quinta-feira, 31 de julho de 2008

Nova Sondagem!

A última foi engraçada... pelo menos teve piada o facto de 6 pessoas dizerem que não se masturbam. Ah, mentirosos/as. Para quem disse que o fazia todos os dias tenho um adjectivo para vocês: porcos! Como era esperado, a opção Só de pensar em ti venho-me logo, nem preciso de mais nada... ganhou, arrecadando 29% dos votos. Tenho de me congratular com o facto de muitas de vós (sim, porque acredito que não tenham havido homens a votar nesta (o que só enaltece ainda mais esta vitória contra as outras opções - que eram votáveis pelo sexo masculino)) recorrerem a mim nas vossas horas mais carentes. Não se inibam, não me importo de ser explorado sexualmente sem pedir licença.
Posto isto, já lancei novo desafio. O tema é completamente diferente, embora com um monossílabo que pode trazer de volta o assunto masturbação. Enfim, coincidências. Boas votações e, para quem for caso disso, boas férias!


Já agora, por falar em férias, quem vai de férias sou eu, por isso não desesperem se não der notícias por cá nos próximos quinze dias. Boas férias para mim também. Beijinhos e abraços.

Adeus.

Escrevo-te como se fosse a última vez. Nunca te consegui dizer adeus, e ainda não vai ser desta. Tenho medo da expressão. Os adeus são eternos, os até qualquer dia são efémeros. Não esqueço o trauma de te olhar nos olhos em silêncio, e neles ler-te ideias soltas a pairar na córnea, como quem quer explodir a qualquer momento, cujo único obstáculo é o terror que assola os meus. O terror de te ver querer sair. É nesse dia que perco a visão. A visão e tudo o que me resta. Podia aguentar com o mundo a cair-me em cima, como uma bola de futebol esmaga uma formiga, desde que em cima da tal bola não estivesse um pé teu. Um dedo bastava, vá lá. Até porque nunca tive metade da tua força. Eras bem capaz de aguentar com quatro mundos em cima de ti, com cinco iguais a mim, aos pulos, na tentativa de aumentar o peso. Sempre foi esta a diferença entre nós. Podias muito mais comigo do que eu contigo. É por isso que hoje te escrevo como se fosse a última vez, porque finalmente me diferenciei. Hoje sou eu que posso contigo. Que quero dez mundos em cima de mim, com dez iguais a ti. Aos pulos, aos berros. Pegava-lhe com um só dedo, sorria e ia buscar um lápis. Escrevia-te uma carta, como as mil que já te guardei. Como se fosse a última vez. Como sempre o faço. E como sempre o farei.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Paneleirices

Há coisas das quais eu tenho bastante medo. Veja-se, por exemplo, as relações homossexuais. Vendo as coisas de uma forma muito prática, por muito bom que possa ser uma estritamente feminina, faltará sempre um músculo forte lá pelo meio. Porque, verdade seja dita, meter plástico e meter carne não vai dar ao mesmo. Não falo por experiência própria neste assunto, diga-se. Já a homossexualidade masculina é mesmo a doer, é ferro e fogo a noite toda. Porra, para melhor se ter noção disto, ponham as coisas nestes termos: nunca se ouvem casos de homens que de vez em quando têm uma relação homossexual. Um gajo ou é paneleiro ou não é. As gajas não. Às vezes são gays, outras nem por isso. Eu acho que são gays quando não lhes faz falta a nossa força, mas tudo bem. Um gajo que seja gay, é gay para sempre. As gajas vão sendo. Até nisto temos de ser mais decididos que vocês? Um gajo acorda, lava os dentes, decide ser gay e está decidido até ao fim das nossas vidas. Vocês são capazes de acordar gays, e antes de lavar os dentes já não o ser. É esta incongruência que me mata. E que, se calhar, me fascina ao ponto de me segurar (firmemente, diga-se) no campo da heterossexualidade. Obrigado a vocês por não me aliciarem a provar o outro lado, visto que está mais que provado que, das duas uma, ou é muito bom e voltar a hetero está fora de questão, ou... a vergonha é tanta que mais vale estar calado. Rabetices à parte, obrigado por terem uma coisa fofinha entre as virilhas que dá tanto prazer à nossa pilinha. E ainda têm o sítio onde os gays passam a vida - o chamado rabinho. São o full package. Adoro-vos, gajas, fã número um, nunca mudem, sou por vocês até ao fim dos meus dias!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Ferramenta.

