quarta-feira, 2 de abril de 2008

Casa comigo e vai à merda.

Quando era puto nunca entendi a razão de ser dos divórcios. Um gajo quando casa, é para vida, sempre ouvia dizer. Depois um gajo começa a crescer, a saber umas coisas e outras. Aprende que separação é tão normal como casamento. Trair é primo do mentir. E amigos transformam-se em programas conjugais aos fins de semana. O bom disto tudo é que não temos de nos casar para saber, porque melhor que passar por más experiências, é conhecer alguém que passe por elas. O engraçado desta tese toda, é que sou apologista precisamente do lado contrário da ideologia. Eu quero casar. Aliás, eu vou casar, mais cedo ou mais tarde. Quanto mais não seja, quando for velho e podre de rico, com uma porn-star qualquer. Fora de gozo, tenho uma pancada pelo casamento, e acho que hoje em dia é levado tão pouco a sério que anda a perder todo o significado. Essas coisas de família, casa, carro, vida comum, bla bla bla, já é tudo feito antes dos casórios, não vá depois o pessoal não se adaptar bem e ir um casamento de vela. Modernices. Pergunto-me então para que serve o casamento, se não mais que uma obrigação... apenas e só para nos lembrar, com um bocado de ferro no anelar, que temos alguém a quem juramos fidelidade, e amar na dor e na doença, e em todas aquelas coisas que repetimos da boca do padre. A sério, que confusão que isto tudo me faz. No fundo detesto o casamento, por toda a ideologia que lhe está associada, mas gosto da ideia de família feliz que vem acarretada. Ah, lembrei-me, uma vantagem do casamento... é a separação, porque depois na arte de bater couro podemos sempre usar aquele título com o verdadeiro charme... Então e tu, como é a tua vida? Pá... sou divorciado. Divorciado, grande pinta. Uma pessoa quando diz que é divorciada é logo a admitir que quer molhar o bico. Estou ansioso por me divorciar. Ok.
Perco-me a falar destas coisas porque nunca sei qual é o lado bom nisto tudo. O que sei são umas linhas básicas. Vou casar. Não tão cedo. Aliás, velho. Vai ser com uma que vou gostar mesmo muito. Ou então com a menos má, caso não encontre um amor digno disso. Vou ter uns poucos de filhos. Vou ser um deus para eles. Nem que não haja mãe. Talvez me divorcie, só para provar a quem casei (que vai acreditar no amor eterno) que... o amor eterno não existe! Sou um gajo que curte refutar as ideias dos outros. É só por capricho, mas é provável que aconteça.
Noutro dia pus-me a discutir o casamento não sei com quem, tinha de cá vir despejar ideais!

5 comentários:

ineiiizi disse...

A minha opinião sobre o casamento tb é um pouco ambígua. Apesar de dizer que nao me vou casar, no fundo até gostava. Talvez nao o admita por ter assistido tao de perto a situaçoes em que o casamento acabou e nao foi senao uma fonte de problemas e desgostos.
Mas tambem sei de casamentos com aquele verdadeiro significado.. o tal da familia feliz, e filhos, e casa, e cao, e tudo mais... Às vezes dá vontade de voltar ao antigamente. Divorciar-se era uma vergonha! Não é que eu concorde com essa ideologia, mas na maior parte dos casos, as pessoas lutavam muito mais por o salvar.. agora casar ou nao é a mesma coisa, acho q os sentimentos estão demasiado desgastados, já nao têm sentido, tem vindo a perder a essencia sei lá. À minima coisa "ok, vamos lá ao divorcio" (quem diz divorcio diz separaçao), e porque? Porque há uma alternativa mais facil... antigamente nao havia, e as pessoas lutavam ou corriam o risco de ser enxovalhadas em praça pública.
Hoje em dia, é demasiado fácil "mandar uma pessoa à merda"..
Já ninguém luta pelo sentimento, tudo pela vergonha de ser chamado "corno manso".
Como os tempos mudam... e mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.



A primeira parte deste título lembrou me a quantidade de vezes que tenho ouvido "casa comigo!" na ultima semana =P e mais nao digo xD **

Unknown disse...

Lool, andas muito requisitada! :) Pois passa muito por aí, maior liberdade, mais possibilidade de fazermos asneira com coisas sérias... é a facilidade dos dias de hoje. Foi uma tentativa de elogio à vida conjugal e crítica à ideia de casamento dos dias de hoje :)

Anónimo disse...

o casamento é a festa toda que envolve, e essa é a melhor parte! é tão boa, que eu e a cica na madrugada de domingo ficamos a imaginar o casamento da sandra e até lhe pedimos para casar, só para ter um dia a comer e a beber lol!

e por acaso também andamos para lá a divagar sobre o casamento. mas divorciado soa muito mal!! =P

. disse...

Eu quero casar, também.
Quero levar as crianças às mil e uma actividades, quero jantares a dois, num ambiente requintado (isto é uma suposição de que, das duas uma, ou vou ser a excepção que confirma a regra e vou ser uma Funcionária Pública extremamente bem sucedida (com grande salário) ou o respectivo terá de ter capital para tal), ir às compras, ter discussões, aquelas coisas habituais que estão no contrato do casamento.
Tenho um bom exemplo de casório feliz, em casa, não vejo porque não o querer seguir.
Tu sabes (:

ineiiizi disse...

Eu a pensar q quando viesse a net ja tinha mais um post para ler...e afinal nada... aiai! :|