís percorre mais uma vez a barriga... subindo aos seios, sedentos de um toque de amor, ali proporcionado. Uma das mãos cede à força da gravidade e deixa-se cair até chegar onde ambos desejavam, o sexo, novamente. O momento é novamente louco, os corpos balançam como se quisessem algo mais, algo que não chegava nunca mais. Joana empurra Luís contra a parede novamente, onde, ainda de costas, o excita, comprimindo o seu corpo contra o dele. Afasta-se um pouco, mas retribui de pronto essa distância com uma mão que viaja novamente ao expoente máximo de prazer masculino. O prazer tende a intensificar-se cada vez mais, de forma descontrolada. Estão já fora de si, não há já grande domínio. Estariam ali uma vida inteira se algo não os fizesse parar. A intensidade é tal que Joana se vira para Luís e procura o seu ombro, sempre presente, e agora... Agora, silêncio. Silêncio, para sempre.



Este estava perdido no disco, escrevi-o à cerca de ano e meio, decidi mete-lo aqui, acho que nem tudo o que cá vier parar tem de ser obrigatoriamente criado na hora... Texto muito hardcore, eu sei, mas enfim, só lê quem quer. Outras histórias.

Correrias

Isto é tortura, ter de estar aqui atrás de ti, assim colado, sem poder passar a linha por causa de Deus nosso senhor sabe quem? Raio de concerto de merda. E eu até que gosto destes gajos. Não continues tão colada que ainda solto o animal que há em mim. Mãozinha na anca, por baixo da camisola, faz aqueles truques que aprendeste no cinema - como diz o Pedro Abrunhosa. Estamos em sintonia. A noite adivinha-se longa até podermos extravasar o que nos vai na alma. Culpa tem a mania de fazer de guia aos visitantes. Dorme tudo lá em casa? Dorme! E tu? Também. Eu sei. De um lado para o outro, copo ali, copo acolá, tudo parece longe e tudo parece mau. Bom bom era ir embora, isso é que era. O concerto acaba mas a festa não. Mais uma eternidade gasta em ir "ali ao canto". Arrgh, vamos embora e é já. E fomos, com a noite meia abortada clandestinamente. Não se perdeu nada, acreditem. É daquelas noites que mal saio me arrependo e dava meio PIB para ter tomado outra decisão. Chegamos a casa, a felicidade. Dorme tudo na sala, vamos ficar aqui um bocado no paleio? Siga lá então. Luzes apagadas, chega cá que as tuas amigas não me podem ver contigo. E falam, falam, falam... e nós já vamos longe da conversa. Adormecem todas, vamos sair daqui, fecha-se a porta da sala, os quartos são nossos. E tu és minha. E eu sou teu. E nem há joguinhos de beijos fofinhos nem toques de amor, é arrancar-te os lábios com fome de ti e arranhar-te a pele para me gravar em ti. O desejo é tanto que o corredor é demasiado estreito para nós. Foge para o quarto senão ainda nos ouvem. Adeus adrenalina, bom dia prazer extremo. Que quarto simpático, só para nós. Fecha os estores que o sol está para nascer, vamos fazer desta noite algo muito especial.

Dias.

Tenho para mim que existem dois tipos de dia que a memória melhor guarda. Os muito felizes e os muito tristes. E temo que grande parte desses dias estejam relacionados com o sexo oposto. Por exemplo, um dos dias mais felizes da minha vida foi quando tirei carta (porque todo o mundo me dizia que eu não ia conseguir, porque não estudava). O que é que isto tem a ver com o sexo oposto? Quem me passou no exame era uma senhora - se sou estúpido? Na. Hmm, mas tirando este vagueio, é bem verdade que a maioria das grandes recordações tem a ver com casos bonitos ou feios. O beijo que marcou, o namoro mais bonito, a surpresa especial, por aí. Tenho um dia que considero o dia mais bonito da minha vida. Teve de tudo um pouco e um pouco de tudo. Alegria, amigos, música, festa, cumplicidade e amor, muito amor. Foi como pedir um quadradinho de chocolate e darem-me um inteiro. Foi o maior dia do ano, visto que acordamos de manhã cedo e só adormecemos na tarde seguinte, por falta de força de pálpebras. Foi o maior dia do ano mas não foi por ter acabado quando adormecemos, foi porque foi a partir daí que resumiste a minha vida a um dia. Acordei quando te conheci e vou adormecer quando te deixar.

