quinta-feira, 17 de maio de 2007

Para sempre

Mas quê, (sempre sonhei começar um parágrafo com mas quê) temos de ser felizes para sempre para podermos ser felizes agora? Uma vez uma pessoa disse-me que havia apenas uma altura na vida para ser feliz, para fazer tudo o que apetecesse, e que essa altura se chama presente. Temos 49 maneiras de passar um dia bonito, 50 de o arruinar. Ninguém tem o direito de pedir a eternidade a ninguém. A segurança traz comodismo, e o comodismo traz desleixo. Uma relação desleixada é uma porta aberta à ruptura. A ideia principal disto tudo, que já perdi entretanto, era a fixação no para sempre. Para sempre para quê? Para sempre é muito tempo. Assusta. Podemos gostar-nos sem ser para sempre e ficar juntos a vida inteira. E namorar muito tempo, casar aos 28, ter uns 3 filhos, ficar rico, avós, reforma, morte. É uma vida inteira. Se for uma vida cheia, vai valer a pena. Sabes quando pedimos a alguém para nunca fugir? Foge, senão arriscamo-nos a ser felizes.

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