É aquela sensação que nunca desaparece, de estar numa metrópole à anos e desejar sempre voltar à aldeia de onde saímos. Nasci em ti. Acredito que, mais cedo ou mais tarde, voltarei para ti. És a minha religião, a excepção que confirma o meu ateísmo. Todos temos um amor mais forte que os outros. Aquele que nos mostra um rosto diferente do qual beijamos numa qualquer noite perdida. O teu. É como uma viagem pelo mundo em busca de coisa nenhuma, uma epopeia que de épica nada tem. É um placebo para o coração, um escape para a mente e uma mentira que todo o meu corpo grita incessantemente. Vi em ti tudo o que queria, corri o mundo à procura de melhor, só para provar que nunca temos tudo o que queremos. É a lei da vida, nunca podemos estar satisfeitos, parar é morrer. Mesmo que estejamos presos por forças abismais, conseguimos sempre arranjar forma de estragar harmonias perfeitas. De facto, comprovei a minha teoria: nunca tenho tudo o que quero... mas apenas desde o momento em que te deixei, na tal soleira.
4 comentários:
muito fixe
"Por vezes a revelação divina significa simplesmente sintonizar a razão para ouvir o que o coração já sabe!!"
Beijo beijo
escrito tão pouco ultimamente...:(
- Obrigado anónimo :)
- O coração e a razão, embora rimem, geralmente nunca ficam bem na fotografia...
- Verdade! Tenho de ver se vou tratando disto. Época de exames é terrível... Já deixei cá duas coisinhas hoje, vou ver se não me ausento muito tempo daqui para a frente :)
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