Tenho um medidor qualquer dentro de mim que quando se enche de lamechice tende a ter de exportá-la a qualquer custo. Geralmente uso o blog, outras vezes disparo para onde estiver virado. É o dar e receber em défice a dar de si. Tenho medo que por muito que dê ou/e receba nunca chegue a ser demais. Nunca estiveram um dia inteiro com quem mais vos interessa e chegarem ao fim do dia a querer mais? É estranho, esta tendência que temos a querer maximizar o bom que tiramos das relações. Parece um atalho sinuoso à destruição do que presamos. Sonho muito, constantemente até. E do sonho à ilusão é um passo tão pequeno como incerto. Tenho para mim que é no sonho que nasce metade da asneira que fazemos numa vida. Acusar quem não fez, magoar quem não merece, sei lá, o rol é enorme, todo o mundo o vive. Quando escrevo de coração cheio não articulo bem as palavras, é como se a necessidade de dar algo ao papel se sobrepusesse à necessidade de o fazer em português. É um paralelismo perfeito! Quando temos tanto para dar que mal o conseguimos segurar, mal há oportunidade nem sabemos como começar nem continuar. Se vissem o aspecto desta folha de papel... as letras são quase ilegíveis, estou a tremer e não é de frio. Hmm, suponho que o facto de ir dormir agora seja bom. Se te encontrasse agora ias ter uns momentos bem complicados, a levar com tanto...
amor. Chamo-lhe assim.
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Há 3 anos
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