Ah, grande merda, com que então dormiste mal? Foi, tive a estudar até tarde. O João viu-te na discoteca, cala-te.
E ás vezes é melhor assim, falar e virar costas, entrar no carro e ir embora. Até que podia estar naquele jogo (que é tão fixe) de saber das coisas e ir dando trela, vendo-a enterrar-se cada vez mais numa espiral sem saída. É sempre bonito ver uma pessoa a esfarrapar-se toda para esconder a verdade quando estamos fartos de a saber.
E então, correu bem? Ao que estudei, era melhor se não corria... Pois, imagino, coitadinha. Mas valeu a pena. Ainda bem que valeu, ao menos isso, estudaste quanto tempo mesmo? Oh, desde que me deixaste em casa, já estás a ver. Pois, isso dá quanto mesmo? Então, deixaste-me às dez, tomei um café lá para a meia noite, foi até às sete da manhã, sempre a dar. Sempre a bombar, ganda maluca...
Depois é uma questão do tamanho do vosso saco de paciência ser maior ou menor. O meu não costuma aguentar tantas frases, basta olhar para a face e descobrir um sorriso, sou obrigado a passar logo para a fase cala-te.
Quando era mais novo - e com isto refiro-me aos meus 5, 6 anos - comecei a aprender a mentir. E isto porquê, porque alguém me pediu segredo, e quando fui confrontado pela minha mãe nem disse sim nem não, fiquei ali no meio. Ao que ela, toda contente, disse ele não sabe mentir. Bem, não é verdade, visto que é quando nos dizem "não consegues" que mais depressa o conseguimos. A partir daí fui passando de mentira em mentira até ao ponto em que hoje consigo adornar com sucesso... o meu insucesso na faculdade. Ou seja, a capacidade de mentir depende sempre a quem impingimos a mentira, por isso, é bom que escolham um alvo apetecível, tipo uma mãe ou um pai (visto que estes gostam sempre muito de nós), ou a namorada/namorado, mas isto apenas caso o amor que sintam por vocês seja evidentemente louco. Cego, até. Porque abaixo disso há sempre risco. Oh, claro que se houverem desconfianças podem sempre meter aquele ar sério e magoado ao mesmo tempo e proferir a frase que move montanhas... não confias em mim? E depois partir rapidamente para outra abordagem, caso não surta efeito imediato: é que se não confiares esta relação não tem sentido nenhum! E pronto, nesta fase alguém se dá mal, ou quem proferiu esta última frase ou quem não a engoliu. Mentir é para todos nós como as derivadas são para o meu professor de Análise: ferramenta.

Já agora, deixem-me parafraseá-lo: Isto não sai nas frequências nem nos exames, mas vai ser útil toda a vossa vida, é ferramenta, tem de estar sempre convosco!
Bah, merda de professor cego de um olho, acabei a cadeira com 14, a copiar nas frequências todas porque ele não topava nada. Lá está, a mentira no que toca ás minhas noções daquela cadeira. Ela está sempre presente. Ferramenta, diz ele.

Imbecil, eu? Na.

Há gente que perde uns bons anos de maturidade quando o assunto em questão são casos amorosos. É como voltar aos tempos de infantário, em que uma pessoa se orgulhava de dizer que tinha determinado brinquedo. Agora é com o sexo oposto. E, surpresa das surpresas, quem mais fala é, geralmente, quem menos tem - alguns até criam blogs para falar destas coisas e tudo, vá-se lá perceber esta gente. Acho que as atitudes que tomamos no que toca a este assunto tem tendência a melhorar com a idade (e experiência). Pelo menos assim o espero, visto que os meus tenros 21 aninhos pouco me podem assegurar no que toca a analisar uma vida inteira. Mas vou tendo uma outra opinião formada, tomando por exemplo os conhecimentos que vou adquirindo através de situações que me chegam, ou, simplesmente, através da pornografia. Sim, porque há muita ciência do amor na pornografia, aquilo não é tudo filme, há ali qualquer coisa que me escapa. E não é só a mim que me escapa qualquer coisa, visto que nesse tipo de documentários didáticos sobre fazer o amor acaba sempre por se escapar também ao actor algo, no fim, que costuma ir parar à face das actrizes. Ainda estou para perceber esse fenómeno, vou ter de examinar melhor essa arte para poder expor a minha ideologia de forma mais clara. De qualquer forma, o que queria transmitir nesta grande mistura entre o amor na televisão e o amor que muita gente (diz que) faz, é que até nestes dois assuntos tão distintos existem semelhanças. Tal como o título do blog, estas relações não passam de noites utópicas que são criadas para acalmar o desejo. Reparem em pessoas que se vanglorizam de fazer tudo e mais não sei o quê, provavelmente serão pessoas solitárias, que não magoam uma mosca e estão sempre à espera que lhes chegue a princesa encantada à porta. Ou, tal como o outro, se enfiam no computador a escrever sobre estas coisas! Estas pessoas são tal e qual os actores pornográficos. Embora estejam a fazer o que melhor sabem, não estão a fazer o que mais gostavam. Os que falam gostavam de estar a foder, os que estão a foder gostavam de... hmm, encontrar o amor que tanto procuram em filmes atrás de filmes, de suor desperdiçado e coitos interrompidos partilhados com espécimes de todo o globo. Sim, porque os actores pornográficos são pessoas tristes e incompletas, carentes de amor, que se refugiam no sexo (muito bem) pago para esconder a escuridão que lhes vai na alma. Ah, para não falar que todas aquelas cenas são feitas, não há emoção, não há nada. Nem o tesão é verdadeiro, aquilo é tudo feito por computadores... Onde é que já se viu, ainda no outro dia, durante um zapping, estava uma rapariga a introduzir um pénis na boca! Até fiquei estúpido, estes cineastas lembram-se de cada uma... Em vez de andarem a proibir jogos de tiros com medo que a malta imite isso e comece a matar-se a torto e a direito deviam era proibir este tipo de cinema, qualquer dia anda meio mundo a mamar pilas e ninguém faz nada. Isso sim, era preocupante. Até tenho medo do dia em que alguém se lembre de meter a boca num pipi, aí sim, são sinais do apocalipse. Este mundo é um riso.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Txpim!

