A atitude mais fácil de tomar nas relações em que não investimos nem nos preocupamos é usar o
don 't care a toda a hora. Saí. Tudo bem, nem quero saber para onde; Não se fala durante uns dois dias. Tudo bem; O facto de sabermos que a gaja faz asneira é que nos revolta, porque se ficarmos na ignorância
it's all good. Imaginemos que, uma noite, a rapariga com quem ando metido (a
direita, para que conste) andou meia bêbeda, perdida por bares a dar bola a tudo que se metia com ela. Quando chega à minha beira está bem de saúde e disposta a festa. Chegando eu ao local como santo inocente, sem saber de nada, o lógico é tratar de gozar um bocado a noite e depois... a cama. Ou outro sítio qualquer. E dizem vocês, com a prepotência que vos é reconhecida, algo como
és um manso do caralho!. Concordo. Mas em absoluto! No entanto sou um manso realizado. E leve.
Das duas uma, ou és mesmo corno e estás a tentar desculpar-te, ou... és ainda mais puta que ela. Hmm, ser homem-puta é o sonho de qualquer homem. Perguntem a qualquer homem (com h grande) e verão que tenho razão. Se discordarem encontraram um paneleiro. É que as coisas são muito simples, o gajo que começa uma relação de circunstância, só para ir tendo alguém, já tem na mente encornar mais cedo ou mais tarde, tal como vai precavido para ser encornado de vez em quando. A poligamia é uma coisa linda. Se em vez de usarmos a palavra trair usarmos a palavra variar, a relação fica algo de mágico. Ok, já estou a exagerar. Não há homem na Terra que goste de partilhar a mulher. Ponto final. Mas gostamos de ser partilhados. Se elas se partilham e ficamos a saber... vem a casa abaixo e vem a caçadeira à mão. Se nunca chegarmos a saber... fica tudo na mesma e passamos por ser uns enormes tanços (tinha ideia que
tanços se escrevia
tansos, mas ontem, ao ler um livro do MEC, deparei-me com
tanços e o meu mundo desabou, 20 anos de palavra mal escrita
). A questão que se prende no meio de tanta filosofia é o caminho a escolher. É preferível viver na ignorância em relação ao marfim que vão semeando na nossa cabeça ou saber de tudo e ser o eterno miserável (sim, porque todo o mundo encorna)? Eu tenho a resposta, amigos. Tudo depende... da gaja. Se for boa, caguem nisso (provavelmente vocês serão também o amante de outra relação que ela tenha), se for naquela, tratem-na abaixo de cão. Ah, sem descurar nunca (!) o vosso lado, tratem de ir brincando de vez em quando para não chegarem ao dia do juízo final e lamentarem-se do sempre decandente
ai se eu soubesse, na altura tinha sido diferente... Foda-se, os princípios são assim tão fortes que não vos permitam brincar ao amor de vez em quando? Feliz de quem é puta.