quarta-feira, 30 de abril de 2008

Sondagem

A última sondagem foi mais do que elucidativa do povo feminino que por aqui passa, com um rácio de quase 4 meninas por cada rapaz... acho que estou mais que bem entregue. Como tal, criei uma nova sondagem, direccionada para vocês, jovens do sexo... feminino. Escolham bem, pois as opções são várias. Fui amigo. Ah, deixei também um campo para os rapazes, só para não dizerem que me esqueço de vocês. De notar que não meti a opção "Não" porque sei que não iria recolher nenhum voto. Acho que é justo. Beijinhos e abraços.

Lovin' it

As relações nascem com um único propósito: acabarem. É inevitável. No entanto, quando entro numa relação mais séria tenho a triste tendência a iludir-me. Acredito que é assim que nos vamos enganando, e enrolando, durante determinado tempo, até cairmos finalmente na realidade fria. Gajos e gajas não foram feitos para estarem juntos. Foram feitos para irem estando juntos. Sempre que o tentamos contornar dá asneira. São ciúmes, possessividades, carinhos excessivos... ou falta de algum deles. Ou tantas outras coisas. As relações são coisas muito complicadas. É preciso paciência para estarmos numa. Fazendo uma análise sucinta ás vantagens das relações... ora vejamos... carinhos (amigos e papás podem dar), falatório até não poder mais (idem), sexo (amigos tratam do assunto, alguns deles de muito bom grado), hmm... está a falhar-me alguma? Ah, sentir-se amado. Hmm, qual é o ponto de nos sentirmos amados? Faz bem ao ego? Faz-nos sentir bonitos e desejados? Digo-vos, se forem a uma aula do meu curso também se vão sentir bonitos e desejados. Sejam vocês gajos ou gajas. Se forem gajas nem precisam de ser grande coisa, se forem gajos... bem, serão provavelmente dos mais bonitos que lá debandam, logo, as rapariguinhas haverão sempre de reparar em vocês. Eu não sou grande pistola e sou, de longe, o gajo mais bonito de lá. E o mais humilde também. Continuando, acho que os maiores objectivos que procuramos numa relação podem facilmente ser circundados por ruas secundárias... o que me espanta é como é que, mesmo sabendo esta história toda, todo o mundo acaba por ir sempre parar ao mesmo. Toda a gente morre por encontrar a pessoa da sua vida, toda a gente quer um par certo. Somos todos um grande paradoxo. E eu não sou excepção.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Luas

Dizem que as coisas feitas com amor saem melhor. Tal cliché não vai tão cedo ser desfeito, mas certas almas têm o seu direito a constatar que talvez não seja bem assim. Pode ficar, isso sim, mais bonito, mais romântico... mas melhor, acho que é uma componente completamente independente. Não me interpretem mal, eu sou um apoiante fervoroso do amor. Sou um apaixonado pelo amor. Tudo que tenha amor é bonito. Mas há coisas que até funcionam melhor sem ele. Há dias em que se o Amor se virasse para mim, de malas feitas, e dissesse que ia passar um fim de semana à Noruega, eu me limitava a acenar e a mandar um beijinho. O amor não é indispensável uma vida inteira. Mas isso também não o torna dispensável no mesmo período temporal (isto porque - convém lembrar - uma vida inteira é muito tempo). Há fases para tudo, há amor para tudo e há, isso sim, pessoas para tudo. Porque quem faz do amor algo complexo somos nós, as pessoas. Pela lógica, somos ainda mais complicados que o amor. Ele, por si só, é fácil de entender. Daí o meu fascínio pelas pessoas. Uns amam que nem loucos, outros pouco ou nada, outros bem tentam... mas não há quem corresponda. É uma roda viva de vontades e sentimentos, alterados a cada dia que passa, sem grande definição a longo prazo. Hoje estamos calmos, no sofá, a ver um filme. Amanhã estaremos na queima, de olhar cerrado e movimentos lentos. É como no Amor, há dias para tudo.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Crise

Perdi a minha inspiração. Desde que criei o blog atravesso a maior crise de sempre. Estou a falar muito a sério. Já pensei em ir ao médico. Isto é grave. Não consigo pensar em nada que goste. Já escrevi uns vinte textos desde o último postado, e no fim, depois de o ler, apago-o. Tenho pena, meus amigos, mas acho que os meus neurónios estão mesmo a dar as últimas. Ando desesperado. Foi só para partilhar. Para matar o bichinho de clicar no "Publicar Mensagem".

domingo, 27 de abril de 2008

Três citações

Toda a gente devia ler isto, pelo menos uma vez na vida. Para não variar, Miguel Esteves Cardoso é chamado ao palco.


