Rasgas a noite em tons delicados, e deixas um rasto brilhante atrás de ti, qual estrela cadente. Embrulho-te a face com as mãos, guardo-te em segredo e sussurro - não fujas, sim? Crava em mim o teu perfume, e deixa-me na beira da estrada, sentado, a inspirar-te. Prometo não fugir até que um dia voltes, nem que fiques longe muito tempo. Nem que demores um vida, vou tentar ser simpático quando tocares à campainha - talvez resmungue um pouco e faça a primeira birra. Mas diz que não, que não vais esperar pela velhice para dizer que sim. Diz-me agora o que disseste ontem e o que reafirmaste hoje. Conta-me histórias e perde-me em memórias, enche-me de sorrisos e beijos e deita-te comigo, que eu protejo-te do frio do Verão. E relembra-me amanhã, que as palavras perdidas nos dias de hoje, estão guardadas na caixa vermelha dos melhores momentos do passado. Se algum dia eu te faltar, não temas, ter-me-ás onde sempre me tiveste, bem no centro da metade esquerda da caixa torácica. Tranquei-me dentro de ti. Agarrei-te. Escondi a chave bem longe, vi-te e sorri. Não te largo nunca mais.
4 comentários:
Gostei tanto mas tanto! :)
Amei !!
Obrigada!! ;)
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Subscrevo as fãs, está bem bonito. Adivinhaste, tu.
- Obrigado :)
- Obrigado eu, ora essa.
- Tenho um dedo que adivinha, de vez em quando ;)
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