Hoje não vim cá para te perder. Não vim. Venho buscar-te, levar-te onde nunca foste. Queres ir? Perguntar tão cedo sem um plano à vista parece loucura, e as hipóteses de aceitares são abaixo de zero. E se eu tentar? Que distância separa a sorte da estupidez? Anda comigo, não te peço outra vez. Hoje só te quero mostrar o que quiseres ver. Mesmo que não queiras nada. Nada te darei. Mas ao menos saio de consciência limpa, dei-te o que quiseste. Anda comigo, que tenho nada para te dar. Vais gostar. Podemos fumar cigarros até doer a garganta ou dar as mãos e sentir o ar da manhã. Tanto me faz. O importante era vires ver o que tenho para te mostrar. Esse ar não me inspira confiança. Bem sabes que nunca inspirou, daí estar calmo. Vamos? Vamos. Vai para dentro, só me queria medir. És tão pequenina. Vou dar-me uma prenda.
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