Trocaria a memória de todos os beijos que me deste por um único beijo teu. E trocaria até esse beijo pela suspeita de uma saudade tua, de um único beijo que te dei.


Quando se é feliz muito novo, a única obsessão que se tem é aguentar a coisa. Vive-se ansiosamente com a desconfiança, quase certeza da coisa piorar. O pior é que as pessoas que se habituaram a serem felizes não sabem sofrer. Sofrem o triplo de quem já sofreu.
É injusto mas é assim.

No amor é igual. Vive-se à espera dele e, quando finalmente se alcança, vive-se com medo de perdê-lo. E depois de perdê-lo, já não há mais nada para esperar. Continuar é como morrer. As pessoas haviam de encontrar o grande amor das suas vidas só quando fossem velhas. É sempre melhor viver antes da felicidade do que depois dela.


Passa de vez em quando uma rapariga numa vida, uma rapariga alta e morena, com cabelo até à cintura, que olha para trás e para nós como se nos pedisse para dizer "eu vou matar-me". E essa rapariga só precisa de um segundo, de um pequeno segredo, que nos esconde na alma, sem se importar com isso. E fica-nos para o resto da vida, presente em todos os instantes da vida, atravessada nas nossas poucas alegrias.
Arruina-nos os amores, passando pelos quartos onde estamos deitados com raparigas muito piores e olhando por cima dos ombros como se tivesse pena de nós.

Às vezes passa uma rapariga na vida que nunca mais deixa de passar, que nos interrompe e condena e encanta, sem saber o mal e o bem que nos faz e que nos fica na alma como aquelas pessoas que passam no momento em que se tira uma fotografia e passam a ser a pessoa que se fotografou.


Miguel Esteves Cardoso

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Shitalk II

I'd like to dedicate this letter to you, for making my dreams come true. Ando à anos para dizer isto a alguém, só que nunca conheci ninguém que gostasse tanto de a ouvir como eu gostasse de a dizer, por isso... nunca o disse. Há coisas que são boas de dizer. Em inglês, então, esse número triplica. A rima é fácil, a conjugação verbal ainda mais, a sequência rítmica das frases parece que bate sempre bem... não sei, há ali qualquer coisa. Quem inventou o inglês era bem menos perfeccionista do que quem inventou o português. Tantas regras, tantos tempos, tantas pessoas, pff, que prisão. Acho que é por isso que não gosto de pessoas que falem muito alto. Enervo-me. Há uma diferença demasiado ténue entre falar e chatear. Quando a conversa é muita... ou é, necessariamente, boa, ou há um grande sacrifício do meu lado para não romper com as minhas normas de boa educação. Ou então, melhor ainda, acontece o accionamento do modo come palha. A pessoa fala, fala, fala... e nós estamos ali a abanar a cabeça, a pensar no jogo de futebol de ontem, ou da gaja que nos piscou o olho à três dias... quando de repente, out of nowhere - adoro esta expressão - ouve-se um e tu, o que achas? E aí, meus amigos, fazemos todas as caras de encaralhados possíveis. E das duas uma, ou admitimos que estávamos completamente abstraídos - que é como quem diz, completamente... a cagar - ou inventamos uma resposta qualquer, cheia de coisa nenhuma. Que geralmente resulta numa cara ainda mais esquisita de quem nos ouve. Diz quem me conhece que sou um bom ouvinte. A minha avó diz o mesmo, mas eu quando falo com ela só abano a cabeça. Um conselho: não sejam como a minha avó.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Praiaiai...

