sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Kiss kiss, bang bang

Porque é que as putas têm a mania de não beijar? É que não me cabe na cabeça. Quer dizer... lamber tudo o que é sítio, espancar, realizar fetiches, andar para lá a chafurdar com a pilinha... tudo bem. Mas beijos? Nada disso, ui, és parvo ou quê? E rabinho, dá? Só se for o teu, o meu é só para o meu marido. Para o teu marido e para quem te der mais 20 euros - medida válida para o beijo também.
Feita esta introdução algo harcore, venho por este meio indagar sobre a importância do beijo. Há beijos que dão mais tesão que certas fodas. Ok, poucos, mas há. Um beijo bem dado é meio caminho andado para uma boa noite. Mesmo que a foda seja uma valente merda, há sempre aquela atenuante do foste muito carinhoso. É como um backup para casos extremos. Saber beijar não é para qualquer um. Não sei se sou eu que não sou lá muito afortunado, se sou esquisito ou se - medo! - sou eu que não sei beijar, mas confesso que tenho uns problemas de química linguística na hora de trocar saliva. Uns mais agressivos (agressivo é bom, ralar um lábio nem tanto), outros mais fofos (fofo é bom, deixar morrer o beijo nem por isso), outros todos desencontrados (dentes a chocar, lábios trilhados, saliva a mais, sei lá). Isto tem muita ciência, desengane-se quem pensa que é chegar ali, espetar uns lábios contra os outros e siga. Eu só tenho que agradecer às putas - em nome de todos os homens, mesmo os que não concordem comigo - por não fazerem questão de beijar. Mesmo sabendo uma ou outra coisa - que devem saber, com tanta prática -, quantos mais gajos se safarem de estar em contacto com uma boca que... hmm, vá lá... não é livre de germes, certamente, melhor será para todos. Claro que há sempre uma percentagem que nem quer saber disso, o que vale é mergulhar o ganso e o resto Jesus que salve. Um bocado à imagem de quem vota na hipótese Sei lá, quero é o bicho lá dentro, sou mesmo assim, badalhoquice é o meu lema, ali na sondagem ao lado. Nestes casos a esperança já se foi à muito tempo.
Coitadas das putas, tenho pena delas, no fundo. Embora ganhem dinheiro a fazer o que a maioria gostava de conseguir fazer quando sai à noite, é sempre chato. Quando era puto ensinaram-me um lema que aplico neste caso, daí ser praticamente impossível ver-me num acto sexual com prostitutas: Não se goza com quem trabalha.

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