Dez mil cliques neste espaço perdido, muito obrigado. Estou feliz. Vou tentar, daqui para a frente, descobrir o que vos move a visitar o blog para além da esperança de um dia aparecer uma foto minha em trajes menores exibindo o meu corpo escultural. Um dia vou conseguir, até lá continuem a clicar!

A gerência.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Cow(ard)

O pior insulto que um gajo pode ouvir é cobarde. Um gajo que seja que seja acusado de ser cobarde, passa a ser - não o contrário (já agora, será que existe o antónimo de cobarde mesmo?), mas sim - estúpido. Estúpido por querer provar ao mundo, a quem o acusou e, sobretudo, a si próprio que não é cobarde. O problema é que a maior parte das vezes ser cobarde não quer dizer não ter medo. Hmm, exemplo: um gajo que não tenha medo de ir tomar banho a uma prisão com um sabão rosa não deixa de ser cobarde, passa a ser é estúpido - e ganha um novo caminhar, também. Por outro lado, para não ser cobarde, por vezes, basta ser rabeta. É preciso engolir meia dúzia de sapos para, por exemplo, pedir desculpa e enfrentar alguma asneira que tenhamos cometido. A típica: o par de cornos. Um cobarde foge ao assunto e esconde-se em si mesmo, um sujeito sério assume as asneiras e tenta resolver as coisas. Um gajo com dois dedos de testa nem pensa nestas merdas e vai comendo as duas ao mesmo tempo. Ou três.
Uma vez chamaram-me cobarde. Apenas porque tinha medo de enfrentar o amor - de quem disse tal coisa, entenda-se. Primeiro ri-me. Depois ri-me mais um bocado. Depois pensei que a definição de cobarde e gajo que não quer fazer o amor com determinada pessoa porque "opá não dá mais" podem estar intrinsecamente ligados. E fui cobarde. Sim, porque às vezes gostamos de ser cobardes. Porque queremos, porque está ali à mão, porque é mais fácil do que não o ser. E é por estas e por outras que depois de sermos cobardes evoluímos para outros níveis que, embora não nos magoem tanto de ouvir, nos podem deixar com má fama. São os casos do inevitável imbecil, cabrão e, o melhor, filho da puta (neste último caso, porém, tenho de abrir uma excepção a título pessoal, visto que ser apelidado de filho da puta é bastante excitante, seja pelas razões que for (aliás, ja explorei este tema cá pelo blog umas vezes)). Embora haja sempre um lado em todos nós que sente uma certa atracção por pessoal que seja completamente avariado no que toca a relações - e por isto entenda-se... botas da tropa (marcha tudo) -, ficar com tal rótulo é um quase certo ponto final no que toca a possíveis relações estáveis futuras. E de vez em quando sabe bem namorar. Quanto mais não seja para deixar de andar por aí a fazer testes ás DST, para saber se nos saiu a fava ou nem por isso. E para dizer amo-te e essas coisas...

Bom dia

Lavo a cara e dou por mim a olhar na direcção do peito, com os olhos encharcados, a indagar em que amor andará perdido o matutar do coração. Não chorei. Quando choro fico mais bonito. E não é, de todo, o caso. Esta cara inchada é o regresso ao mundo dos vivos. Há quem lhe chame o acordar. Perco um minuto, de braços estendidos, apoiados sobre o lavatório, como que a arranjar um propósito para não voltar imediatamente para a cama. Lembro-me de ti e da vontade que me dás de me por bonito todos os dias, a toda a hora. E lembro-me ainda mais da sensação de inferioridade que me invade sempre que te alcanço. Como se toda a beleza se subjugasse perante ti e todo o teu esplendor. É como viver na sombra de algo que idolatramos. Como se não me importasse de ser o eterno secretário do melhor empresário do mundo. Não é falta de ambição, é pura veneração. É a pressa de querer que os anos não se apressem. O terror de perder segundos. A eterna dúvida se todos são aproveitados da melhor maneira. Vou lavar a cara bem lavada, hoje não é um dia de dúvidas, de perdas ou de pressas. É o teu dia. Vou fazer dele o que melhor conseguir, para to oferecer. E não porque seja uma data especial ou tenhamos algo a celebrar. É o teu dia porque assim o quis. E porque assim o vou querer, até deixar de sentir aquele terror de te perder.