Detesto praia. Não percebo como quase toda a gente gosta. A praia é como as relações, quando um gajo é novo as coisas até têm piada, dá para andar sempre a brincar e a chafurdar - verbo de ouro - no mar ... mas depois cansa como tudo. É que expliquem-me qual é a parte gira em ficar a estorricar uma tarde inteira num sítio cheio de areia e água. Ainda por cima para um futuro engenheiro civil, areia e água é coisa que nunca há de faltar, tanto no verão como no inverno. A parte boa disto tudo é, como é óbvio, a grande razão da população mundial rumar às praias no verão: mamas e rabos destapados. A praia é uma hipocrisia. Quer dizer, um gajo está num café e vê uma mini saia... fica logo ali a torcer-se todo para conseguir ver um bocadito de cueca... Vai à praia e vê-se grego é para ver alguém que não esteja apenas de cueca! O mais grave, nisto tudo, é que faz-se um tabu enorme nas relações mais precoces no que toca aos trajes menores mas se estivermos na praia é tudo normal! (Pff, esta ultima frase fez-me viajar aos tempos de ensino secundário) E os pés? Que são invadidos por esses cancro chamado chinelo! Detesto chinelos, detesto havaianas, detesto sandálias, detesto tudo que deixe os pés à mostra. Pés são para andar escondidos, são a parte mais feia do corpo humano, mas de longe! Porque raio se destapam os pés e se escondem as maminhas? É muito mais agradável à vista ver-se um peito que um pé! Ah, e ir para a praia com a namorada/amiga/whatever? É pior que tê-la num jantar de gajos, sozinha, a emborrachar-se com eles. Uma pessoa pensa sempre que está tudo a olhar para ela. Seja ela boa ou merda, todo o mundo está a olhar, há sempre que manter a postura de machão na toalha, o alpha male la do sítio a proteger a sua companheira. A sério, a praia é tão merda, mas tão merda, que tenho pena que chegue o verão só por ser obrigado a ir para a praia. Sim, porque se uma pessoa não vai para a praia fica sem amigos, porque eles estão todos lá. É que ficar moreno já não depende só da praia, podemos sempre ir a um solariozinho... ou optar pelo solário do pobre, estar deitado na varanda a apanhar raios UV até desidratar, então para quê insistir no mesmo processo retrógado? Enfim, o tema dá para encher um caderno com problemas e três linhas com benefícios - que se resumem, claro, a ver corpinhos jeitosos e ficar moreno. Ah, lembrei-me de outra... se é tempo de ir para a praia, não chove, se não chove é muito melhor sair à noite, visto que não chegamos a casa molhados que nem pintos. E toda a gente sabe que sair à noite no verão é bem melhor que no inverno. Há mais... calor. Em todo o lado - se é que me entendem. Pensando bem, este ponto é tão forte que é capaz de eclipsar todo o meu ódio à praia. Farto deste tempo chuvoso, que venha o verão, se faz favor.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Tear drop

Usas os pés descalços na tijoleira para me arrepiar, quando um simples toque teu era mais que suficiente. Deixo o arrepio percorrer-me o corpo, de qualquer forma. Sorris, perante a minha inércia. Estou mais gelado que os teus pezinhos de lã. Aninhas-te junto a mim, cabeça nas minhas coxas, e olhas-me com olhos de ternura. Por vezes não é preciso falar para fazer alguém sentir-se especial. A chuva martela as janelas, lá fora. Vamos. As gotas são, afinal, suaves. Pousam em ti devagar, para não magoar. Ficas sempre mais encharcada que eu, começo a desconfiar que elas gostam mais de ti do que de mim. Eu, se fosse gota de água, faria o mesmo. Especados, uns bons cinco minutos, a ver a chuva a cair sobre nós, à medida que o nosso cabelo vai ficando mais pesado e as roupas coladas ao corpo. Tiro-te o cabelo da frente da testa e beijo-te. Primeiro a testa, depois o nariz e o queixo. A boca vem depois de um compasso de espera, com sorrisos escondidos e ameaças de avanços. Parece a primeira vez, de tão bonito. A chuva já não faz frio, os teus pés já não estão descalços e o meu arrepio foi-se de vez. Isto pode durar a tempestade inteira. Vamos para ali, parece estar a chover mais, quero fazer isto outra vez.

