quarta-feira, 27 de junho de 2007
Divagações II
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Lotaria
sexta-feira, 22 de junho de 2007
Excerto.
“Eu amo-te!”, gritei.
“O que é que isso tem de extraordinário? Diz-me!”
“Eu amo-te como nunca ninguém amou ninguém!”
“Porque é que há-de ser assim?”, respondeste, beijando-me pela primeira vez. Eu estava tão tenso, não dei por nada, queria que se abrisse um buraco no chão e me engolisse. Mas tu estavas calma, como se estivesses habituada.
“Para ti pode ser não extraordinário, mas, para mim, é!”
“Cala-te”, disseste, “Sabes lá se eu gosto de ti também…”
Gosto! Foi o que disseste. Foi “gostar” o verbo que empregaste. E eu não tive coragem de fugir de ti naquele momento e explicar-te que como tu gostavas de mim, eu gostava de ananás, de sair à noite, de comprar azulejos nos antiquários.
É tão difícil dizer “eu amo”. Mas eu disse. Disse sem te conhecer de parte nenhuma. Sem contar com o deserto da minha alma, onde me pareceu encontrar-te nos maus momentos da minha vida, desde menino até agora, numa forma nunca muito diferente da tua.
Não te pedi nada. Não fui eu quem falou primeiro em ser feliz. No dia em que me falaste nisso estive até às cinco da manhã sem dormir.
A culpa foi tua. Fui levado a viver ao pé de ti, a preocupar-me com os teus dias, a pôr-me a nu, escondendo o pouco que restava da minha solidão dentro da tua. Da solidão que era minha. Da solidão que se apaixonou por ti. Que era, mais coisa, menos coisa – eu.
Mais de uma vez te perguntei se ias amar-me para sempre. Mais de mil vezes. Não podes dizer que não te avisei. E por muito que jurasse que sim, por muito que me fitasses no fundo dos olhos enquanto dizias que o teu amor era como o meu, que não tinha fim, eu nunca acreditei
A tua morte resolveu tudo. Nunca mais vou amar ninguém.
É assim como deve ser. Desde o princípio dos princípios. Como é que pudeste apaixonar-te por mim com tanta facilidade e tão pouco sofrimento? Por mim, que nada valho. Por mim, que nada te dei. Como é que eu podia acreditar num tal amor?
Tenho saudades de ti. Mas não me custa sofrê-las, comparado ao que eu sofria quando estavas aqui comigo, deitada no meu ombro, a sonhar os teus sonhos, agarrada a mim, o meu amor, o meu amor a arder-me no coração, deitando fogo ao meu sossego, tanto era o amor que te tinha, e o terror e a certeza de perder-te.
Cardoso, Miguel Esteves – O Amor é Fodido.
A minha grande inspiração. E este excerto é ouro.
terça-feira, 19 de junho de 2007
Pratal
Fases
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Tudo é pouco.
quarta-feira, 13 de junho de 2007
Love, not love.
terça-feira, 12 de junho de 2007
Não sei.
Learn(ing)
domingo, 10 de junho de 2007
Ciclos
Ramificações.
sexta-feira, 8 de junho de 2007
Dream it
quinta-feira, 7 de junho de 2007
Connecting People
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Banalizações
Replay
terça-feira, 5 de junho de 2007
Work it out
Coisas.
sábado, 2 de junho de 2007
Porcamente parca.
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Intensity
Trair?
Sexo é parte natural da vida e foder com outras pessoas não é trair o compromisso que tens com outra e devia parecer assim, natural, aos olhos de todos. Um compromisso não está assente na cona e no caralho. Para entenderes isto deves fazer um paralelismo com a amizade e perceber que, tal como não tens que ter um só amigo, não tens que foder com uma só gaja. Claro que devido à típica educação (cristã) que levas, o conceito monogâmico é-te ensinado com uma lei humana. O que não é verdade, até porque este conceito apenas ganha força com o aparecimento do próprio cristianismo. O próprio título deste post é indicador da lavagem cerebral que é feita a todos: "Trair?". A pergunta já implica que traição (neste caso, foder com outro que não a pessoa com quem se tem a relação) é algo do demónio e anti-natura, que apenas alguns praticam. Traição é assumido como um pecado, quando deveria ser uma escolha como religião ou um par de chinelos. A pergunta correcta a fazer é: Acreditas na poligamia? Eu acredito.