terça-feira, 29 de maio de 2007

Divagações

Juro, mas juro mesmo, vai ser amor eterno. Até ao dia que encontrar outra, claro. Ai... quando falas assim apetece-me chorar. Quando levares com um par deles também vais chorar. Ou não, se não souberes. Espero que não saibas, pelo menos estou a trabalhar nisso. Até agora nunca soubeste, não há razão para que vás descobrir desta vez. Sabes quando achamos que encontramos o homem da nossa vida...? Eu acho que encontrei... és tu. Oh que caralho... isto vai de mal a pior. Eu? Ainda és tão nova para dizer essas coisas, ganha juízo. Estou a falar muito a sério, isto que sinto é tão grande que nunca vou deixar de gostar de ti, aconteça o que acontecer. Era capaz de lhe contar umas coisas só para lhe tirar esta ilusão idiota. Gajas iludidas são difíceis de gerir. O bom disto é que fazem da confiança uma cegueira enorme. E depois não pescam merda nenhuma. É tão bom. Oh Ana, dizes isso da boca para fora, o nosso amor (amor? ai que esforço que faço para não me rir) não é eterno, tens de ter noção disso... Ai é? Não acreditas que isto dê certo? Foda-se, detesto quando se armam em putas. Só fazem este papel para um gajo dizer que a relação vai durar para sempre. Mas não digo, foda-se, não gosto de lhe fazer favores. Isto está a dar certo, mas não sei se vai dar certo para sempre, percebes? Claro que não percebe, cabeça oca nunca percebe merda nenhuma. Só percebe é de cama. E disso percebe bem. Eu a pensar que já andava no 4º ano do curso da foda e aparece-me esta já com mestrado e pós-graduação, senti-me logo caloiro. É esta a magia da aprendizagem. E a magia que faz com que não as deixemos fugir, senão lá se vão as explicações a anatomia (obrigatórias em todos os anos do curso da foda). Eu não sinto que tenhas tanta vontade em estar comigo como eu tenho em estar contigo... Olha, obrigado. Não, a sério, o-b-r-i-g-a-d-o. Tu queres ir namorar para o rio, dar passeios de mão dada, trocar beijinhos ao sol, ver a lua a mexer-se, contar estrelas, foda-se, eu, como sou um gajo simples, só quero foder. Acho que vem daí a minha ideia de que isto não vai ser eterno, vai apenas ser bom. Embora a parte do foder ela também queira. E muito. Mas também quer mais coisas. E eu não. Embora se tenham de fazer, para se poder foder. Merda do caralho. É mesmo verdade que para vir algo de bom temos sempre de andar a comer merda uns tempos. Que é o mesmo que dizer que para foder temos de passar uma tarde a falar dos tios que trabalham não sei onde, e do passeio que ela deu não sei onde com não sei quem. Sabes o que isso me interessa? Sabes. Mas mesmo assim cagas e continuas porque queres fazer mais coisas para além de foder. E também sabes que eu não quero. Isto tudo bem visto resulta numa bela relação utópica. Eu finjo querer ser bom para ti, tu finges gostares muito de foder comigo. Mas o que gostas mesmo é de estar comigo. Ás vezes ser um gajo fixe tem destas merdas, gostam mais de falar do que de foder. Eu bem sugiro que podiamos falar enquanto fodíamos. Poupava-se tempo. Aliás, aumentava-se. Faziam-se duas coisas ao mesmo tempo, logo uma tarde podia multiplicar-se em duas. Já viste, genial! Mas não. Há que haver romance na nossa relação, Rui... Romance é o que eu chamo aos berros que dás quando andamos na martelada. Romance, paixão, calor. Foda. Sei lá, essas coisas. Têm tantos nomes que nunca sei bem o que lhes chamar. Acho que tenho de começar a ser mais directo contigo. Do estilo ou vai ou racha. Esta espressão é tão saloia. Eu gosto de saloias. A sério, excitam-me. Mas só as boas. É como todas as gajas, as boas excitam-me. (E agora para a frase perder completamente o resto de sentido que subsistiu...) A mim e a toda a gente (Genial). Rui, quero estar contigo, agora. Foda-se, agora vai-te foder, quero ficar aqui a namorar no café à beira-rio, vamos só dar um beijinho e dizer que vamos ficar juntos para sempre. A surpresa... Não, estejam descansados, era giro que tivesse acontecido, mas não, ainda não estoirei os neurónios, há coisas que simplesmente não conseguimos(/podemos/queremos/qualquer_coisa_emos) dizer. Tu mandas... Vamos para o carro. Cagas-me os estofos e 'tás fodida. Sim, lá isso é verdade, se te sujar os estofos é porque já estou fodida. (Engraçada. Sem ironias, foi mesmo. E porca também. Adoro.) Andas a apanhar esse humor todo de mim? Ando a apanhar muita coisa de ti. Vais apanhar com mais uma agora então. Que estúpido, anda daí.

3 comentários:

Clara Mafalda disse...

gosto do toque de realidade embrulhado num certo lirismo que dás aos teus textos ;P
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Anónimo disse...

Oi, achei teu blog pelo google tá bem interessante gostei desse post. Quando der dá uma passada pelo meu blog, é sobre camisetas personalizadas, mostra passo a passo como criar uma camiseta personalizada bem maneira. Até mais.

Anónimo disse...

É verdade, as miúdas, por vezes, chateiam demais com o seu lado extremamente romantico e exageradamente lamechas e os rapazes..já faz parte da sua natureza (geralmente) serem mais práticos em relação ao que realmente querem/desejam. O problema é que todas nós, umas mais, outras menos, temos necessidade de ouvir isso mesmo que relatas-te, ainda que só sirva para comfortar momentaneamente. Só assim o Ser Humano se completa realmente, isto, no meu ponto de vista. beijo *