Pombo Correio

Não queres que lhe diga nada? Manda-lhe um beijo meu, só. Mas ao dar-lhe o beijo fá-lo lentamente, e deixa que seja demorado, na parte de baixo da bochecha... assim ela vai saber que é meu, mesmo que não digas nada. E sorri, no fim, para ela saber que está tudo bem comigo. Hmm, pergunta-lhe também se está tudo bem. Já sei que vai dizer que está, toda a gente diz que está sempre tudo bem, mas fá-lo. Será que a escolinha está a correr bem? E rapazes...? Pff, os rapazes. Isso não perguntes, não quero saber. Oh, pergunta! Mas depois diz-me que nunca esteve com ninguém, mesmo que seja mentira. Conta-lhe que ainda sou o encalhado acanhado de antes, que só se abre com quem não existe. Pede-lhe desculpa, diz-lhe um obrigado e um sim. Para tudo o que ela tenha a dizer-me. Toma, leva estas moedas e compra-lhe uma rosa bonita. Ela sempre disse que não gostava de flores, mas toda a gente gosta de uma flor de vez em quando. Chama-a para a tua beira e pergunta-lhe porque é que fugiu. Não a deixes responder, por favor. Ah, diz-lhe que está linda. Faz-lhe bem à pele. Vais ver o sorriso dela, aí. Vais gostar tanto. Faz uma pausa, daquelas não incómodas, que servem apenas para pensar um bocadinho no que estão a falar. No fim diz-lhe que gosto dela. Assim de repente, para entrar directo no coração. Pega-lhe na mão, devagarinho, encosta-a ao peito e pergunta-lhe se ainda bate. Pergunta-lhe se ainda bate tanto como o meu.

domingo, 13 de abril de 2008

Estrela

Descobri uma coisa bonita. Tomem, para não dizerem que sou invejoso. Ás vezes acertam. Em cheio.





P.S.: Por favor, ignorem o gajo, mudem de janela enquanto ouvem ou quê.
P.S.2: Primeiro vídeo que posto no blog, sai uma grade para vocês, pago eu.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Verde esperança

Nunca saberei se uma vida contigo seria trágica. Acredito que sim. Mas acredito também que teria uma vida cheia. Apenas por lá estares. E quando digo contigo não quero dizer juntos. Basta-me estares por perto, um dia ou outro. Ir ter contigo para me gozares quando levar uma tampa das grandes, contar-te o meu grande dia no trabalho ou apenas para levar-te mais um texto secreto, daqueles que escrevo só para ti. Sempre com um olhar irrequieto, como se após tantos anos ainda esperasse que reconsiderasses a tua vida. Por mim. E às vezes até o poderias fazer, e porventura trocar beijos ou mais, em dias perdidos no tempo. A nossa vida seria assim, triste e incompleta, mas de certa forma bonita. Bonita por nos termos, apesar de não estarmos juntos. O chamar-te para fora de casa, com urgência, só para dizer que as últimas semanas foram quase tão boas como aquele fim de semana naquela pensão a cair de podre, com camas barulhentas e empregadas resmungonas. E o teu sorriso a aparecer. Ah, como sinto falta dele... Costumava pensar que não me importava de sair de casa à mesma hora que tu, mesmo que só entrasse duas horas depois, só para poder apanhar o teu sorriso matinal. Era mais eficaz que um café - E eu não prescindo do meu. E ver os teus relacionamentos à distância, sempre na esperança que acabem rápido, para não te fazer sentir que estar comigo é uma traição. E contar-te os meus, mesmo que não queiras saber. Que queres. E despejar pormenores, para te ver soltar essas pontinhas de ciúme disfarçadas em sorrisos e gestos incriminatórios. Tudo rematado com filosofias sobre o porquê de não termos dado certo, apesar de tão bem feitos que somos um para o outro. O porquê de termos tido tempos tão felizes e não sermos capazes de passar disto. Se calhar a magia é mesmo esta, o saber de tudo e não tentar consertar nada. Deixar tudo no lugar, e ir aproveitando a vida como ela nos chega. Mesmo que ela nos obrigue a viver com a esperança de que um dia poderemos ficar juntos outra vez.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

aMUSEd

Fear
And panic in the air
I want to be free
From desolation and despair
And I feel
Like everything I sow
Is being swept away
Well I refuse to let you go

I can't get it right
Get it right
Since I met you

Loneliness be over
When will this loneliness be over?

