quinta-feira, 27 de março de 2008

Até amanhã

Acho que nem chego a casa hoje. Podes sempre chegar à minha, a cama é quente e o carro está já ali. A cama sei bem que não é quente. Agora funciona a calor humano, tens de experimentar. Tenho, tenho... Pronto, esquece o aquecimento, dormimos como irmãos, cada um para o seu lado, só quero o melhor para ti. Já ouvi essa conversa vezes a mais. Costuma resultar? Não. Adoro regras gerais, há sempre uma excepção. Comigo tende a ser a meu favor. Eu fazia-te o favor. Chamas-lhe assim, agora? Chamo-lhe o que tu quiseres. Chama-lhe vai para casa dormir, então. Podes acreditar que vou, estou só a ver se alguém quer ir comigo. Sim, só queres ir dormir, não é? Sim, estou mesmo muito cansado, só penso em dormir.... dormir... dormir... a noite toda, sempre a dormir, e adormecer de manhã. Chamas-lhe dormir então, presumo. Chamo-lhe dormir quando é contigo. Ai que grande anormal. Sou, admito. Estúpido de merda, vou embora. Comigo? Querias. Quero é dormir. Com quem? Com quem me quiser, sou tão fútil que nem me importo com isso. Não sei como é que essas bocas ainda resultam. Não resultam. Resultam, resultam...

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