terça-feira, 2 de outubro de 2007

Perco-me fácil.

É por estas e por outras que quem acredita no amor eterno se fode à grande. Acreditem no amor eterno quando forem velhos para sair à noite, ou quando a virilidade vos faltar! A nossa faixa etária perde-se em divagações efémeras... Os telhados de vidro são mais que muitos, a moral menos que nenhuma. Não consigo encarar ninguém que seja adepto dessa filosofia de vida sem me rir para dentro. Todo o mundo sonha com o par perfeito, mas valerá assim tanto esse objectivo? Valerá tanto para abdicarem das coisas boas da vida? Sim, já conheço a teoria que tenta refutar esta, do "ai mas uma vida a dois é tão bela e tão completa!". Concordo... daí que a queira viver quando envelhecer. Não quero olhar para trás e dizer que podia ter feito aquilo e vivido outra coisa qualquer. Quero olhar para trás e rir-me das minhas opções, rir-me de satisfação, de orgulho, e soltar um "que se foda!", bem alto. Temos uma vida inteira para amar mas para nos divertirmos à grande... o tempo limita-se drasticamente. Só temos um instante para fazermos tudo o que nos apetecer, tudo o que sempre quisemos experimentar ou provar; para falar mal do amor e fazer a nossa própria religião; para crucificar quem se atravessa e vangloriar quem bem nos apetecer. Esse instante é o presente, e convém tratá-lo da melhor maneira, porque, ao contrário do futuro, o que quer que façamos, estará invariavelmente remetido para o rótulo de passado sem hipótese de ser rectificado. O melhor futuro está um passo ao lado das nossas opções no presente.


Peço desculpa pela ausência, mas compromissos académicos obrigam-me a paragens cada vez mais inesperadas. Um obrigado a quem cá passa, mais uma vez.

4 comentários:

Anónimo disse...

compromissos académicos, pois. eles que te tragam mais inspiraçao, nao é que te falte alguma, mas há noites que dão para escrever durante uma vida inteira =) *

ineiiizi disse...

Antigamente tinha uma ideia muito romantica do amor. Acreditava no amor eterno.. e sim, fodi-me à grande!Mas nao me arrependo, porque quanto mais nos fodemos, mais aprendemos. E olhando para trás, nao mudava nada!Gosto cada vez mais das mudanças que esse "fodi-me" tem provocado em mim.
Começo tambem a ser adepta do aproveitar bem as oportunidades q a vida nos dá, acho q nao ia gostar de daqui a uns anos olhar para trás e pensar no que podia ter aproveitado.. apesar de isso levar a escolhas dificeis, como tudo na vida!
Continuo a desejar poder viver um desses amores dos filmes, quando ja nao tiver idade para sair a noite (como tu dizes), aquela ideia patetica e ao mesmo tempo bonita e talvez utópica de passear de maos dadas pela rua, com a pele engelhada e cabelos brancos.. ou a beira-mar...
Mas... chegaremos lá?!
(desculpa o testamento ;) )
Continua a postar que o pessoal tem saudades de ler as tuas coisas!!

Rafa disse...

Uns gostam das mudanças, outros nem por isso. Talvez ainda seja um "adepto" dessa teoria, porque ainda não me "fudi" ah grande...hmm, ou talvez ja. Falta a parte em que a memória se apaga daquilo que faz tanto mal, daquilo que sabemos que nunca mais teremos (o nunca é relativo...) e em que o presente passa a guiar os nossos passos para um futuro melhor (tanta utopia)...
Regra geral: Amor é uma tortura.

Unknown disse...

Então porque é que não podemos acreditar no amor eterno??? Todos os amores são eternos até ao dia em que acabam!!! :)