Life
Will flash before my eyes
So scattered and lost
I want to touch the other side
And no one
Thinks they are to blame
Why can't we see
When we bleed we bleed the same?

I can't get it right
Get it right
Since I met you

Loneliness be over
When will this Loneliness be over?

Loneliness be over
When will this Loneliness be over?



Muse - Map of the Problematique

Sweet dreams

Ser surpreendido é das melhor coisas que nos pode acontecer. Não sei como o fenómeno da surpresa possa ser descrito, mas há qualquer coisa que me fascina. Eu quando olho para alguém de roupa larga deduzo logo que o espaço que se encontra entre as calças e a perna é quase, quase... nulo. Porque quem usa roupa larga quer disfarçar os excessos. Ou então é adepto do estilo Zé Dread. Ou então veste mesmo mal, o que dá direito a perder logo 20 pontos à partida, e para ir até ao fim do ritual de acasalamento é preciso uma resistência de maratonista. Paleio aqui, paleio ali, interesse à descarada, calma que isto não é tudo estrada, aguenta um bocado que ainda não houve oportunidade e... pronto, chegou o dia. Há pessoas ás quais não consigo achar piada. Mesmo que a maioria ache bom, ou até muito bom, uma pessoa tem direito às suas birras. Está para chegar o dia em que ache a Rita Andrade bonita, mas meio Portugal acha. Gostos. O problema é que quando o filme é bem feito os nossos gostos traem-nos e deixam-nos um bocado abandonados. Ela não é grande coisa, deixa-te disso, vai para casa, trata-te. Mas não. Um gajo é gajo, tem de ir até ao fim, quanto mais não seja para confirmar que é esterco. Beijo aceitável. Incrível como os beijos são cada vez mais mal dados. Há alguns que mais parecem endoscopias, tal é o engodo que ali vai. Camisola sai fora e... não está mau, podia ser bem pior. Sai a calça também, ou vou ter de me conseguir fazer chegar aí dentro através desse fecho degolador de prepúcios? Pois bem me pareceu. Tirar a roupa é dos actos mais frios, eu acho. Dá cabo do clima todo. Excepto quando um gajo está à espera de ver uma nota de 5 euros e nos sai quase um euro milhões. E sem calças, pelos vistos, há euro milhões. Merda, esqueci-me onde meti a minha esquisitice. Idiota, é por estas e por outras que ás vezes grandes amores se esfumam. Deita-te. Claro que sim. Beijinhos, beijinhos e... não me aguento em pé, estou completamente esgotada da noite, amanhã não posso faltar ás aulas, entro cedo, vamos dormir, sim? Sim? Sinto muito mas com a vontade que estou tenho energia pelos dois, nem que adormeças para aí eu faço o trabalho sozinho! Mas não, saiu um sim, à manso. E uma carrada de insultos imaginários. Não dormi um caralho, com aquele rabo apontado para mim, como que a gozar comigo por ter andado de nariz torto tanto tempo. Vou deprimir de costas para essa imagem, sou capaz de me suicidar durante a noite se ela se mantiver muito tempo em órbita.

Cabeça baixa

E aqueles fretes que fazemos porque sabemos que a noite vai acabar num quarto a meias? Ui. E vamos ali e acolá e ao outro lado. E vamos ficar aqui sentados uma hora porque me apetece, porque estou meia bêbeda e a minha amiga não se cala e eu gosto muito dela e polissíndetos infinitos vezes coisas que o mulherio tem a mania de inventar para passar uma noite. De repente lá se lembra que a minha cabeça está prestes a explodir. Vais levar-me a casa. É uma ordem, pelos vistos. Não é que eu me importe, mas estas coisas fazem-me sentir que ela se sente o ser superior entre nós os dois. Que não é. Mas também não me apetece usar o vou se me apetecer, como a canalha. Até porque me apetece. Bastante. Banco o submisso com cara de frete, dou a noite por perdida até daqui a umas horas. Hiberno. Desligo-me. E meto despertador para quando disseres vamos embora. Momento alto da noite, esse vamos embora. Nunca ir embora mais cedo sabe tão bem como quando estamos a fazer o sacrifício pelo bem bom. O carro estará muito longe? Desconfio que se demorar mais de 5 minutos a lá chegar sou capaz de te enfiar um estalo. Ou ir para minha casa, sozinho. Afinal de contas, vou lá só por pena de mim próprio. É uma pena quando batemos tão fundo. A questão é que se não bater no fundo... vou para casa bater outras coisas. Ambiguidades do... caralho.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Casa comigo e vai à merda.

