Cheguei à conclusão que sou um bocado como o fumo do tabaco que fumas. Se reparares, quando expeles o fumo em direcção ao céu, de noite, ele dispersa-se na atmosfera, como que desaparece. Esse sou eu. Vê o teu ritual... se sentes saudades, sacas de um cigarro e tens me ali, até que me perca pelo ar. Como não estás satisfeita, dás outra passa. E assim sucessivamente, até acabar o cigarro. Por vezes mais forte, por vezes mais fraco, a verdade é que não deixas de querer sentir o fumo sair-te pela boca e espalhar-se em teu redor. Se não for suficiente, sacas outro. Repetes o ciclo. Dá-te gozo ver-me ali, ao som do vento, perdido, como que sem vontade própria, movido por algo mais forte. Fumas outro, outro e mais outro. Ao longo dos dias. Até enjoares. Páras umas semanas, porque fumar não faz parte das tuas actividades preferidas. Quando sentes a falta lá voltas a fazê-lo. Nunca te perguntaste o que acontece ao fumo, quando o atiras pela janela fora? Tenho respostas para ti. Ah, espera, e quando acaba o maço, lá me largas? Pouca sorte, vendem disto em todo o lado, estou à distância de uma tabacaria, de um café, de algum amigo que resolvas cravar. E volto a servir-te, a satisfazer-te a ressaca, como quem nasce para aquilo. Como o fumo nasce para ser sugado de um cigarro e expelido das nossas bocas. Deviam reformular os rótulos pretos e brancos estampados nos maços. Sabes, é que
Fumar(es) mata(-me).
3 comentários:
mais um grande final para completar um post de bom gosto! =)
Obrigado lili :D é imagem de marca dear :P *
sim sim, ja reconheço a tua escrita só pelo final. é bom ganhar contornos sólidos. sempre no bom caminho. *
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