segunda-feira, 2 de junho de 2008

Sorry for the mess

Admito que não perdi mais de uma semana a tentar achar uma forma de dizer desculpa. E que em cada dia dessa semana não perdi vinte e quatro horas. Dez, pelo menos, são para dormir. E duas só para me olhar ao espelho. Meio dia meu perdido com alguém também seria exagero. Pronto, sejamos práticos, pensei um bocado nos últimos tempos – últimos tempos é uma expressão relativíssima, serve sempre para os dois lados (muito ou pouco tempo), é uma boa ferramenta – e a única forma é mesmo esta. Desculpa! Está dito. Ás vezes dá-me para remoer no passado. Há assuntos que enterro de tal forma que lhes vou perdendo as memórias, até que sejam reactivadas, por algum acontecimento que não lhes seja alheio. E depois fico a pensar. E a pensar. Merda, ás vezes não me reconheço. Parece incrível o processo evolutivo a que estamos sujeitos durante o nosso crescimento, e olhar para certas coisas que fizemos faz-nos perceber que se calhar o que achamos hoje ideal pode ser ridículo daqui a uns anos. Fui ridículo. Parabéns a ti. Aturar-me não foi, nem nunca será, fácil. Há quem consiga. Pelo menos a minha mãe já leva vinte e um anos e meio a aturar-me e ainda vai dizendo que tem muito orgulho nisso. Não conheço mais ninguém assim. Tu podias ter sido a segunda a chegar a essa marca. Sabes quando achamos que nos devemos apaixonar por alguém? Eu escolhi-te para isso. O meu coração não achou boa ideia. Geralmente as nossas divergências acabam sempre mal, se protesto ele cega-me, faz-me rastejar por quem não devo e acabo sempre por lhe cobrar tudo muito caro. O capitalista paga tudo até ao último tostão e ainda se ri na minha cara. Diz-me que no dia em que estivermos de acordo vai valer a pena. Cabeça de engenheiro, coração político.

2 comentários:

ineiiizi disse...

Só duas horas para te olhares ao espelho?
Tive má pontaria entao =P

Unknown disse...

Estava com pressa nesse dia, tinha aulas cedo :P