sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Conjugar filosofar

Acho que a tal lei que diz que na Natureza tudo tende para o equilíbrio é um bocado treta. Muitas vezes sinto-me um completo desgraçado e é raro sentir-me um gajo afortunado. Se calhar há outro alguém que se sente muitas vezes um gajo afortunado e raras vezes desgraçado. Se isto estiver certo, estou perdido! Condenado a um fiasco de vida. Depois admiram-se que um gajo se agarre com unhas e dentes às poucas oportunidades que tem de ser feliz... Deve ser por isso que sou malandro, o meu interior já aceitou o facto de a natureza não me ter brindado com o lado positivo do ying-yang, daí a resignação ser o caminho mais prático. Estou a brincar - na parte de ser malandro. Estou a brincar mas já me acusaram disso várias vezes. Eu, um trabalhador incansável no que toca... ao que me interessa. Um pouco como todos. Então, veja-se, por exemplo, numa relação, não me importo de trabalhar para que as coisas corram bem. Nunca fui muito de orgulhos inquebráveis (lógico que andar com o burro às costas também não serve), sempre defendi que um bocado de cada um é mais que suficiente. Ás vezes dá-me uma nostalgia doida de certas alturas. Fico perdido em pensamentos, completamente absorto. Depois acordo e sorrio. Sorrio sempre. Com o tempo todos aprendemos que é impossível mudar o passado e que mais vale tratar de melhorar o futuro. Eu aprendi, de uma forma ou de outra. O tal equilíbrio negativo que a Natureza nos reserva deve servir para isso mesmo, para nos ensinar.

3 comentários:

Clara Mafalda disse...

eu continuo a achar que o equilibrio está em nos e nao na natureza, de uma maneira ou de outra, é de nos que ele vem e é dele que a natureza depende. ela só existe para nos fazer resignar e alentar que 'amaha será um dia melhor'. amanhã ...

eu cá quero que seja hoje!
:)*

Ela que veio da espuma do mar... disse...

" Com o tempo todos aprendemos que é impossível mudar o passado e que mais vale tratar de melhorar o futuro."

Às vezes, perdemos essa certeza e voltamos, estupidamente, a acreditar nessa possibilidade. É como se quiséssemos quebrar a ordem natural das coisas... Lá está, depois dizemos que a Natureza é que é a culpada.

Desculpa-me a ausência! Não estás esquecido :) Beijo grande*

Ela que veio da espuma do mar... disse...

Ahhh, ainda não sabes da novidade! Eu já não ando pela cidade das 7 colinas... Um dia que estejamos online, eu explico-te melhor :p

Beijinho :)*