To wrap

Apaixonei-me por uma palavra inglesa. Wrap. Ainda à pouco apareceu numa música dos Live que passou aqui. A frase era... Wrap your legs around me. Pronto, tinha de ser um bocado hardcore, mas não tira a beleza à palavra. Ter umas legs "wrapadas" em nós é uma sensação de carinho, eu acho. É tão aconchegante que por vezes nem apetece dar o passo seguinte e ficar perdido, ali, feito bebé. Pronto, se calhar não é bem assim, mas é bem agradável. E, que me lembre, quando era bebé a minha mãe nunca wrapou as legs na minha pessoa, logo, a expressão "feito bebé" também não ganha muitos pontos. O que quero dizer, com tanta merda em tantas linhas, é que sou fã dessa colocação corporal. Não estou (já) a falar do acto propriamente dito, um abraço sentado numas escadas ou num sofá serve perfeitamente. Uma conversa lábios nos lábios não é bonito? Sentir a respiração a misturar-se no pouco espaço que separa as bocas. Fazer aqueles joguinhos de ir falando e tocando os lábios como se fosse puro acaso. Olhinhos para baixo que o contacto visual tira um bocadinho de magia. Perfeito. Quando se fartarem beijem-se como se não houvesse amanhã. É isto que a gente leva desta vida, recordações e momentos, fruto da nossa criatividade. Cada um com o seu segredinho, cada qual com o que a vida tem de melhor.

Bubblegum (Lips!)

Cada vez mais me convenço que somos meros peões nos jogos furtivos das gajas. Afinal de contas, já dizia o ditado escocês, pipi rules the nation - não sei onde fui buscar isto. Mas é que vendo bem é bem verdade, o poder está quase todo centrado em vocês. As relações gajo-gaja são uma semi-anarquia bem camuflada de democracia quando assim convém... ao Rei - leia-se, vocês! Se numa argumentação mais agressiva têm de arranjar maneira de fazer com que as tarefas sejam iguais para os dois, é uma democracia (a tal igualdade...), na esmagadora maioria dos casos, simplesmente tem de ser tudo feito à vossa maneira. Ora, expliquem-me então como é que alguém com tanto poder entre as pernas consegue subjugar-se por vezes ao mais ridículo do deputado pobre do PCP (sempre gostei do PCP, ninguém vota neles a não ser os velhos alentejanos e eles lá se vão aguentando com isso)! Porque a verdade é uma, vocês podem muito bem escolher o gajo muito mais facilmente do que nós escolhemos a gaja - infelizmente é o mundo cão em que estamos. É como andar metido com alguém e não apetecer mais. Adeus e está arrumado o caso. Somos umas pequenas pastilhas elásticas no mundo do desejo sexual. Masca-se, se é bom continua-se, se não deita-se fora. Embora, claro, todos saibamos que uma pastilha elástica não é um alimento que se dilui pelo organismo, é mais que certo que vai chegar a hora em que o sabor se vai esvair. Ciclos.

Interregnos

Afortunados aqueles que não perdem neurónios na latada. Coimbra não perdoa a quem cumpre a tradição, fritam-nos os cérebro e marcam-nos frequências ao mesmo tempo. Nós aguentamos! Não se lembram é que há gente que tem blogs para actualizar e assim fica difícil! De qualquer modo, o saldo é bem positivo. Agora, muito descanso (mais?) e vamos lá ver se meto o barco a navegar outra vez a boa velocidade. Cof. (Este "cof" é porque fiquei constipado, apenas)