Quando era puto nunca entendi a razão de ser dos divórcios. Um gajo quando casa, é para vida, sempre ouvia dizer. Depois um gajo começa a crescer, a saber umas coisas e outras. Aprende que separação é tão normal como casamento. Trair é primo do mentir. E amigos transformam-se em programas conjugais aos fins de semana. O bom disto tudo é que não temos de nos casar para saber, porque melhor que passar por más experiências, é conhecer alguém que passe por elas. O engraçado desta tese toda, é que sou apologista precisamente do lado contrário da ideologia. Eu quero casar. Aliás, eu vou casar, mais cedo ou mais tarde. Quanto mais não seja, quando for velho e podre de rico, com uma porn-star qualquer. Fora de gozo, tenho uma pancada pelo casamento, e acho que hoje em dia é levado tão pouco a sério que anda a perder todo o significado. Essas coisas de família, casa, carro, vida comum, bla bla bla, já é tudo feito antes dos casórios, não vá depois o pessoal não se adaptar bem e ir um casamento de vela. Modernices. Pergunto-me então para que serve o casamento, se não mais que uma obrigação... apenas e só para nos lembrar, com um bocado de ferro no anelar, que temos alguém a quem juramos fidelidade, e amar na dor e na doença, e em todas aquelas coisas que repetimos da boca do padre. A sério, que confusão que isto tudo me faz. No fundo detesto o casamento, por toda a ideologia que lhe está associada, mas gosto da ideia de família feliz que vem acarretada. Ah, lembrei-me, uma vantagem do casamento... é a separação, porque depois na arte de bater couro podemos sempre usar aquele título com o verdadeiro charme... Então e tu, como é a tua vida? Pá... sou divorciado. Divorciado, grande pinta. Uma pessoa quando diz que é divorciada é logo a admitir que quer molhar o bico. Estou ansioso por me divorciar. Ok.
Perco-me a falar destas coisas porque nunca sei qual é o lado bom nisto tudo. O que sei são umas linhas básicas. Vou casar. Não tão cedo. Aliás, velho. Vai ser com uma que vou gostar mesmo muito. Ou então com a menos má, caso não encontre um amor digno disso. Vou ter uns poucos de filhos. Vou ser um deus para eles. Nem que não haja mãe. Talvez me divorcie, só para provar a quem casei (que vai acreditar no amor eterno) que... o amor eterno não existe! Sou um gajo que curte refutar as ideias dos outros. É só por capricho, mas é provável que aconteça.
Noutro dia pus-me a discutir o casamento não sei com quem, tinha de cá vir despejar ideais!

Snif.

Eu quero que te sintas linda a todo o segundo. Eu quero que te sintas como eu me sinto quando olho para ti. Dá-me a mão, vamos voar, o céu está já ali. Duas batidelas de asas et voilá. Quero que voes, sintas o ar saturado lá de cima entrar-te nos pulmões e sorrias. Sorri, porque quando sorris ficas cinco vezes mais bonita. E não imaginas como é difícil por-te ainda mais bonita. É essa a missão a que me proponho, quando estou contigo. Fazer-te mais bonita, a cada segundo, a cada dia e a cada ano. E que acabes a velhinha mais bonita lá da rua, de fazer inveja ás outras cuscas do 2º esquerdo, que passam a vida à varanda a falar sobre o viúvo que anda sempre bêbedo. Mesmo de cabelo branco a magia que te rodeia nunca vai desvanecer, porque sempre que olhar para ti vais ser sempre a mesma menina, aquela que me apareceu um dia ao virar da esquina com sorriso brilhante e um bom dia hipnotizante. Vai ser esse o segredo, guardares o que tens de melhor agora, e rematares com o que aprenderes por essa vida fora. Vais ser grande. E eu vou estar na primeira fila, por ti. Só por ti.