Quando me tomaste de assalto nunca percebi bem o que me aconteceu. Pelo menos nessa noite. Às vezes aparecem raparigas como tu. Até gosto... mas não gosto. Ter uma rapariga a fazer o papel que um gajo vulgarmente tem de fazer (leia-se, garanhar e tudo a que isso obriga), é tanto um realizar dos pedidos feitos ao longo dos anos, como... um descomunal descréscimo do desejo. Mesmo que inconscientemente, acho que qualquer gajo perde sempre uma certa pica com uma gaja que se faça à grande. Não é que seja de declinar a oportunidade, mas ok. Vendo bem as coisas, lá terei de voltar à tal questão do equilíbrio. É que se repararmos bem, tudo, mas mesmo tudo o que interage connosco tem de estar em equilíbrio, senão cansa, desgasta ou, simplesmente, não serve. É bom ter alguém a galar-nos, quanto mais não seja para nos subir o ego, mas até que ponto é bom dar bola a alguém assim? É que a nossa privacidade pode ficar seriamente afectada caso tenhamos tido a sorte de apanhar alguém com a mania da possessão por algo que nem sequer lhe pertence. E isto é só um exemplo! O telemóvel vibra mais numa semana que no resto do mês, a caixa de entrada de e-mails entope, sei lá. O cenário pode ser hiperbolizado, como é lógico, mas o perigo está lá. Isto tudo para sintetizar que a racionalidade é um sensor a ter sempre alerta quando ficamos desprotegidos em relação a um possível... vá lá, perigo. Perigo, engraçado o termo, há por aí muita gente que vive para arranjar um bocado de perigo.
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