segunda-feira, 7 de abril de 2008

Cabeça baixa

E aqueles fretes que fazemos porque sabemos que a noite vai acabar num quarto a meias? Ui. E vamos ali e acolá e ao outro lado. E vamos ficar aqui sentados uma hora porque me apetece, porque estou meia bêbeda e a minha amiga não se cala e eu gosto muito dela e polissíndetos infinitos vezes coisas que o mulherio tem a mania de inventar para passar uma noite. De repente lá se lembra que a minha cabeça está prestes a explodir. Vais levar-me a casa. É uma ordem, pelos vistos. Não é que eu me importe, mas estas coisas fazem-me sentir que ela se sente o ser superior entre nós os dois. Que não é. Mas também não me apetece usar o vou se me apetecer, como a canalha. Até porque me apetece. Bastante. Banco o submisso com cara de frete, dou a noite por perdida até daqui a umas horas. Hiberno. Desligo-me. E meto despertador para quando disseres vamos embora. Momento alto da noite, esse vamos embora. Nunca ir embora mais cedo sabe tão bem como quando estamos a fazer o sacrifício pelo bem bom. O carro estará muito longe? Desconfio que se demorar mais de 5 minutos a lá chegar sou capaz de te enfiar um estalo. Ou ir para minha casa, sozinho. Afinal de contas, vou lá só por pena de mim próprio. É uma pena quando batemos tão fundo. A questão é que se não bater no fundo... vou para casa bater outras coisas. Ambiguidades do... caralho.

3 comentários:

Ela que veio da espuma do mar... disse...

Sempre que me ponho a mexericar os teus textos, não resisto à curiosidade de ler o fim primeiro! É que as últimas frases são sempre as "melhores", i mean, fazem pensar de uma forma saudável nas coisas importantes :) *

Unknown disse...

:o batoteira, isso é como veres o final dum filme e depois começares de inicio :P Ah, e estas desculpada pela ausencia, que nao se repita hein :) *

Unknown disse...

ó caro colega, mas que transcrição mais fiel da realidade tu aqui não tens!

(como de costume :D )


li isso e estava a lembrar-me de todas as vezes que fui levá-la a casa...
nem sempre foi ela que pediu, muitas vezes era eu que ia, só porque sim, mas o objectivo, era sempre o mesmo. *sigh*

;)