terça-feira, 4 de setembro de 2007

No way!

Não acredito em relações superficiais. Acredito que existam casos de uma noite e relações para a vida. Ou, pelo menos, a longo prazo. Não é concebível que duas pessoas se juntem por carência sexual. Isto claro, não tendo uma relação. Que mentalidade é esta, incutida nos levianos dias de hoje? Todos temos como objectivo de vida encontrar a rapariga ideal, apaixonarmo-nos e fazer um filme bonito, certo? Posto isto, que raio de fome é esta que leva meio mundo a tentar galar raparigas a toda a hora? E digo isto com enorme franqueza, tendo alguém que amamos ao nosso lado, nunca, mas nunca, precisamos de algo mais que isso. Já diziam os trolhas do meu pai, quem ama não vê cona. E tinham uma moral do caralho. Not. Adiante, o medo da traição só nasce quando a confiança não é total. Sem amor não há confiança. Logo... juntando todos os pontos inversos... basta que as duas pessoas se amem para que confiem e para que não tenham medo da traição. E, já agora, o mais importante, que não caiam no pecado da carne. Mas não deveria ser isso algo normal? O não trair? Uma ocasião estava numa daquelas jantaradas de família em que se reúne toda a gente (até vem o tio do meio irmão da mãe que emigrou para a Suiça com 2 meses), e eis que uma das personagens se vangloriza de estar casado à 40 anos sem ter traído uma única vez! Isto é que é amor!. Foda-se, amor é não trair? Não devia isso ser levado como mais que normal? Amor é nem sequer pensar nisso! Cheguei à conclusão que ele deve amar tanto a companheira como as mulheres árabes amam os respectivos. O que interessa nisto tudo é que acho linda a capacidade que o amor nos oferece de ficarmos plenamente satisfeitos com o que temos sem precisar de nada vindo do exterior. Seja linda, feia, gorda, magra. Se gostarmos, é sempre bom! Quem não olha para aqueles velhinhos que dão passeios de mão dada, já fartos de ver cabelos brancos, com olhos de admiração? Eu olho e ás vezes perco-me em divagações sobre uma vida assim. Usando a teoria do ying-yang, o nosso mais-que-tudo tem de andar em qualquer lado, e eu acredito que mais cedo ou mais tarde todo o mundo encontra a sua velhinha de cabelo branco e que possa chegar aos 80 anos e dizer, com reciprocidade instantânea, que é uma alegria ter vivido uma vida inteira sem olhar com interesse a outras pessoas. São formas de prazer que o sexo nunca vai superar. Nem com terceiros.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sou por este. Também gosto dos velhinhos que passeam de maos dadas nas ruas.

Ela que veio da espuma do mar... disse...

/me faz vénias a Rui Costa! Alá, Alá :D
Gosto desse teu outro lado ;) *